sexta-feira, 6 de março de 2015

Imigrantes invadem São Paulo sob o beneplácito do PT!




Abrigo de imigrantes em SP está com o dobro da capacidade

Juliana Diógenes - O Estado de S. Paulo
06 Março 2015 | 03h 00

Há pelo menos um mês, têm chegado semanalmente à capital seis ônibus com cerca de 30 haitianos

SÃO PAULO - Quase um ano depois da chegada dos primeiros ônibus vindos do Acre, a imigração de haitianos para São Paulo continua intensa. O número de imigrantes abrigados hoje no principal ponto de apoio da capital, a Missão Paz, no Glicério, supera o dobro da capacidade máxima da entidade. Com as 110 vagas preenchidas, a instituição opera com excesso de 140 pessoas, totalizando 240 - um aumento de 118%.
Com a superlotação, mais da metade dos haitianos dorme em cima de cobertores em um salão improvisado, onde antes eram feitas as negociações de trabalho entre empresários e imigrantes. Há pelo menos um mês, têm chegado semanalmente a São Paulo seis ônibus com cerca de 30 haitianos, informou o diretor da Missão Paz, padre Paolo Parise. Antes disso, aportavam no máximo três ônibus por semana.
Abrigo de imigrantes em São Paulo está lotado 
Abrigo de imigrantes em São Paulo está lotado 
O secretário estadual de Justiça e Defesa da Cidadania, Aloísio de Toledo César, reuniu-se com Parise nesta quinta-feira, 5, para debater soluções para a crise na entidade. Do lado da instituição, o diretor chamou atenção para três questões mais urgentes: pediu a criação de um ponto de informação no terminal de ônibus da Barra Funda, por onde chegam os haitianos à capital; a implantação de um abrigo com pelo menos 200 novas vagas para a acolhida de imigrantes; e a emissão da carteira de trabalho no Acre, local de entrada no País.

Parceria. Como saldo do encontro na Missão Paz, Toledo César se comprometeu a conversar com o secretário de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy. A reunião está marcada para a semana que vem. A ideia, de acordo com o secretário de Justiça, é que a questão da chegada dos imigrantes seja resolvida em parceria entre Prefeitura e governo do Estado. Na reunião com Suplicy, Toledo César pedirá que o secretário marque uma reunião com o governador do Acre, Tião Viana.

"Quero ir ao Acre e quero levar o padre Paolo junto para ensinar como cadastrá-los, como ensinar português e também para mostrar como dar carteira de trabalho lá mesmo", afirmou o secretário de Justiça. Segundo Parise, o processo de retirada da carteira de trabalho dos haitianos leva mais de um mês, o que posterga a saída do abrigo e impede o recebimento de novos imigrantes.

O secretário de Justiça disse que pedirá ainda uma reunião com Ideli Salvatti, ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). Toledo César pretende pressionar o governo federal para fixar no Acre representantes do Ministério do Trabalho com o objetivo de agilizar a documentação trabalhista. A ideia é pedir ainda o reforço de agentes da Polícia Federal na fronteira entre Acre e Peru.


Nenhum comentário: