domingo, 10 de maio de 2015

Confissões de uma jibóia.Por Italo Pasini.



CRÔNICA (Ítalo Pasini – 26-09-2014)

JIBOIA

Sou simplesmente uma jiboia, um dos milhões de espécimes de animais existentes na Terra. Minhas características, inclusive dadas pelos homens, são as seguintes:

Jiboia-constritora (Boa constrictor) é uma serpente que pode chegar a um tamanho adulto de 2m (Boa constrictor amarali); a 4m (Boa constrictor constrictor), raramente chegando a este tamanho máximo. Existo no Brasil, onde sou a segunda maior cobra (a maior é a sucuri) e posso ser encontrada em diversos locais, como na Mata Atlântica, restingas, mangues, no Cerrado, na Caatinga e na Floresta Amazônica. 



Sou um animal muito dócil, apesar de ter fama de animal perigoso, não sou peçonhenta e nem consigo comer animais de grande porte, sendo inofensiva. 


Apenas procuro sobreviver e defender-me. Sou muito perseguida por caçadores e traficantes de animais, pois tenho um valor comercial alto, como animal de estimação. Uma jiboia nascida em cativeiro credenciado pelo Ibama pode custar até 6000 reais, às vezes mais, de acordo com sua coloração. Somente lhes conto isso, tendo em vista que sou muito velha, senão...

Detecto as presas pela percepção do movimento e do calor e surpreendo-as em silêncio. 

Jiboias são conhecidas pela paciência na espera de uma presa, podendo ficar paradas no mesmo ponto de uma floresta por até um mês aguardando o momento certo para atacar. Sua dieta é basicamente composta por pequenos roedores e pássaros.

 
Tudo isso que lhes disse acima, é para que me conheçam melhor. Tem a ver com o que vou comentar.

Inicialmente, quero referir-me ao ser humano. Vou utilizar definições de pessoas famosas, não que tenha lido, mas, no silêncio da mata, ouço o ser humano a conversar e memorizo tudo. 



"O que é o homem na natureza? Um nada em comparação com o infinito, um tudo em face do nada, um intermediário entre o nada e o tudo." (Pascal);


"O que é o materialismo, senão o estado do homem que se afastou de Deus; (...) ele passa unicamente a preocupar-se com os seus interesses terrestres." (Jean Paul-Sartre);


"De todos os animais, o homem é aquele a quem mais custa viver em rebanho." (Jean Jacques Rousseau).


As pessoas acima foram consideradas sabidas, ou seja, conhecedoras da natureza humana (como se isso fosse possível, há, ah, ah).


Quanto ao que disse Pascal, concordo plenamente. Já o Sartre quis resumir um imbróglio infinito em apenas duas frases. Excessivamente convencido, porém tem razão quando afirma que o homem preocupa-se demais com os interesses terrestres, afastando-se do essencial, ou seja, de que ele, o homem, existe em função de um ser Poderosíssimo, que implantou tudo que aqui existe. Já, o Rousseau apenas reafirmou o óbvio ululante: o homem já comeu e continua comendo, uns aos outros.


Eu, uma jiboia, que ora conversa com vocês, conheci o senhor Alterego (vou chamá-lo assim...) em várias ocasiões: na selva amazônica, quando lá esteve por um tempo, entranhado na mata; na beira de vários rios, Brasil afora, quando ele pescava, juntamente com sua linda esposa.


Também, na praia de Vitória - ES, onde residi na década de setenta, numa rápida convivência, admirei-o sobremaneira, principalmente quando percebi que ele respeitava os animais, a natureza.


Observei que ele tinha ideias incomuns ao ser humano, ou seja ânsia de liberdade, respeito não somente aos seus semelhantes, mas a todos os seres viventes. Quanto a isso, explicarei melhor.



Em nossas conversas, quando lhe contava dos apuros que passei numa cela de um quartel em Vitória, no Espírito Santo, lá pelos idos de 1972, ele interrompia-me e falava sobre si. 


Dizia-me, o Sr. Alterego, sobre sua educação em colégios e faculdade com professores capazes, honestos e finalmente, no Exército onde fez o juramento, conforme se vê abaixo:


“Incorporando-me ao Exército Brasileiro, prometo cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado, respeitar os superiores hierárquicos, tratar com afeição os irmãos de armas, e com bondade os subordinados, e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra, Integridade, e Instituições, defenderei com o sacrifício da própria vida. ”
(Inciso V, do Artigo 171 do Decreto nº 88.513, de 13 de julho de 1983).



Disse-me ele ser Católico, Apostólico Romano, religião essa que propõe uma vida espiritual e uma regra de vida aos seus fiéis, inspirada no Evangelho e definidas de maneira precisa e regida pelo Código de Direito Canônico.


Em outra de nossas conversas, sem querer ofender-me, explicou-me ele sobre a separação entre Homens e Animais, ou animais racionais e irracionais. Alegando que isso está profundamente enraizado na cultura dos humanos, mas que um critério objetivo para classificar estas diferenças parece difícil de ser formulado. 


Particularmente, em minha condição de cobra, repudio essa tal de racionalidade do Homem. Depois que estive presa numa sala, em 1972, juntamente com uma mulher que até tinha nome igual ao meu, à época, ou seja, Miriam (e também vários codinomes) passei a analisar o ser humano com mais detalhes. 


Primeiramente, quero dizer-lhes que fiz desse senhor, meu “alterego”, para que ele pudesse dizer-lhes o que sinto. Quando lhe solicitei que gostaria de deixar transparecer, aos humanos, minha opinião, ele alertou-me que não poderia delongar em meu assunto, principalmente em vista de uma afirmativa de um escritor e cronista famoso, chamado Luiz Fernando Veríssimo, mais ou menos assim: “Ninguém, no Brasil, lê crônica com mais de duas páginas.”



Mesmo diante dessa limitação, não posso deixar de expressar-me sobre meus sentimentos no tocante ao ser humano, dito racional.

A inteligência da espécie humana tem servido fundamentalmente para que os Homens possam adaptar-se às situações que se lhe colocam, a um ritmo muito superior ao da evolução biológica. Agora, em que medida é que esta estratégia tem sido positiva para o equilíbrio da própria espécie e do indivíduo, é que é mais difícil de precisar. 


O sucesso de qualquer forma de vida não parece estar dependente da inteligência do sujeito em causa, vejam-se exemplos: os animais, ditos irracionais, nascem, sem auxílio algum às mães; aprendem rapidamente o que lhe é necessário à sobrevivência e também procriam, tudo sem maiores problemas. Integramo-nos de tal forma ao meio ambiente, que, apesar de sermos diferenciados em milhões de espécies, nenhuma auxilia a outra. 


Somente agredimos outros seres, para nos alimentarmos ou em nossa defesa


Até a colega cascavel, peçonhenta que só ela, somente ataca animais maiores para defender-se. E, tem mais: um colega dito irracional como o pássaro João de Barro, em sua insignificância, constrói casa de alvenaria, até de três andares, sem uso de ferramentas ou materiais sofisticados. 


Também os papagaios, se bem educados, integram-se à família humana. A inteligência ou a falta dela, seja lá o que isso for, não deveria provavelmente ser um critério para que a espécie humana se colocasse acima de todas as demais.



Quanto ao Homem, que se auto intitula “racional”, Deus nos livre!
 Nos acampamentos, depois de encherem a cara, lá da minha moitinha, ouço-os e fico horrorizada. Confesso-lhes que me locupleto na qualidade de cobra. Em nome do falso argumento de que os animais não conseguem formular conceitos abstratos, como tristeza ou saudade, sujeitam-nos a provações que em nada honram aquelas suas autoproclamadas inteligência e racionalidade. 


São necessárias mais de duas dezenas de anos para habilitar o homem a subsistir por si próprio. Assim mesmo, alguns, mesmo depois de muita escolaridade, metem os pés pelas mãos: acidentam-se por embriaguez; matam para roubar, por ciúme, por motivo religioso, por inveja, traição, etc. Como disse o jurista Márcio Tomás Bastos em um júri a que meu Alterego presenciou, certa feita: “Todo assassinato é motivado por uma de três barras: barra de córrego, barra de ouro ou barra de saia.”


Ainda sobre o tal do ser racional, o tal homem: trai e mente com a maior desfaçatez. Imaginem que uma vez ouvi um contando para o outro: “sempre traí minha mulher”; outro dizia: “qualquer objeto que esteja bem mais barato, eu compro, não me importa se foi roubado”; e outro: “faço tudo para burlar o imposto de renda”. 


Na literatura mundial, disse-me ele, há casos horríveis: na época da Inquisição, pessoas eram denunciadas por parentes próximos e iam parar na fogueira; mais de 61 milhões de pessoas foram mortas numa tal de II Guerra, provocada por um cara de nome Hitler; um livro recente conta-nos sobre o assassinato de reputações mediante denúncias ou simplesmente publicações na mídia ou na internet, tudo com base no dito popular: “Um saco de penas jogado do alto de uma torre, jamais serão reunidas todas as penas.”


Disse-me, ainda, meu Alterego, que tem em seu computador uma pasta denominada Assuntos Estressantes e que se eu a visualizasse transformar-me-ia em minhoca, tamanhas as incoerências dos humanos, ditos racionais. Um dos itens desse documento fala sobre uma mulher de 38 anos, no Texas (EUA) que foi condenada à morte e executada por ter deixado um garoto morrer de fome. No corpo do garoto foram encontrados 250 ferimentos. 


Outro item refere-se a um caso acontecido em Brasília, em setembro de 2014, em que um carro Fiat Uno prata com quatro passageiros passou em frente ao local e foram disparados tiros nas, aproximadamente, 50 pessoas que estavam do lado de fora do evento. Um rapaz de 23 anos morreu no local e dois ficaram feridos. Para complementar, anotou ainda sobre as decapitações, em vídeos da Internet, procedidas pelos integrantes do tal Estado Islâmico.

Continuo a afirmar que o homem é mais irracional que os demais seres da terra. Pronto, já dei meu parecer, vamos aos fatos.


Agora, vou contar meu passado, porém, primeiramente, é necessário que vocês leiam a reportagem em que minha homônima, a Sra. Miriam faz seu depoimento. Abrir o link. Enquanto isso vou comer um ratinho.



Espero que tenham lido toda a história contada pela Amélia ("Amélia" era o codinome que o meu chefe de ala no PC do B tinha escolhido para mim: "Você, a partir de agora, vai se chamar Amélia") ou Sra. Miriam. 


Dependendo de onde ela estivesse: na reunião do Partido Comunista do Brasil (PC do B) ou em casa, somente vai interessar-me os dois parágrafos abaixo, considerando que nessa ocasião neles descrita, estive com minha xará.



“Eles saíram e o homem de cabelo preto, que alguém chamou de Dr. Pablo, voltou trazendo uma cobra grande, assustadora, que ele botou no chão da sala, e antes que eu a visse direito apagaram a luz, saíram e me deixaram ali, sozinha com a cobra. Eu não conseguia ver nada, estava tudo escuro, mas sabia que a cobra estava lá. A única coisa que lembrei naquele momento de pavor é que cobra é atraída pelo movimento. Então, fiquei estática, silenciosa, mal respirando, tremendo. Era dezembro, um verão quente em Vitória, mas eu tremia toda. Não era de frio. Era um tremor que vem de dentro. Ainda agora, quando falo nisso, o tremor volta. Tinha medo da cobra que não via, mas que era minha única companhia naquela sala sinistra. A escuridão, o longo tempo de espera, ficar de pé sem recostar em nada, tudo aumentava o sofrimento. Meu corpo doía.”



“Não sei quanto tempo durou esta agonia. Foram horas. Eu não tinha noção de dia ou noite na sala escurecida pelo plástico preto. E eu ali, sozinha, nua. Só eu e a cobra. Eu e o medo. O medo era ainda maior porque não via nada, mas sabia que a cobra estava ali, por perto. Não sabia se estava se movendo, se estava parada. Eu não ouvia nada, não via nada. Não era possível nem chorar, poderia atrair a cobra. Passei o resto da vida lembrando dessa sala de um quartel do Exército brasileiro. Lembro que quando aqueles três homens voltaram, davam gargalhadas, riam da situação. Eu pensava que era só sadismo. Não sabia que na tortura brasileira havia uma cobra, uma jiboia usada para aterrorizar e que além de tudo tinha o apelido de Miriam. Nem sei se era a mesma. Se era, talvez fosse esse o motivo de tanto riso. Miriam e Miriam, juntas na mesma sala. Essa era a graça, imagino.”


Vocês podem imaginar o medo que a jiboia, ou seja, eu, passei naquela noite. Uma pessoa que está sendo submetida àquela situação, seria muito má. Poderia matar-me, como sói acontecer com o ser humano, diante dos animais. Quase morri de medo da tal Sra. Miriam. Fiquei quietinha no meu canto. Jamais me atreveria a aproximar-me dela. Fiquei mais apavorada, ainda, quando a chamaram “terrorista”.


Afinal, terroristas naquele tempo estavam matando pessoas, haja vista o Capitão norte-americano Charles Rodney Chandler, diante da esposa e filhos, conforme se vê no texto abaixo, compilado do link:


O plano e a morte


Consta do inquérito que no mês de setembro do ano passado Onofre Pinto recebeu de Diógenes José Carvalho de Oliveira proposta, que lhe foi enviada por Marcos Antônio Braz de Carvalho, o Marquito, representante de Carlos Marighela em São Paulo, para assassinar Charles Chandler. Procurava justificar a proposta criminosa com várias razões, entre as quais: ser a vítima agente da Central Inteligency Agency - CIA - 


e representante do imperialismo americano; haver lutado no Vietnã; ter orientado, na Bolívia, os chefes do Exército boliviano na repressão às guerrilhas, ação que culminou com a morte de "Che" Guevara; ter apoiado a guerra americana no Vietnã e, finalmente, estaria realizando um levantamento no Brasil.


A proposta, depois de debatida sob todos os aspectos, foi aceita e Chandler condenado à morte. A missão foi atribuída a Marquito e a Diógenes, que fuzilaram o capitão.


A execução teve início na manhã do dia 12 de outubro de 1968, quando Pedro Lobo preparou o carro Volkswagen que havia furtado dias antes e dirigiu-se a Santo Amaro, onde encontrou Diógenes e depois, na rua Cardeal Arcoverde, encontraram Marquito e seguiram depois para a rua Petrópolis, 375, no Sumaré, onde morava a vítima.


"No exato momento em que o carro de Chandler chegou à guia da calçada - diz o inquérito - não pode manobrar, porque Pedro Lobo avançou com seu carro Volks, estacionando junto à parte traseira do carro de Chandler, bloqueando e consequentemente impedindo qualquer manobra". Diógenes desceu do carro em primeiro lugar e, empunhando um revolver marca Taurus, calibre 38, aproximou-se do capitão e desfechou seis tiros contra ele.


Marquito, que empunhava uma metralhadora INA, calibre 45, dirigiu-se em direção à vítima e deu uma rajada no corpo de Chandler, enquanto Lobo permanecia no Volks, em funcionamento, para qualquer eventualidade. 


"Durante a execução - conclui a peça - a esposa da vítima, d. Joan Xotaletz Chandler, que estava à porta da casa, viu Diógenes e Marquito atirando contra seu marido e gritou: "Não!!". Diógenes lhe apontou o revólver e todos fugiram em seguida".




Outra história de terroristas matando gente circulava na imprensa:
Na manhã de 12 de julho de 1966, o Marechal Costa e Silva, então candidato à Presidência da República, era esperado por cerca de 300 pessoas que lotavam o Aeroporto Internacional dos Guararapes. 




Às 08h30min, poucos minutos antes da previsão de chegada do Marechal, o serviço de som anunciou que, em virtude de pane no avião, ele estava deslocando-se por via terrestre de João Pessoa até Recife e iria, diretamente, para o prédio da SUDENE, local onde ocorreria um ato de campanha.



Esse comunicado provocou o início da retirada do público. O guarda-civil Sebastião Tomaz de Aquino, o "Paraíba", outrora popular jogador de futebol do Santa Cruz, percebeu uma maleta escura abandonada junto à livraria "SODILER", localizada no saguão do aeroporto. Julgando que alguém a havia esquecido, pegou-a para entregá-la no balcão do Departamento de Aviação Civil (DAC). Ocorreu uma forte explosão. 



O som ampliado pelo recinto, a fumaça, os estragos produzidos e os gemidos dos feridos provocaram o pânico e a correria do público. Passados os primeiros momentos de pavor, viu-se que o atentado vitimou 16 pessoas.


Morreram o jornalista e secretário do governo de Pernambuco Edson Régis de Carvalho e o vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes. O guarda-civil 


feriu-se no rosto e nas pernas, o que resultou, alguns meses mais tarde, na amputação de sua perna direita. O então tenente-coronel do Exército, Sílvio Ferreira da Silva, sofreu fratura exposta do ombro esquerdo e amputação traumática de quatro dedos da mão esquerda.


Ficaram, ainda, feridos os advogados Haroldo Collares da Cunha Barreto e Antônio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro, os estudantes José Oliveira Silvestre, Amaro Duarte Dias e Laerte Lafaiete, a professora Anita Ferreira de Carvalho, a comerciária Idalina Maia, o guarda-civil José Severino Pessoa Barreto, o deputado federal Luís de Magalhães Melo e Eunice Gomes de Barros e seu filho, Roberto Gomes de Barros, de apenas seis anos de idade.


Além das pessoas acima listadas, há evidências de que várias outras também sofreram ferimentos menores (luxações, pequenas escoriações, etc...) , sem que seus nomes tenham sido mencionados publicamente.

Assim, tento mostrar-lhes o motivo de ter tanto medo daquela Sra. Miriam, principalmente quando a chamaram “terrorista”. Se ela era realmente terrorista, eu nunca soube, até nem acredito, mas de uma coisa tenho certeza, pois foi dito por ela: “pertencia aos quadros do PC do B”. 


Este, então, tentava implantar o comunismo no Brasil, como é sabido. O comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos das pessoas que compõem a comunidade. Como pode um ser humano raciocinar com esse tipo de solução, se ele não conseguiu e não consegue inteirar-se de seu “status quo” no planeta?” Os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo". Usando estimativas não oficiais, apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões, como registrado no 

O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão. 


É uma obra coletiva de professores e pesquisadores universitários europeus.  



Minha ex-colega de cela exige que o Exército peça-lhe desculpas. Não sei se seria o caso, pois se refere a problemas dos humanos. No entanto, considerando que apesar de tudo que passou, está fisicamente ilesa, tem uma linda família e encontra-se muito bem profissionalmente. 

Salvo melhor juízo, cabe à respeitosa senhora Miriam analisar também o que fazia, em tenra idade, no âmbito de um partido que tentava implantar, no Brasil, uma doutrina social em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada e também a retirada do bem mais precioso a todos os seres viventes, ou seja, a liberdade. Regime este que não deu certo em lugar nenhum e causou enorme sacrifício àqueles que tentaram implantá-lo.


Assim, voltando à senhora Miriam, quem sabe ela não deveria pedir desculpas ao Brasil, aos Brasileiros, por sua pretensão àquela época. Digo isto, porque, mesmo sendo bicho, pertenço a este querido, imenso e lindo Brasil.


Quanto aos militares, pelo que me inteirei das conversas com o Sr. Alterego, continuarão, “per omnia secula, seculorum”, defendendo, com a vida se necessário, seu País. Exercerão sempre seu ofício nos moldes da antiguidade, e sob juramento.

“A carreira militar não é uma atividade inespecífica e descartável, um simples emprego, uma ocupação, mas um ofício absorvente e exclusivista, que os condiciona e auto limita até o fim. Ela não lhes exige as horas de trabalho da lei, mas todas as horas da vida, impondo-lhes também seus destinos. A farda não é uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas outra pele, que adere à própria alma, irreversivelmente para sempre".

Assinado: Jiboia.

“O homem foi feito à imagem de Deus, apenas à Sua imagem, não à Sua perfeição. O único homem perfeito que viveu entre nós foi o próprio Deus feito homem!” Gen.Bda. Paulo Chagas.

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