CRÔNICA
(Ítalo Pasini – 26-09-2014)
JIBOIA
Sou simplesmente uma jiboia, um dos milhões de espécimes de animais
existentes na Terra. Minhas características, inclusive dadas pelos homens, são
as seguintes:
Jiboia-constritora (Boa constrictor) é uma serpente que pode chegar a
um tamanho adulto de 2m (Boa constrictor amarali); a 4m (Boa constrictor
constrictor), raramente chegando a este tamanho máximo. Existo no Brasil, onde
sou a segunda maior cobra (a maior é a sucuri) e posso ser encontrada em diversos
locais, como na Mata Atlântica, restingas, mangues, no Cerrado, na Caatinga e
na Floresta Amazônica.
Sou um animal muito dócil, apesar de ter fama de animal
perigoso, não sou peçonhenta e nem consigo comer animais de grande porte, sendo
inofensiva.
Apenas procuro sobreviver e defender-me. Sou muito perseguida por
caçadores e traficantes de animais, pois tenho um valor comercial alto, como
animal de estimação. Uma jiboia nascida em cativeiro credenciado pelo Ibama
pode custar até 6000 reais, às vezes mais, de acordo com sua coloração. Somente
lhes conto isso, tendo em vista que sou muito velha, senão...
Detecto as presas pela percepção do movimento e do calor e surpreendo-as
em silêncio.
Jiboias são conhecidas pela paciência na espera de uma presa, podendo
ficar paradas no mesmo ponto de uma floresta por até um mês aguardando o
momento certo para atacar. Sua dieta é basicamente composta por pequenos
roedores e pássaros.
Tudo isso que lhes disse acima, é para que me conheçam melhor. Tem a
ver com o que vou comentar.
Inicialmente, quero referir-me ao ser humano. Vou utilizar definições
de pessoas famosas, não que tenha lido, mas, no silêncio da mata, ouço o ser
humano a conversar e memorizo tudo.
"O que é o homem na natureza? Um
nada em comparação com o infinito, um tudo em face do nada, um intermediário
entre o nada e o tudo." (Pascal);
"O que é o materialismo, senão o
estado do homem que se afastou de Deus; (...) ele passa unicamente a
preocupar-se com os seus interesses terrestres." (Jean Paul-Sartre);
"De todos os animais, o homem é
aquele a quem mais custa viver em rebanho." (Jean Jacques Rousseau).
As pessoas acima foram consideradas sabidas, ou seja, conhecedoras da
natureza humana (como se isso fosse possível, há, ah, ah).
Quanto ao que disse Pascal, concordo plenamente. Já o Sartre quis
resumir um imbróglio infinito em apenas duas frases. Excessivamente convencido,
porém tem razão quando afirma que o homem preocupa-se demais com os interesses
terrestres, afastando-se do essencial, ou seja, de que ele, o homem, existe em
função de um ser Poderosíssimo, que implantou tudo que aqui existe. Já, o Rousseau apenas reafirmou o óbvio ululante: o homem já comeu e continua
comendo, uns aos outros.
Eu, uma jiboia, que ora conversa com vocês, conheci o senhor Alterego (vou chamá-lo assim...) em várias ocasiões: na selva amazônica, quando lá esteve por um tempo, entranhado na mata; na beira de vários rios, Brasil afora, quando ele pescava, juntamente com sua linda esposa.
Também, na praia de Vitória - ES, onde residi na década de setenta, numa
rápida convivência, admirei-o sobremaneira, principalmente quando percebi que
ele respeitava os animais, a natureza.
Observei que ele tinha ideias incomuns ao ser humano, ou seja ânsia de
liberdade, respeito não somente aos seus semelhantes, mas a todos os seres
viventes. Quanto a isso, explicarei melhor.
Em nossas conversas, quando lhe contava dos apuros que passei numa cela
de um quartel em Vitória, no Espírito Santo, lá pelos idos de 1972, ele
interrompia-me e falava sobre si.
Dizia-me, o Sr. Alterego, sobre sua educação
em colégios e faculdade com professores capazes, honestos e finalmente, no
Exército onde fez o juramento, conforme se vê abaixo:
“Incorporando-me ao Exército Brasileiro, prometo cumprir rigorosamente as
ordens das autoridades a que estiver subordinado, respeitar os superiores
hierárquicos, tratar com afeição os irmãos de armas, e com bondade os
subordinados, e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra,
Integridade, e Instituições, defenderei com o sacrifício da própria vida. ”
(Inciso V, do Artigo 171 do Decreto nº 88.513, de 13 de julho de 1983).
Disse-me ele ser Católico, Apostólico Romano, religião essa que propõe
uma vida espiritual e uma regra de vida aos seus fiéis, inspirada no Evangelho
e definidas de maneira precisa e regida pelo Código de Direito Canônico.
Em outra de nossas conversas, sem querer ofender-me, explicou-me ele
sobre a separação entre Homens e Animais, ou animais racionais e irracionais. Alegando
que isso está profundamente enraizado na cultura dos humanos, mas que um
critério objetivo para classificar estas diferenças parece difícil de ser
formulado.
Particularmente, em minha condição de cobra, repudio essa tal de
racionalidade do Homem. Depois que estive presa numa sala, em 1972, juntamente
com uma mulher que até tinha nome igual ao meu, à época, ou seja, Miriam (e
também vários codinomes) passei a analisar o ser humano com mais detalhes.
Primeiramente, quero dizer-lhes que fiz desse senhor, meu “alterego”,
para que ele pudesse dizer-lhes o que sinto. Quando lhe solicitei que gostaria
de deixar transparecer, aos humanos, minha opinião, ele alertou-me que não
poderia delongar em meu assunto, principalmente em vista de uma afirmativa de
um escritor e cronista famoso, chamado Luiz Fernando Veríssimo, mais ou menos
assim: “Ninguém, no Brasil, lê crônica com mais de duas páginas.”
Mesmo diante dessa limitação, não posso deixar de expressar-me sobre
meus sentimentos no tocante ao ser humano, dito racional.
A inteligência da espécie humana tem servido fundamentalmente para que
os Homens possam adaptar-se às situações que se lhe colocam, a um ritmo muito
superior ao da evolução biológica. Agora, em que medida é que esta estratégia
tem sido positiva para o equilíbrio da própria espécie e do indivíduo, é que é
mais difícil de precisar.
O sucesso de qualquer forma de vida não parece estar
dependente da inteligência do sujeito em causa, vejam-se exemplos: os animais,
ditos irracionais, nascem, sem auxílio algum às mães; aprendem rapidamente o
que lhe é necessário à sobrevivência e também procriam, tudo sem maiores
problemas. Integramo-nos de tal forma ao meio ambiente, que, apesar de sermos
diferenciados em milhões de espécies, nenhuma auxilia a outra.
Somente
agredimos outros seres, para nos alimentarmos ou em nossa defesa
Até a colega
cascavel, peçonhenta que só ela, somente ataca animais maiores para
defender-se. E, tem mais: um colega dito irracional como o pássaro João de
Barro, em sua insignificância, constrói casa de alvenaria, até de três andares,
sem uso de ferramentas ou materiais sofisticados.
Também os papagaios, se bem
educados, integram-se à família humana. A inteligência ou a falta dela, seja lá
o que isso for, não deveria provavelmente ser um critério para que a espécie
humana se colocasse acima de todas as demais.
Quanto ao Homem, que se auto intitula “racional”, Deus nos livre!
Nos acampamentos, depois de
encherem a cara, lá da minha moitinha, ouço-os e fico horrorizada. Confesso-lhes
que me locupleto na qualidade de cobra. Em nome do falso argumento de que os
animais não conseguem formular conceitos abstratos, como tristeza ou saudade,
sujeitam-nos a provações que em nada honram aquelas suas autoproclamadas
inteligência e racionalidade.
São necessárias mais de duas dezenas de anos para habilitar o homem a
subsistir por si próprio. Assim mesmo, alguns, mesmo depois de muita
escolaridade, metem os pés pelas mãos: acidentam-se por embriaguez; matam para
roubar, por ciúme, por motivo religioso, por inveja, traição, etc. Como disse o
jurista Márcio Tomás Bastos em um júri a que meu Alterego presenciou, certa
feita: “Todo assassinato é motivado por uma de três barras: barra de córrego,
barra de ouro ou barra de saia.”
Ainda sobre o tal do ser racional, o tal homem: trai e mente com a
maior desfaçatez. Imaginem que uma vez ouvi um contando para o outro: “sempre traí
minha mulher”; outro dizia: “qualquer objeto que esteja bem mais barato, eu
compro, não me importa se foi roubado”; e outro: “faço tudo para burlar o
imposto de renda”.
Na literatura mundial, disse-me ele, há casos horríveis: na
época da Inquisição, pessoas eram denunciadas por parentes próximos e iam parar
na fogueira; mais de 61 milhões de pessoas foram mortas numa tal de II Guerra,
provocada por um cara de nome Hitler; um livro recente conta-nos sobre o
assassinato de reputações mediante denúncias ou simplesmente publicações na
mídia ou na internet, tudo com base no dito popular: “Um saco de penas jogado
do alto de uma torre, jamais serão reunidas todas as penas.”
Disse-me, ainda, meu Alterego, que tem em seu computador uma pasta
denominada Assuntos Estressantes e que se eu a visualizasse transformar-me-ia
em minhoca, tamanhas as incoerências dos humanos, ditos racionais. Um dos itens
desse documento fala sobre uma mulher de 38 anos, no Texas (EUA) que foi
condenada à morte e executada por ter deixado um garoto morrer de fome. No
corpo do garoto foram encontrados 250 ferimentos.
Outro item refere-se a um caso acontecido em Brasília, em setembro de 2014, em que um carro Fiat Uno prata com quatro passageiros passou em frente ao local e foram disparados tiros nas, aproximadamente, 50 pessoas que estavam do lado de fora do evento. Um rapaz de 23 anos morreu no local e dois ficaram feridos. Para complementar, anotou ainda sobre as decapitações, em vídeos da Internet, procedidas pelos integrantes do tal Estado Islâmico.
Outro item refere-se a um caso acontecido em Brasília, em setembro de 2014, em que um carro Fiat Uno prata com quatro passageiros passou em frente ao local e foram disparados tiros nas, aproximadamente, 50 pessoas que estavam do lado de fora do evento. Um rapaz de 23 anos morreu no local e dois ficaram feridos. Para complementar, anotou ainda sobre as decapitações, em vídeos da Internet, procedidas pelos integrantes do tal Estado Islâmico.
Continuo a afirmar que o homem é mais irracional que os demais seres da
terra. Pronto, já dei meu parecer, vamos aos fatos.
Agora, vou contar meu passado, porém, primeiramente, é necessário que
vocês leiam a reportagem em que minha homônima, a Sra. Miriam faz seu
depoimento. Abrir o link. Enquanto isso vou comer um ratinho.
Espero que tenham lido toda a história contada pela Amélia ("Amélia"
era o codinome que o meu chefe de ala no PC do B tinha escolhido para mim:
"Você, a partir de agora, vai se chamar Amélia") ou Sra. Miriam.
Dependendo de onde ela estivesse: na reunião do Partido Comunista do Brasil (PC
do B) ou em casa, somente vai interessar-me os dois parágrafos abaixo,
considerando que nessa ocasião neles descrita, estive com minha xará.
“Eles saíram e o homem de cabelo preto, que alguém chamou de Dr. Pablo,
voltou trazendo uma cobra grande, assustadora, que ele botou no chão da sala, e
antes que eu a visse direito apagaram a luz, saíram e me deixaram ali, sozinha
com a cobra. Eu não conseguia ver nada, estava tudo escuro, mas sabia que a
cobra estava lá. A única coisa que lembrei naquele momento de pavor é que cobra
é atraída pelo movimento. Então, fiquei estática, silenciosa, mal respirando,
tremendo. Era dezembro, um verão quente em Vitória, mas eu tremia toda. Não era
de frio. Era um tremor que vem de dentro. Ainda agora, quando falo nisso, o
tremor volta. Tinha medo da cobra que não via, mas que era minha única
companhia naquela sala sinistra. A escuridão, o longo tempo de espera, ficar de
pé sem recostar em nada, tudo aumentava o sofrimento. Meu corpo doía.”
“Não sei quanto tempo durou esta agonia. Foram horas. Eu não tinha
noção de dia ou noite na sala escurecida pelo plástico preto. E eu ali,
sozinha, nua. Só eu e a cobra. Eu e o medo. O medo era ainda maior porque não
via nada, mas sabia que a cobra estava ali, por perto. Não sabia se estava se
movendo, se estava parada. Eu não ouvia nada, não via nada. Não era possível
nem chorar, poderia atrair a cobra. Passei o resto da vida lembrando dessa sala
de um quartel do Exército brasileiro. Lembro que quando aqueles três homens
voltaram, davam gargalhadas, riam da situação. Eu pensava que era só sadismo.
Não sabia que na tortura brasileira havia uma cobra, uma jiboia usada para
aterrorizar e que além de tudo tinha o apelido de Miriam. Nem sei se era a
mesma. Se era, talvez fosse esse o motivo de tanto riso. Miriam e Miriam,
juntas na mesma sala. Essa era a graça, imagino.”
Vocês podem imaginar o medo que a jiboia, ou seja, eu, passei naquela
noite. Uma pessoa que está sendo submetida àquela situação, seria muito má.
Poderia matar-me, como sói acontecer com o ser humano, diante dos animais.
Quase morri de medo da tal Sra. Miriam. Fiquei quietinha no meu canto. Jamais
me atreveria a aproximar-me dela. Fiquei mais apavorada, ainda, quando a
chamaram “terrorista”.
Afinal, terroristas naquele tempo estavam matando pessoas, haja vista o
Capitão norte-americano Charles Rodney Chandler, diante da esposa e filhos,
conforme se vê no texto abaixo, compilado do link:
O plano e a morte
Consta do inquérito que no mês de setembro do ano passado Onofre Pinto
recebeu de Diógenes José Carvalho de Oliveira proposta, que lhe foi enviada por
Marcos Antônio Braz de Carvalho, o Marquito, representante de Carlos Marighela
em São Paulo, para assassinar Charles Chandler. Procurava justificar a proposta
criminosa com várias razões, entre as quais: ser a vítima agente da Central
Inteligency Agency - CIA -
e representante do imperialismo americano; haver lutado no Vietnã; ter
orientado, na Bolívia, os chefes do Exército boliviano na repressão às
guerrilhas, ação que culminou com a morte de "Che" Guevara; ter
apoiado a guerra americana no Vietnã e, finalmente, estaria realizando um
levantamento no Brasil.
A proposta, depois de debatida sob todos os aspectos, foi aceita e
Chandler condenado à morte. A missão foi atribuída a Marquito e a Diógenes, que
fuzilaram o capitão.
A execução teve início na manhã do dia 12 de outubro de 1968, quando
Pedro Lobo preparou o carro Volkswagen que havia furtado dias antes e
dirigiu-se a Santo Amaro, onde encontrou Diógenes e depois, na rua Cardeal
Arcoverde, encontraram Marquito e seguiram depois para a rua Petrópolis, 375,
no Sumaré, onde morava a vítima.
"No exato momento em que o carro de Chandler chegou à guia da
calçada - diz o inquérito - não pode manobrar, porque Pedro Lobo avançou com
seu carro Volks, estacionando junto à parte traseira do carro de Chandler,
bloqueando e consequentemente impedindo qualquer manobra". Diógenes desceu
do carro em primeiro lugar e, empunhando um revolver marca Taurus, calibre 38,
aproximou-se do capitão e desfechou seis tiros contra ele.
Marquito, que empunhava uma metralhadora INA, calibre 45, dirigiu-se em
direção à vítima e deu uma rajada no corpo de Chandler, enquanto Lobo
permanecia no Volks, em funcionamento, para qualquer eventualidade.
"Durante a execução - conclui a peça - a esposa da vítima, d. Joan
Xotaletz Chandler, que estava à porta da casa, viu Diógenes e Marquito atirando
contra seu marido e gritou: "Não!!". Diógenes lhe apontou o revólver e
todos fugiram em seguida".
Outra história de terroristas matando gente circulava na imprensa:
Na manhã de 12 de julho de 1966, o Marechal Costa e Silva, então
candidato à Presidência da República, era esperado por cerca de 300 pessoas que
lotavam o Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Às 08h30min, poucos minutos
antes da previsão de chegada do Marechal, o serviço de som anunciou que, em
virtude de pane no avião, ele estava deslocando-se por via terrestre de João
Pessoa até Recife e iria, diretamente, para o prédio da SUDENE, local onde
ocorreria um ato de campanha.
Esse comunicado provocou o início da retirada do público. O guarda-civil
Sebastião Tomaz de Aquino, o "Paraíba", outrora popular jogador de
futebol do Santa Cruz, percebeu uma maleta escura abandonada junto à livraria
"SODILER", localizada no saguão do aeroporto. Julgando que alguém a havia
esquecido, pegou-a para entregá-la no balcão do Departamento de Aviação Civil
(DAC). Ocorreu uma forte explosão.
O som ampliado pelo recinto, a fumaça, os
estragos produzidos e os gemidos dos feridos provocaram o pânico e a correria
do público. Passados os primeiros momentos de pavor, viu-se que o atentado
vitimou 16 pessoas.
Morreram o jornalista e secretário do governo de Pernambuco Edson Régis
de Carvalho e o vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes. O guarda-civil
feriu-se no rosto e nas pernas, o que resultou, alguns meses mais
tarde, na amputação de sua perna direita. O então tenente-coronel do Exército,
Sílvio Ferreira da Silva, sofreu fratura exposta do ombro esquerdo e amputação
traumática de quatro dedos da mão esquerda.
Ficaram, ainda, feridos os advogados Haroldo Collares da Cunha Barreto
e Antônio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira
Raposo e Ivancir de Castro, os estudantes José Oliveira Silvestre, Amaro Duarte
Dias e Laerte Lafaiete, a professora Anita Ferreira de Carvalho, a comerciária
Idalina Maia, o guarda-civil José Severino Pessoa Barreto, o deputado federal
Luís de Magalhães Melo e Eunice Gomes de Barros e seu filho, Roberto Gomes de
Barros, de apenas seis anos de idade.
Além das pessoas acima listadas, há evidências de que várias outras
também sofreram ferimentos menores (luxações, pequenas escoriações, etc...) ,
sem que seus nomes tenham sido mencionados publicamente.
Assim, tento mostrar-lhes o motivo de ter tanto medo daquela Sra. Miriam,
principalmente quando a chamaram “terrorista”. Se ela era realmente terrorista,
eu nunca soube, até nem acredito, mas de uma coisa tenho certeza, pois foi dito
por ela: “pertencia aos quadros do PC do B”.
Este, então, tentava implantar o
comunismo no Brasil, como é sabido. O comunismo seria a etapa final de um
sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico
para as mãos das pessoas que compõem a comunidade. Como pode um ser humano
raciocinar com esse tipo de solução, se ele não conseguiu e não consegue
inteirar-se de seu “status quo” no planeta?” Os regimes comunistas tornaram o
crime em massa uma forma de governo". Usando estimativas não oficiais,
apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões, como registrado no
O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão.
É
uma obra coletiva de professores e pesquisadores universitários europeus.
Minha ex-colega de cela exige que o Exército peça-lhe desculpas. Não
sei se seria o caso, pois se refere a problemas dos humanos. No entanto,
considerando que apesar de tudo que passou, está fisicamente ilesa, tem uma
linda família e encontra-se muito bem profissionalmente.
Salvo melhor juízo,
cabe à respeitosa senhora Miriam analisar também o que fazia, em tenra idade,
no âmbito de um partido que tentava implantar, no Brasil, uma doutrina social
em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade
privada e também a retirada do bem mais precioso a todos os seres viventes, ou
seja, a liberdade. Regime este que não deu certo em lugar nenhum e causou
enorme sacrifício àqueles que tentaram implantá-lo.
Assim, voltando à senhora Miriam, quem sabe ela não deveria pedir
desculpas ao Brasil, aos Brasileiros, por sua pretensão àquela época. Digo
isto, porque, mesmo sendo bicho, pertenço a este querido, imenso e lindo Brasil.
Quanto aos militares, pelo que me inteirei das conversas com o Sr.
Alterego, continuarão, “per omnia secula, seculorum”, defendendo, com a vida se
necessário, seu País. Exercerão sempre seu ofício nos moldes da antiguidade, e
sob juramento.
“A carreira militar não é uma atividade inespecífica e descartável, um
simples emprego, uma ocupação, mas um ofício absorvente e exclusivista, que os
condiciona e auto limita até o fim. Ela não lhes exige as horas de trabalho da
lei, mas todas as horas da vida, impondo-lhes também seus destinos. A farda não
é uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas outra pele,
que adere à própria alma, irreversivelmente para sempre".
Assinado: Jiboia.
“O homem foi feito à imagem de Deus, apenas à Sua imagem, não
à Sua perfeição. O único homem perfeito que viveu entre nós foi o próprio Deus
feito homem!” Gen.Bda. Paulo Chagas.
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