PT
e a base mais ou menos aliada do PMDB votam a favor da MP 665, que a
CUT, Lula e sequazes criticam - mas, traiçoeiramente, como de hábito,
aprovam. Esta é uma homenagem a quem votou nos candidatos do Partido
Totalitário et caterva:
O vice-presidente Michel Temer, mais cedo, conversou por telefone com deputados peemedebistas pedindo que aguardassem a decisão da bancada do PT, reunida para tentar fechar questão sobre o apoio às MPs do ajuste fiscal.
Após a
decisão da bancada do PT de oficializar o apoio à aprovação das medidas
provisórias do ajuste fiscal propostas pelo governo, o líder do PMDB na
Câmara, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), disse que a "maioria
esmagadora" dos deputados da legenda votará a favor da Medida Provisória
665, em votação nesta quarta-feira na Câmara. Segundo Picciani, o PT
respondeu de forma "adequada" à cobrança feita pelo PMDB de maior
clareza e transparência na defesa do ajuste fiscal. Ontem à noite, Picciani ameaçou deixar a votação da MP 665 para
a próxima semana por falta de posição clara do PT sobre as medidas do
governo. Pelo segundo dia seguido, as galarias da Câmara foram liberadas
a manifestantes, e integrantes da Força Sindical protestam contra a a
provação das medidas.
— Foi
cobrado um posicionamento do PMDB e o líder do PT reafirmou o fechamento
de questão. O presidente Rui Falcão ( presidente do PT) também disse
que a legenda fecha questão. Nossa posição sempre foi a de que o ajuste é
necessário, não votamos por gosto, mas por necessidade — disse
Picciani, acrescentando:
— Nós acreditamos que a maioria esmagadora da bancada do PMDB dará esse voto de confiança ao governo.
Picciani
reuniu sua bancada na tarde desta quarta-feira e chamou o líder do
governo, José Guimarães (PT-CE), para esclarecer dúvidas dos
peemedebistas. Segundo o líder peemedebista, o apoio será à MP 665.
Indagado se a bancada também apoiaria a outra MP do ajuste, a MP 664,
Picciani afirmou:
— Um passo atrás do outro. Nós fechamos o apoio à MP 665.
O líder
disse que apesar do PMDB estar apoiando, dentro dos outros sete partidos
do bloco não há consenso. O PTB, por exemplo, já declarou voto a favor
da MP 665. No PP, há resistência maior e a tendência é a maior parte
votar contra a MP.
A Medida
Provisória 665/14O altera as regras de concessão do seguro-desemprego,
do abono salarial e do seguro-defeso para o pescador profissional. (Veja aqui as alterações propostas).
Mais
cedo, após mais de três horas de reunião, a bancada do PT no Congresso
ratificou seu apoio às medidas de ajuste fiscal do governo, mas
descartou punir os parlamentares da legenda que votarem contra ou favor
de alterações da proposta original do Planalto.
Segundo o
líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), a posição do partido
é a mesma tomada na última terça-feira, momentos antes da votação da MP
665, que trata de benefícios trabalhistas. “Decisão não se volta
atrás”, disse Sibá.
—
Estaremos todos juntos para votar a MP. Só não serão 64 deputados do PT
(no plenário da Câmara), porque dois deles estão com problemas de saúde —
disse o parlamentar.
Ele disse
que não há discussão disciplinar, ou seja, no momento não estão
previstas punições para quem votar contra as medidas. De acordo com
Sibá, a ideia agora é que os demais líderes orientem suas bancadas nesse
caminho.
— O que
mais nos interessa é o voto dos companheiros integralmente no plenário.
Agora, claro que queremos isso também dos demais partidos. É uma
cobrança justa que minha bancada faz, que todos se pronunciem no
plenário. Se estamos apoiando o governo, seja ele qual for, temos
compromissos.
Sibá afirmou acreditar que a MP 665 será votada ainda nesta quarta-feira. Sobre a relação do PT com o PMDB, ele respondeu:
— Na
politica não dá para dizer que há paz em momento algum. Cada dia é uma
construção eterna. Mesmo em muita tranquilidade tem que ter cuidado. Na
política há corações, mas prefiro o coração do que qualquer outra coisa —
concluiu.
PMDB PRESSIONA PT
O vice-presidente Michel Temer, mais cedo, conversou por telefone com deputados peemedebistas pedindo que aguardassem a decisão da bancada do PT, reunida para tentar fechar questão sobre o apoio às MPs do ajuste fiscal.
Temer
tentou amenizar o clima na Câmara e no governo e fazer avançar a
votação, paralisada na terça-feira pelo presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, por causa da decisão do PT de não fechar questão, garantindo
apenas maioria dos votos a favor do governo. Antes da ligação, em
reunião no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice, ministros
petistas exigiram da bancada fechamento de questão. (O Globo).
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