Ontem, estranhamente, Lula, após reunião com Dilma Rousseff, antes do
anúncio do arrocho de R$ 69,9 milhões, cancelou participação em evento
do PT de São Paulo, o maior do país. Alegou cansaço. Mas cansaço mesmo é
dos petistas com o governo Dilma, que ao final do evento divulgaram um
manifesto onde praticamente rompem com a gestão e pregam a rebelião
contra ela no Congresso.
Leiam alguns trechos do desiludido e desesperado manifesto:
Os que foram às ruas para defender Dilma no 2º turno, o fizeram
acreditando no aprofundamento das políticas sociais e das reformas
levadas a cabo nos 12 anos anteriores. A perplexidade da nossa base
social diante da agenda negativa no pós-eleição, após ter todo um
protagonismo decisivo na nossa vitória, era portanto compreensível. As
primeiras medidas adotadas logo após a eleição, frustraram essas
expectativas e arrefeceram toda a energia que havia sido produzida.
Nossos sonhos não podem ser delimitados pelas estreitas margens que a
equação financeira suporta, nem pelas contingências de governabilidade.
Noutras palavras, o governo é nosso e vamos sustenta-lo, mas nosso
projeto de país é muito maior do que o nosso próprio governo pode fazer
em 4 anos. E isso o PT precisa dizer ao país. Nossa acomodação não faz o
governo avançar.
Noutras palavras, o governo é nosso e vamos sustenta-lo, mas nosso
projeto de país é muito maior do que o nosso próprio governo pode fazer
em 4 anos. E isso o PT precisa dizer ao país.
A agenda do PT se via espelhada na agenda do governo. A agenda do
governo nos últimos meses, em que pese suas razões, se distancia do que o
PT sempre representou e do que sua base social aspira.
O documento também faz observações sobre a corrupção e a roubalheira que
sustentou o partido chamando os responsáveis de "dirigentes valiosos".
Põe valiosos nisso! Clique aqui para ler.
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