Publicado: 19 de dezembro de 2014 às 8:17 - Atualizado às 1:05
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa entregou 28 políticos envolvidos no escândalo na estatal durante cerca de 80 depoimentos em âmbito de delação premiada na Operação Lava Jato, ocorridos entre agosto e setembro, segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”.
A lista de políticos envolvidos no esquema inclui um ministro e ex-ministros do governo Dilma Rousseff (PT), deputados, senadores, um governador e ex-governadores. Na relação constam nomes de parlamentares da base aliada do governo e da oposição. Na lista dos partidos estão PT, PMDB, PSB, PSDB e PP.
Veja abaixo a lista de Paulo Roberto Costa:
PT
Antonio Palocci – ex-ministro dos governos Lula e Dilma
Gleisi Hoffmann – senadora (PR) e ex-ministra da Casa Civil
Humberto Costa – senador (PE) e líder do PT na Casa
Lindbergh Farias – senador (RJ)
Tião Viana – governador reeleito do Acre
Delcídio Amaral – senador (MS)
Cândido Vaccarezza – deputado federal (SP)
Vander Loubet – deputado federal (MS)
PMDB
Renan Calheiros – presidente do Senado (AL)
Edison Lobão – ministro de Minas e Energia
Henrique Eduardo Alves – presidente da Câmara (RN)
Sérgio Cabral – ex-governador do Rio de Janeiro
Roseana Sarney – ex-governadora do Maranhão
Valdir Raupp – senador (RO) e 1º vice-presidente do partido
Romero Jucá – senador (RR)
Alexandre José dos Santos – deputado federal (RJ)
PSB
Eduardo Campos – governador de Pernambuco de 2007 a 2014 (morto em 2014)
PSDB
Sérgio Guerra – presidente nacional do PSDB de 2007 a 2013 (morto em 2014)
PP
Ciro Nogueira – senador (PI)
João Pizzolatti – deputado federal (SC)
Nelson Meurer – deputado federal (PR)
Simão Sessim – deputado federal (RJ)
José Otávio Germano – deputado federal (RS)
Benedito de Lira – senador (AL)
Mário Negromonte – ex-ministro de Cidades
Luiz Fernando Faria – deputado federal (MG)
Pedro Corrêa – ex-deputado federal (PE)
Aline Lemos de Oliveira – deputada federal (SP)
Apenas os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Benedito de Lira (PP-AL) e os deputados José Otávio Germano (PP-RS) e Simão Sessim (PP-RJ) não quiseram se pronunciar. Os demais afirmam que não é verdade.
Iniciada em março deste ano, a Operação Lava Jato investiga o esquema de lavagem e desvios de dinheiro em contratos assinados entre empreiteiras e a Petrobras, que somam R$ 59 bilhões, considerando o período de 2003 a 2014.
Segundo as investigações, parte desses contratos se destinava a “esquentar” o dinheiro que irrigava o caixa de políticos e campanhas no país.
Na sétima fase da operação, a Polícia Federal prendeu 23 executivos, entre eles presidentes de empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT.
Menos candidatos
Lista do Petrolão tem mais dez, até governador
Lista vazada está incompleta, e omite um governador que foi reeleito
Publicado: 20 de dezembro de 2014 às 0:01 - Atualizado às 1:09
O vazamento do Listão do Petrolão, ontem,
foi “seletivo”, segundo definiu um destacado integrante do Ministério
Público Federal. Ele garantiu que há pelo menos outros dez nomes a serem
acrescentados aos 28 políticos destinatários de parte do dinheiro
roubado da Petrobras. Entre os que não aparecem na lista, diz esse
procurador, que não cita nomes, há um governador a ser reempossado no
dia 1º.
O vazamento parcial evitará qualquer ação de nulidade, na medida em que o Listão do Petrolão jamais será confirmado oficialmente.
O vazamento foi recebido como “gentileza” do MPF a Dilma, que já não corre o risco de “desconvidar” ministros incriminados na Lava Jato.
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) nega conexão ao Petrolão. Fez chegar isso a Dilma, ontem, de novo. Mas não escapará da degola. Leia mais na Coluna Cláudio Humberto.
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