segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Na primeira divulgação do Relatório de Mercado Focus de 2015, a
mediana das projeções do mercado financeiro para o IPCA deste ano subiu
de 6,53% para 6,56%. O movimento revela ainda com mais força que a
expectativa é de que o Banco Central entregue a inflação oficial do País
acima do teto da meta de 6,50%. Há um mês, a taxa esperada pelos
analistas para o indicador estava justamente no limite de 6,50%.
Para
2014, a mediana das estimativas para o índice oficial de inflação
apresentou leve avanço, passando de 6,38% para 6,39%, segundo divulgação
feita há pouco pelo BC. Há um mês, a taxa mediana para esse indicador
já estava em 6,38%.
No caso das expectativas para a inflação suavizada 12 meses a
frente, a taxa passou de 6,59% para 6,60% de uma semana para outra - há
um mês, estava em 6,63%. No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos
economistas que mais acertam as previsões, a mediana para o IPCA de 2014
ficou congelada em 6,35%. Um mês antes, estava em 6,29%. Para 2015,
esse mesmo grupo também manteve a mediana das estimativas parada em
6,40% - quatro semanas atrás estava em 6,20%.
Para o curto prazo, a taxa para dezembro ficou inalterada em
0,75% pela quarta semana consecutiva. Já a de janeiro de 2015 foi
modificada de 0,96% para 0,97%, em linha com a perspectiva do presidente
do BC, Alexandre Tombini, de que os preços vão mostrar aceleração nos
próximos meses. Um mês antes, essa taxa estava em 0,90%.
Selic. Analistas que participam do Relatório
Focus acreditam que a taxa básica de juros ao ano, a Selic, subirá 0,50
ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central, marcada para os dias 20 e 21 deste mês.
Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano. Ao longo de 2015, a
expectativa de economistas que participam do pesquisa Focus é a de que a
taxa registrará aumento de 0,75 ponto porcentual este ano.
A mediana das previsões para os juros no período seguiu em
12,50% ao ano pela quarta semana consecutiva. Já a Selic média de 2015
permaneceu em 12,47% ao ano pela terceira vez seguida, valor bem próximo
da taxa efetiva esperada para o fim deste ano. Quatro semanas atrás
estava em 12,38% ao ano.
Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais
acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para
a Selic no fim de 2015 também está em 12,50% ao ano.
PIB. As projeções em relação ao crescimento
do País seguem fracas. No ano passado, espera-se que o País tenha
crescido 0,15% - o documento anterior apontava alta de 0,14%. Para este
ano, prevê-se alguma recuperação, mas para um crescimento ainda modesto,
de 0,50% em 2015.
Câmbio. Após a confirmação da continuação da
ração diária por pelo menos mais três meses, a mediana das projeções
para o dólar de 2015 ficou estacionada em R$ 2,80 de uma semana para
outra - um mês antes estava em R$ 2,70. A mediana das expectativas para o
dólar médio deste ano também ficou paralisada em R$ 2,71. No
levantamento de um mês atrás estava em R$ 2,60.
Pelas projeções, só na metade do ano que vem é que o dólar
deve dar uma trégua e mostrar recuo. A divisa americana tende a chegar
em junho de 2016 em R$ 2,66, conforme a mediana da série histórica das
expectativas de mercado. (Estadão)
Postado por
O EDITOR
às
10:55:00
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