Banco estatal passa por dificuldades por gestão indevida e política
O BNDES, estatal que terá seus gastos investigados por uma CPI no Congresso, pode receber um aporte do FGTS. É o que informa a reportagem de João Villaverde e Murilo Rodrigues Alves no Estadão de hoje:
O governo Dilma Rousseff pretende estruturar uma operação bilionária e polêmica. Nada menos do que R$ 10 bilhões do fundo criado com uma fatia de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devem ser aportados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A operação tem sido conduzida pessoalmente pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que também pertence ao conselho de administração do BNDES, e pelo presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho. Ambos, Levy e Coutinho, têm buscado integrantes do comitê de investimento do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) nos últimos dias para defender o aporte de dinheiro do fundo ao banco.
O dinheiro do FGTS, arrecadado
compulsoriamente dos trabalhadores com carteira assinada, seria usado
para socorrer o banco que fez empréstimos duvidosos e por isso hoje
passa por dificuldade. Somente as empresas envolvidas na Lava Jato
obtiveram do banco estatal R$ 3,1 bilhões de reais entre 2003 e junho de
2014. O banco também emprestou mais de R$ 8 bilhões para o grupo
JBS/Friboi e por isso está sendo alvo de auditorias do TCU.
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