quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Construção da Arena Corinthians será investigada pelo MP



Promotores de Defesa do Patrimônio Público e Social querem saber se houve propina para realocação dos dutos da Petrobras
Publicado: 14 de janeiro de 2015 às 15:01 - Atualizado às 15:02
Arena Corinthians Foto Alex SilvaEstadão
Dutos da Petrobras passavam no local onde o estádio foi construído e foram realocados (Foto: Alex Silva/Estadão)



O Ministério Público de São Paulo vai apurar se houve utilização indevida de verba da Petrobras na construção da Arena Corinthians, em São Paulo. O estádio foi construída pela Odebrecht (uma das empresas investigadas envolvidas no Petrolão) em Itaquera, numa área por onde passavam dutos da Petrobras, que foram removidos em fevereiro de 2012. A realocação dos dutos foi realizada pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, e pela Sacs Construção e Montagem Ltda.



Parte da obra foi financiada pelo BNDES. A Caixa Econômica Federal foi a intermediária da liberação do valor de R$ 400 milhões para o estádio, que recebeu a abertura da Copa de 2014. O Corinthians precisa começar a pagar em junho – a primeira parcela é de R$ 100 milhões. Mas o clube tem encontrado dificuldade para levantar essa quantia.


O jornal informou que a promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social fará ao menos cinco investigações sobre possível pagamento de propina em obras em São Paulo por meio de repasses a empresas controladas pelo doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato. Os inquéritos civis que investigarão improbidade administrativa serão instaurados em até 30 dias. A Polícia Federal apura desvios de recursos em contratos com a Petrobras.


A Transpetro teria informado em nota que o “remanejamento dos dutos e seu custo foi de responsabilidade do consórcio construtor” e que “não fez ou recebeu qualquer pagamento”. Já a Odebrecht informou que precisaria de mais informações para se manifestar. A Sacs não respondeu ao questionamento da reportagem do Valor Econômico.


A investigação foi motivada por informações divulgadas pela imprensa sobre planilha de Alberto Youssef que sugere atuação do doleiro em 747 obras no país.

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