16/03/2015
às 13:33
Na VEJA.com:
Os atos de protesto contra o governo Dilma deste domingo (15) reuniram bem mais que a “elite branca”. Nas diferentes cidades em que as manifestações foram realizadas, celebridades, artistas e socialites caminharam com migrantes, ex-petistas, vendedores ambulantes, militares ou agentes penitenciários. Nesse caldeirão cultural, as posições políticas e palavras de ordem também variavam, desde os que refutavam a ideia de pedir o impeachment da presidente até os que defendiam a intervenção militar. “Vamos parar com esse negócio de que só a elite está aqui. Sou negro e pobre e estou pedindo a saída da Dilma”, disse Fernando Silva, conhecido como Fernando Holiday, 18, que participou da manifestação na av. Paulista, em São Paulo.
Ele entrou
para o MBL (Movimento Brasil Livre) após postar um vídeo na internet e
ser chamado pelos rapazes do movimento. Filho de ex-funcionária pública
aposentada e pai “desparecido”, mora em Carapicuíba. Estudou em Escola
pública toda a vida e agora ainda decide qual faculdade cursará. Ganhou
bolsa na PUC para cursar filosofia, mas não gostou. “Existe um
sentimento de que só os ricos querem ela fora. Mas muitos pobres querem.
O povo quer”, disse à *Folha*. O pernambucano Antonio Pereira e Silva,
62, foi ao protesto na avenida Paulista de metrô após sair do bairro de
Artur Alvim, onde mora na Cohab 1, na zona leste de São Paulo.
Ele refuta
a tese de que apenas membros da classe média e da elite estejam
insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff (PT). “Eu não ganhei nada
para vir aqui. Eu e o país estamos a favor do impeachment”, disse.
Corretor de imóveis, Pereira e Silva conta que, no bairro dele, não
ouviu panelaço contra o discurso da presidente, no último domingo. “Mas
eu aplaudi a reação de protesto em São Paulo”, observou.
(…)
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