22/01/2015 08h28
- Atualizado em
22/01/2015 08h29
Alckmin quer aumentar uso da Billings e moradores relatam poluição
Governador vai usar água da Billings para reforçar outros mananciais.
Sabesp alega que já usa água e tecnologia permite tratamento.
O problema é que a água da represa Billings é muito poluída e tem morador da região passando mal por causa do cheiro ruim da água.
A especialista Gabriela Yamaguchi alerta para o problema. “Essa água tá poluída , ela recebe esgoto diariamente de todo o rio PinheIros, Então é água que precisa ser muito tratada pra ser consumida. A gente precisa olhar com muito cuidado a questão da poluição da água, tanto dentro da região metropolitana quanto nos mananciais, dos reservatórios”.
A equipe do Bom Dia São Paulo percorreu 65 km em torno da represa, nos bairros Cantinho do Céu, Jardim Gaivotas e do Parque Residencial Cocaia no distrito do Grajaú.
Após atravessar a represa em uma balsa e percorrer mais 5 km para chegar na casa de uma moradora que reclamou do mau cheiro, já era possível sentir o forte odor.
A cor verde da água é um sinal de alto nível de poluição. “Cheiro de fossa aberta. Sem água, com esse calor fica o dia inteiro é um cheiro insuportável”, afirmou a comerciante Vanessa Teixeira de Lima.”A gente entra dentro de casa pra se proteger mas não tem jeito porque é tão pegajoso o cheiro aí vc sente na tua pele o cheiro ruim”. A mãe de Vanessa chega a passar mal com o cheiro forte.
Dentro das casas, o mau cheiro não dá alívio. “Antes eu abria as janelas pra refrescar a casa. Hoje a gente não pode mais abrir porque o cheiro entra diretamente no quarto, pra cozinhar tem que ser com a janela fechada, então aumenta um pouco o calor. Pra dormir também de janela fechada não dá pra aproveitar a brisa da noite, tem que ser de ventilador e janela fechada, conta a securitária Renata Vieira de Sousa.
A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que é responsável pela Billings, informou que o mau cheiro é provocado pelo acúmulo de algas e que o tempo quente ajuda na multiplicação da planta aquática.
Ainda de acordo com o Emae, essa alga não faz mal à saúde e não interfere na qualidade da água.
Em nota, a Sabesp explicou que já usa a água da represa Billings há 60 anos, por meio do rio Grande e do Taquacetuba, dois dos seus braços, e que a tecnologia que permite o tratamento da água do reservatório.
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