Eduardo Eurnekian
Silvia Naishtat
O empresário argentino Eduardo Eurnekian falou sobre suas intenções em relação aos negócios da Petrobras na Argentina.
Faz quase um ano que o dono do grupo 'Aeropuertos' e de 70% da petrolífera CGC procura obter os ativos da gigante brasileira em Santa Cruz, na Patagônia argentina.
Em alguns momentos a operação parecia encaminhada a um fracasso. E ultimamente está em stand by.
O grupo de Eurnekian, Corporación América, é conhecido no Brasil por administrar os aeroportos de Brasília e de Natal.
Na Argentina, entre os mais de 50 aeroportos administrado pelo grupo no mundo, estão os aeroportos de Ezeiza (internacional) e o Aeroparque, de Buenos Aires.
No caso da Petrobras, as conversas ficaram de certa forma estagnada, em parte, devido ao crescente escândalo de corrupção que provocou a mudança na diretoria da Petrobras e a retirada da qualificação de grau de investimento da companhia brasileira.
Tudo em meio ao desmoronamento do preço do petróleo, que reduziu o dinheiro em caixa da empresa necessário para pagar sua dívida. Hoje a Petrobras é a petroleira mais endividada e menos rentável do setor. A empresa brasileira anunciou que venderá 25% de seus ativos.
(O empresário argentino quer recuperar para a Argentina explorações da Petrobras no país)
Na província argentina de Santa Cruz, no sul do país, a Petrobras possui 22 concessões e a CGC já é sua sócia em dois blocos. Eurnekian conta com um aliado no próprio governador da província, que considera que a Petrobras tem “subinvestido” nessas áreas.
Em um encontro informal no Congresso Mundial de Câmaras de Comércio, Eurnekian, junto a Peter Mihok, presidente da International Chamber of Commerce, disse mais.
“O Mercosul está estancado”, disse ele.
Já sobre a Argentina, que terá novo presidente a partir do dia dez de dezembro, ele destacou que a “governabilidade será essencial para quem assumir a cadeira presidencial”.
“A Argentina não precisa de um político, precisa de um estadista”, declarou Eurnekian.
Ao seu lado Mihok dava ênfase em que “a chave para os investimentos é a transparência e a ausência de corrupção”.
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