quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A derrocada de Dilma, o PT e a volta de Lula em 2018.O PT é sórdido, mal intencionado, sua paixão é pelo poder e pelos cargos. Se Dilma continuar nesta sua gestão com os mesmos fracassos que a anterior, e tudo indica que é irreversível esta situação, o PT perde prestígio e eleitores com a estagnação econômica, agravando os problemas crônicos do país. E o PT então pode ser alijado do poder, mesmo com Lula se candidatando.


Francisco Bendl



Acho que precisamos ler o que está contido nas entrelinhas desses aparentes choques entre petistas.



Dilma Rousseff tem pela frente um mandato inteiro e jamais o PT pegou o Brasil para governar numa situação econômica e social tão difícil, que a própria presidente deixou para si mesma, portanto, do PT para o PT.



A nomeação de seus ministros foi um fracasso total, muitos deles com problemas na Justiça. Soma-se a essas dificuldades a corrupção institucionalizada. Acrescente-se a esse quadro dantesco o escândalo da Petrobrás, que ainda terá muitos desdobramentos e ramificações, de acordo com a pressão que se está exercendo pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Justiça.



O fato é que a insatisfação com o governo Dilma aumenta entre a população mais esclarecida. Integrantes do seu próprio partido a estão criticando publicamente. E pessoas ligadas a Lula, como Marta Suplicy, declaram que ele já desistiu de Dilma, culpando-a pelo atual estágio da economia brasileira.



CRISE MUNDIAL
Outro fato é que o mundo vive uma nova crise – de identidade, recrudescimento da violência, xenofobia, preconceito religioso – que certamente influenciará a economia global. O preço do petróleo desaba e a Rússia está tendo sua moeda em queda, a ponto de a China se oferecer para ajudá-la. Os países que fazem parte do Mercosul (ainda existe?) estão com sérios e graves problemas, dificultando nossas exportações, e a Argentina se apressa em fazer acordo com a China.


Em meio a essa situação, no Brasil o Congresso aumenta as exigências para negociar com o Executivo, com os partidos querendo mais regalias, mais ministérios, mais secretarias, mais poder. Enfraquecida, Dilma pode nem concluir seu governo, se o escândalo da corrupção aumentar e a presidente for atingida por um pacote de acusações que determine a votação do impeachment de seu mandato.


TEATRO PETISTA
Diante dessas circunstâncias, penso que o PT está fazendo um belo teatro, uma pantomima para nos fazer crer que Dilma traiu o partido, quando, na verdade, a presidente está sendo abandonada por desertores, por covardes petistas que visam a candidatura de Lula em 2018 para resgatar o partido e oferecer ao povo o crescimento econômico que não houve nas duas administrações de Dilma!



O PT é sórdido, mal intencionado, sua paixão é pelo poder e pelos cargos. Se Dilma continuar nesta sua gestão com os mesmos fracassos que a anterior, e tudo indica que é irreversível esta situação, o PT perde prestígio e eleitores com a estagnação econômica, agravando os problemas crônicos do país. E o PT então pode ser alijado do poder, mesmo com Lula se candidatando.



A VOLTA DE LULA
A chance do ex-presidente voltar é se dizer desvinculado de Dilma, alegar que ela não fez o que o partido lhe determinara, que não seguiu os conselhos que ele, Lula, lhe sugerira.



O séquito de Lula, de Marta (relaxa e goza!) e de outras figurinhas carimbadas já começou a puxar o tapete de Dilma justamente no início de seu segundo mandato. Ora, por que deixá-la prejudicar o País por mais quatro anos? Por que Lula não se candidatou? Por um simples motivo: não tem quem possa evitar a crise que se aproxima.



Que então se espalhe que a presidente desobedeceu as ordens do partido, tendo como consequência o fracasso de sua administração. Que a oferenda à fogueira das vaidades seja apenas Dilma, que desceu de paraquedas no PT, e não o próprio Lula, que ainda engana incultos e incautos e tem chances de manter o controle do partido até 2018.


Lula é o Judas. Os beijos e abraços em Dilma na campanha à reeleição diziam claramente: Eis a mulher que deverá ser sacrificada em nome do PT.

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