Em Ceilândia, campo de futebol se transforma em lixão
Terreno na EQNP 8/12 era usado para esporte e se transformou em lixão. E não adianta limpar
Manuela Rolim
manuela.rolim@jornaldebrasilia.com.br
Um terreno vazio na EQNP 8/12 do Setor P Sul, em Ceilândia, era motivo de orgulho para a comunidade. Um grande campo de futebol fazia a alegria da população. No entanto, nos últimos dez anos, a realidade é outra. O gramado virou um depósito de lixo a céu aberto para carroceiros. O problema foi denunciado ao JBr. pelo Whatsapp.
Além do incômodo do cheiro, o lixão preocupa os moradores, que se sentem ameaçados por possíveis doenças. No local, encontra-se de tudo, desde materiais de construção a animais mortos. Diante disso, a região é tomada por moscas, ratos e focos de mosquito da dengue.
A causa do problema não parece ser falta de limpeza, mas de fiscalização e conscientização. Isso porque, garante a comunidade, muitos moradores também se aproveitam da região para descarregar lixo. Em apenas uma hora no local, foram vistos quatro “sujões”.
Entre os moradores que mais sofrem com a presença do lixão está o serralheiro Edimundo Santana, 58, que mora e trabalha de frente para o problema. "Já encontrei até cachorro morto. O cheiro é insuportável, não dá para aguentar", conta o serralheiro, ressaltando que o transtorno é crônico. "É preciso fiscalizar.
No dia seguinte à limpeza, volta tudo ao normal. Às vezes, vejo pessoas passando por perto e jogando um saco de lixo pequeno. Ou seja, é um problema com vários responsáveis", comenta.
Próximo ao entulho, há residências, supermercado, parada de ônibus, igreja e até escola. Diante disso, a manicure Maria das Dores, 28 anos, informa que fica difícil escapar do lixão. "Ele está no centro de tudo. Eu, por exemplo, tenho que atravessar o terreno quase toda hora para ir ao mercado. Me preocupo também com as crianças. Já virou algo comum ver ratazanas", diz.
Para o advogado Reinaldo de Paula, 34, a ocupação do espaço é a única solução. Para ele, a criação de uma praça, creche, biblioteca ou outro campo de futebol é a saída. "Já tivemos placas pedindo para não sujar e não adiantou", conta.
Administração diz que toma várias medidas
Questionada sobre o problema, a Administração Regional de Ceilândia informou que várias medidas foram tomadas para amenizar o descarte irregular de lixo.
"Nesses espaços, também sinalizamos com placas que é proibido descartar lixo, conforme a legislação. Além disso, é feito um mapeamento para possíveis intervenções, como a colocação de Pontos de Encontro Comunitários (PECs)", explica a assessoria.
A administração informa que firma parcerias com a Agência de Fiscalização do DF (Agefis) quanto a fiscalização, notificação e aplicação de multas para quem descarta lixo irregularmente. "Ressaltamos que a coleta é feita com o apoio dos fiscais na conferência das rotas dos caminhões. A divulgação dos percursos e horários de coleta depende de estudo em pontos que necessitam maior presença dos garis e dos caminhões coletores", completa.
manuela.rolim@jornaldebrasilia.com.br
Um terreno vazio na EQNP 8/12 do Setor P Sul, em Ceilândia, era motivo de orgulho para a comunidade. Um grande campo de futebol fazia a alegria da população. No entanto, nos últimos dez anos, a realidade é outra. O gramado virou um depósito de lixo a céu aberto para carroceiros. O problema foi denunciado ao JBr. pelo Whatsapp.
Além do incômodo do cheiro, o lixão preocupa os moradores, que se sentem ameaçados por possíveis doenças. No local, encontra-se de tudo, desde materiais de construção a animais mortos. Diante disso, a região é tomada por moscas, ratos e focos de mosquito da dengue.
A causa do problema não parece ser falta de limpeza, mas de fiscalização e conscientização. Isso porque, garante a comunidade, muitos moradores também se aproveitam da região para descarregar lixo. Em apenas uma hora no local, foram vistos quatro “sujões”.
Entre os moradores que mais sofrem com a presença do lixão está o serralheiro Edimundo Santana, 58, que mora e trabalha de frente para o problema. "Já encontrei até cachorro morto. O cheiro é insuportável, não dá para aguentar", conta o serralheiro, ressaltando que o transtorno é crônico. "É preciso fiscalizar.
No dia seguinte à limpeza, volta tudo ao normal. Às vezes, vejo pessoas passando por perto e jogando um saco de lixo pequeno. Ou seja, é um problema com vários responsáveis", comenta.
Próximo ao entulho, há residências, supermercado, parada de ônibus, igreja e até escola. Diante disso, a manicure Maria das Dores, 28 anos, informa que fica difícil escapar do lixão. "Ele está no centro de tudo. Eu, por exemplo, tenho que atravessar o terreno quase toda hora para ir ao mercado. Me preocupo também com as crianças. Já virou algo comum ver ratazanas", diz.
Para o advogado Reinaldo de Paula, 34, a ocupação do espaço é a única solução. Para ele, a criação de uma praça, creche, biblioteca ou outro campo de futebol é a saída. "Já tivemos placas pedindo para não sujar e não adiantou", conta.
Administração diz que toma várias medidas
Questionada sobre o problema, a Administração Regional de Ceilândia informou que várias medidas foram tomadas para amenizar o descarte irregular de lixo.
"Nesses espaços, também sinalizamos com placas que é proibido descartar lixo, conforme a legislação. Além disso, é feito um mapeamento para possíveis intervenções, como a colocação de Pontos de Encontro Comunitários (PECs)", explica a assessoria.
A administração informa que firma parcerias com a Agência de Fiscalização do DF (Agefis) quanto a fiscalização, notificação e aplicação de multas para quem descarta lixo irregularmente. "Ressaltamos que a coleta é feita com o apoio dos fiscais na conferência das rotas dos caminhões. A divulgação dos percursos e horários de coleta depende de estudo em pontos que necessitam maior presença dos garis e dos caminhões coletores", completa.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
1 Comentário
Parceria com a corrupta da AGEFIS? Só rindo....para não chorar!
Ana Lia
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