Carlos Chagas
Cai a máscara de Joaquim Levy, na qual se escondiam a presidente Dilma, o PT, as elites conservadoras e boa parte da mídia. Foi no apropriado palco de Davos, onde se reúne a nata dos privilegiados econômico-financeiros, que em entrevista ao Financial Times o ministro da Fazenda ousou dizer que o seguro-desemprego está completamente ultrapassado.
Essa raça de vigaristas dorme em berço de ouro, jamais soube o que é perder o emprego e ficar sem meios para alimentar a família. Ao primeiro sinal de redução de seu faturamento, mesmo sem perder as benesses surripiadas dos assalariados, apelam para os argumentos de sempre: a culpa é dos investimentos sociais duramente conquistados pelos menos favorecidos. Importa revogá-los.
Joaquim Levy deveria escolher o Herodes como símbolo de sua gestão: os bebês dão prejuízo, porque não trabalham e consumem recursos em mamadeiras, fraldas e cuidados variados. Melhor acabar com eles, como agora com o seguro-desemprego. Já fizeram isso com a estabilidade no emprego, o salário-família, a participação dos empregados no lucro das empresas e quantos direitos trabalhistas a mais?
O período, para esse novo algoz da justiça social, é de austeridade. Para quem, cara-pálida? Ele também fala em corrigir os preços, aumentar impostos, elevar os juros, mas jamais defenderá a taxação das grandes fortunas e das heranças milionárias. Prefere dificultar as pensões das viúvas e a aposentadoria dos velhinhos, desde que não afete o lucro dos bancos.
SILÊNCIO DOS SINDICALISTAS
O mais execrável no massacre que mal se inicia é o silêncio da maioria das centrais sindicais e dos partidos ditos trabalhistas ou socialistas. Para não falar no estímulo e no silêncio de quem o nomeou, sob os aplausos do mercado. Sem esquecer o apoio da maioria dos meios de comunicação, que chamam de “ajuste” o esbulho praticado à vista de todos.
Empresários, investidores, especuladores e analistas apregoam a “agenda positiva” desenvolvida pela nova equipe econômica, sabendo que ela vai gerar o desemprego e a extinção de outras prerrogativas sociais. O óbvio é que nascerão, também, a indignação e a revolta. Porque não dá para aceitar que as “reformas estruturais destinadas a retomar o crescimento econômico” penalizem os trabalhadores favorecendo as elites, como sempre tem acontecido.
E o Lula, onde está, se não estiver a bordo do jatinho de alguma empreiteira? Dilma já cooptou a metade do PT para ficar calada à sombra dos favores, nomeações e facilidades do poder. A outra metade bem que gostaria de assistir o protesto do ex-presidente, mas deve esperar sentada.
Os absurdos realizados a pretexto de combater a crise econômica trabalharão em favor de sua candidatura, se a saúde permitir. Ele poderá frequentar os palanques sustentando que, com seu retorno, os tempos serão outros.
Em suma, deve preparar-se o cidadão comum, em especial as dezenas de milhões que recebem o ridículo salário mínimo, mas sem esquecer os assalariados pagadores de impostos e de preços de gêneros de primeira necessidade continuamente reajustados. Vão ter que pagar mais…
Agora, a um desabafo terão direito, diante do comentário de Joaquim Levy sobre o seguro-desemprego: “Ultrapassado é a mãe!”
Cai a máscara de Joaquim Levy, na qual se escondiam a presidente Dilma, o PT, as elites conservadoras e boa parte da mídia. Foi no apropriado palco de Davos, onde se reúne a nata dos privilegiados econômico-financeiros, que em entrevista ao Financial Times o ministro da Fazenda ousou dizer que o seguro-desemprego está completamente ultrapassado.
Essa raça de vigaristas dorme em berço de ouro, jamais soube o que é perder o emprego e ficar sem meios para alimentar a família. Ao primeiro sinal de redução de seu faturamento, mesmo sem perder as benesses surripiadas dos assalariados, apelam para os argumentos de sempre: a culpa é dos investimentos sociais duramente conquistados pelos menos favorecidos. Importa revogá-los.
Joaquim Levy deveria escolher o Herodes como símbolo de sua gestão: os bebês dão prejuízo, porque não trabalham e consumem recursos em mamadeiras, fraldas e cuidados variados. Melhor acabar com eles, como agora com o seguro-desemprego. Já fizeram isso com a estabilidade no emprego, o salário-família, a participação dos empregados no lucro das empresas e quantos direitos trabalhistas a mais?
O período, para esse novo algoz da justiça social, é de austeridade. Para quem, cara-pálida? Ele também fala em corrigir os preços, aumentar impostos, elevar os juros, mas jamais defenderá a taxação das grandes fortunas e das heranças milionárias. Prefere dificultar as pensões das viúvas e a aposentadoria dos velhinhos, desde que não afete o lucro dos bancos.
SILÊNCIO DOS SINDICALISTAS
O mais execrável no massacre que mal se inicia é o silêncio da maioria das centrais sindicais e dos partidos ditos trabalhistas ou socialistas. Para não falar no estímulo e no silêncio de quem o nomeou, sob os aplausos do mercado. Sem esquecer o apoio da maioria dos meios de comunicação, que chamam de “ajuste” o esbulho praticado à vista de todos.
Empresários, investidores, especuladores e analistas apregoam a “agenda positiva” desenvolvida pela nova equipe econômica, sabendo que ela vai gerar o desemprego e a extinção de outras prerrogativas sociais. O óbvio é que nascerão, também, a indignação e a revolta. Porque não dá para aceitar que as “reformas estruturais destinadas a retomar o crescimento econômico” penalizem os trabalhadores favorecendo as elites, como sempre tem acontecido.
E o Lula, onde está, se não estiver a bordo do jatinho de alguma empreiteira? Dilma já cooptou a metade do PT para ficar calada à sombra dos favores, nomeações e facilidades do poder. A outra metade bem que gostaria de assistir o protesto do ex-presidente, mas deve esperar sentada.
Os absurdos realizados a pretexto de combater a crise econômica trabalharão em favor de sua candidatura, se a saúde permitir. Ele poderá frequentar os palanques sustentando que, com seu retorno, os tempos serão outros.
Em suma, deve preparar-se o cidadão comum, em especial as dezenas de milhões que recebem o ridículo salário mínimo, mas sem esquecer os assalariados pagadores de impostos e de preços de gêneros de primeira necessidade continuamente reajustados. Vão ter que pagar mais…
Agora, a um desabafo terão direito, diante do comentário de Joaquim Levy sobre o seguro-desemprego: “Ultrapassado é a mãe!”
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