Lula com "artistas e intelectuais": retrato da estupidez ideológica. |
No artigo
"Brasileiros contra a guerra política", publicado no El País, o
jornalista espanhol Juan Arias critica a convocação à guerra feita por
Lula e seguidores, que se julgam donos das ruas. Esse tipo de discurso,
ressalta Arias, é obsoleto. É voltar ao "nós contra eles". A rua, no
entanto, é de todos, não tem dono. E, convenhamos: o PT é um partido em
autodestruição:
Quando o Partido dos Trabalhadores (PT),
em documentos recentes, fala de “reconquistar a rua” e convoca seus
militantes com slogans de “guerra”, não está fazendo um favor para a
democracia nem para um diálogo que abrace todos os brasileiros, muito
menos em um momento delicado como este para o país.
Os termos
de reconquista e os slogans bélicos soam obsoletos hoje, sobretudo para
os jovens que, com a globalização e o colapso de velhas categorias
políticas, dialogam com diferentes culturas e ideias.
Quando o
PT lança seu slogan para apropriar-se novamente da rua, está insinuando
que a rua era sua, propriedade privada, a única com voz política
autorizada a falar. A rua, no entanto, é de todos, não tem dono.
Quando um
partido convoca seus militantes com vocabulário de guerra, retrocede a
um discurso de “nós contra eles”, em vez de se colocar como um
representante do diálogo e de uma reconciliação entre todos os cidadãos
que, antes de serem de esquerda ou de direita, se sentem, com orgulho,
simplesmente brasileiros. (Continua).
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