A MAIORIA DOS BANDIDOS É NEGRA!
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Em sua magistral obra Crime and Human Nature, J. Q.
Wilson e R. J. Herrnstein notaram que a baixa representação asiática nas
estatísticas criminais estadunidenses se mostrava um problema teórico. A
solução proposta por criminologistas já desde 1920 era que o
"gueto" asiático protegia seus membros de tendências
perturbadoras da sociedade externa. Para negros, no entanto, se diz que o
gueto fomenta o crime.
A super-representação de negros nas estatísticas criminais estadunidenses
tem existido desde a virada do século XX. O censo de 1910 mostrava mais
negros do que brancos nas cadeias, tanto no norte quanto no sul.
Estatísticas oficiais da década de 1930 até a década de 1950 mostraram que
o número de negros presos por crimes de violência em proporção ao número de
brancos variava entre 6 para 1 e 16 para 1. Estas estatísticas não
melhoraram desde então.
Quebrando um velho tabu, os liberais de Bill Clinton a Jesse Jackson,
recentemente tornaram respeitável teorizar sobre crimes
"negro-contra-negro". Revistas conservadoras como a National
Review também começaram a discutir aspectos da ligação raça/crime (veja
"Negros... e Crime", de 16 de maio de 1994; "Como Diminuir o
Crime", de 30 de maio de 1994). O que ainda está por ser reconhecido,
porém, é a generalização internacional da relação raça/crime. A matriz
descoberta nos Estados Unidos, com asiáticos sendo geralmente os mais
obedientes à lei, os africanos os menos obedientes, e os europeus entre um
e outro, é observado em outros países multirraciais como Inglaterra, Brasil
e Canadá. Além disso, o padrão é revelado na China e nos países asiáticos
da costa do Pacífico, na Europa, no Oriente Médio, na África e no Caribe.
Porque o "dilema estadunidense" é global em sua manifestação,
explicações devem ir bem além das particularidades dos EUA.
Eu enfatizo no início que enormes variações existem dentro de cada uma das
populações nas várias características a serem discutidas. Porque as
distribuições substancialmente se sobrepõem, com diferenças de média
variando em torno de 4 a 34 porcento, é altamente problemático generalizar
de uma média de grupo para um indivíduo em particular. Contudo, como eu
espero mostrar, variações raciais significativas existem, não apenas em
crime mas também em outras características que predispõem ao crime,
inclusive testosterona, tamanho cerebral, temperamento e capacidade
cognitiva.
A natureza global do padrão racial em crimes é mostrada nos dados coletados
na INTERPOL utilizando seus anuários de 1984 e 1986. Após analisar
informações de cerca de 100 países, eu relatei, na edição de 1990 do
Canadian Journal of Criminology, que países africanos e caribenhos tinham o
dobro da taxa de crimes violentos (um agregado de assassinato, estupro e
lesões corporais graves) do que países europeus, e três vezes mais do que
países asiáticos da costa do Pacífico. Calculando a média para os três
crimes e nos dois períodos de tempo, os números para uma população de
100.000 eram, respectivamente, 142, 74 e 43.
Eu corroborei estes resultados usando o anuário mais recente da INTERPOL
(1990). As taxas de assassinato, estupro e lesão corporal grave para
100.000 habitantes relatada para 23 países predominantemente africanos, 41
países caucasianos e 12 países asiáticos foram: para assassinato, 13, 5 e
3; para estupro, 17, 6 e 3; e para lesão corporal grave, 213, 63 e 27.
Somando os crimes se obtém números para 100.000 habitantes de,
respectivamente, 243, 74 e 33. Este gradiente permanece forte tanto sobre
os contrastes de países racialmente homogêneos do nordeste da Ásia, Europa
Central e África Sub-Saariana, quanto em países racialmente misturados mas
predominantemente negros ou brancos/ameríndios do Caribe e da América
Central. Resumindo, um padrão insistente que requer explicações existe no
mundo todo. A testosterona, a fragilidade da família negra e a consistência
da família asiática são freqüentemente usadas para explicar o padrão racial
do crime nos Estados Unidos. Acredita-se que aprender a seguir as regras
depende da socialização familiar. Desde 1965 o Relatório Moynihan tem
documentado as altas taxas de dissolução matrimonial, freqüente liderança
de famílias por mulheres e numerosos nascimentos ilegítimos, e tais números
apresentados como evidência da instabilidade da família negra triplicaram
desde então.
Uma família negra matrifocal similar existe no Caribe, com lares com pais
ausentes, falta de certeza de paternidade, e contabilidades dos cônjugues
separadas. O padrão caribenho, assim como o estadunidense, é tipicamente
atribuído ao velho legado da escravidão. No entanto, a hipótese da
escravidão não se encaixa nos dados da África Sub-Saariana. Após examinar
os sistemas de casamento duráveis na África na edição de 1989 da revista
Ethology and Sociobiology, a antropóloga Patricia Draper da Universidade da
Pensilvânia concluiu: "juntamente com o baixo investimento dos pais na
criação dos filhos, há também um padrão de convívio que permite atividade
sexual prematura, perda de laços econômicos e emocionais entre cônjuges...
e em muitos casos a expectativa da parte de ambos os cônjuges de que o
casamento irá terminar em divórcio ou separação, seguida da formação de
outra união".
O sistema de casamento africano pode depender em parte de características
de temperamento. Variáveis biológicas tais como o hormônio sexual
testosterona estão envolvidas na tendência a múltiplos relacionamentos
assim como na tendência a cometer crimes. Um estudo, publicado na edição de
1993 da publicação Criminology, por Alan Booth e D. Wayne Osgood, mostrou
claras evidências de uma ligação entre testosterona e crime baseado na
análise de 4.462 militares. Outros estudos têm ligado a testosterona a uma
personalidade agressiva e impulsiva, a uma falta de empatia, e ao
comportamento sexual. Níveis de testosterona explicam por que homens jovens
são desproporcionalmente representados em estatísticas criminais em
comparação com mulheres jovens, e por que jovens são mais propensos a
encrencas do que pessoas mais velhas. A testosterona seguramente diferencia
os sexos e sabe-se que ela decresce com o tempo. Existem diferenças étnicas
em níveis médios de testosterona. Estudos mostram de 3 a 19 porcento a mais
de testosterona em estudantes e veteranos militares negros do que em seus
correspondentes brancos. Estudos entre os japoneses mostram uma quantidade
correspondentemente baixa de testosterona em relação aos brancos
estadunidenses. Pesquisas médicas têm se concentrado no câncer de próstata,
sendo que um de seus determinantes é a testosterona. Negros têm taxas mais
altas de câncer de próstata do que brancos, que por sua vez têm taxas mais
altas do que orientais.
Hormônios sexuais também influenciam a fisiologia reprodutiva. Enquanto a
mulher média produz 1 óvulo a cada 28 dias no meio do ciclo menstrual, algumas
mulheres têm ciclos menores e outras produzem mais de um óvulo; ambos os
eventos se traduzem em maior fertilidade, inclusive no nascimento de gêmeos
dizigóticos (de dois óvulos). Mulheres negras têm em média ciclos
menstruais menores do que mulheres brancas e produzem gêmeos dizigóticos
com maior freqüência. A taxa por 1.000 nascimentos é 4 entre
leste-asiáticos, 8 entre brancos e 16 ou mais entre africanos e
afro-americanos.
Existem diferenças raciais em comportamento sexual, como documentado por
numerosos levantamentos, incluindo aqueles feitos pela Organização Mundial
de Saúde. Africanos, afro-americanos e negros residentes na Inglaterra são
sexualmente mais ativos, numa idade mais precoce e com mais parceiros
sexuais do que europeus e estadunidenses brancos, que por sua vez são
sexualmente mais ativos, numa idade mais precoce e com mais parceiros
sexuais do que asiáticos, asiáticos-americanos e asiáticos residentes na
Inglaterra. Diferenças em atividade sexual têm suas conseqüências. Taxas de
fertilidade entre adolescentes ao redor do mundo apresentam o gradiente
racial, assim como o padrão das doenças sexualmente transmissíveis. Os
Relatórios Técnicos da Organização Mundial de Saúde e outros estudos
examinando a prevalência mundial da AIDS, sífilis, gonorréia, herpes e
clamídia tipicamente acha baixos níveis na China e Japão, e altos níveis na
África, com países europeus num nível intermediário. Este é um padrão
encontrado também nos Estados Unidos.
Dados internacionais sobre personalidade e temperamento mostram que negros
são menos auto-controlados e menos tranqüilos do que brancos, e brancos são
menos auto- controlados e menos tranqüilos do que leste-asiáticos. Com
bebês e crianças a observação é o principal método empregado, enquanto que
com adultos o uso de testes padronizados são mais freqüentes. Um estudo no
Quebec de língua francesa examinou 825 crianças de quatro a seis anos de
idade provenientes de 66 países diferentes avaliadas por 50 professores.
Todas as crianças estavam em classes da pré-escola de imersão na língua
francesa para crianças imigrantes. Os professores consistentemente
relataram melhor ajuste social e menos hostilidade- agressividade de
crianças leste-asiáticas do que de brancas, e destas do que de
afro-caribenhas. Outro estudo baseado em 25 países ao redor do mundo
mostrou que leste- asiáticos eram menos extrovertidos e mais propensos à
ansiedade do que europeus, que por sua vez eram menos sociáveis e mais
auto-controlados do que africanos.
Genética do Comportamento
Diferenças entre indivíduos em testosterona e seus variados metabólitos são
aproximadamente 50 porcento hereditárias. Mais surpreendente para muitos
são os estudos que sugerem que tendências criminais também são
hereditárias. De acordo com estudos estadunidenses, dinamarqueses e suecos
de adoção, crianças que tinham sido adotadas na infância estavam mais
sujeitas a condenações criminais se seus pais biológicos tivessem sido
condenados do que se seus pais adotivos que os criaram tivessem sido
condenados. Num estudo de 14.427 adoções não-familiares na Dinamarca entre
1924 e 1947, foi descoberto que irmãos e meio-irmãos adotados separadamente
em diferentes lares eram concordantes quanto a condenações. Convergente com
este trabalho de adoção, estudos com gêmeos descobriram que gêmeos
idênticos têm praticamente duas vezes mais chances de terem comportamento
criminal semelhante do que gêmeos fraternais. Em 1986, eu relatei os
resultados de um estudo de 576 pares de gêmeos adultos sobre altruísmo,
empatia, criação e agressividade, caracteres de que se espera sofrerem
pesada socialização por parte dos pais. Apesar disso, 50 por cento da
variação tanto em homens quanto em mulheres foi atribuída à genética. O
bastante conhecido Minnesota Study of Twins Raised Apart (Estudo de Minnesota
Sobre Gêmeos Criados Separadamente), conduzido por Thomas J. Bouchard Jr.,
confirmou a importância de fatores genéticos para características de
personalidade tais como agressividade, dominância e impulsividade. David
Rowe, da Universidade do Arizona, examinou muito desta literatura em seu
livro Limits of Family Influence (Limites da Influência da Família), de
1994. Ele explica como irmãos criados juntos na mesma família podem diferir
geneticamente um do outro com relação à delinqüência.
Genes codificam enzimas, as quais, sob a influência do ambiente,
depositam-se no conjunto cerebral e nos sistemas neuro-hormonais dos
indivíduos, assim afetando as mentes das pessoas e as escolhas que elas
fazem sobre alternativas comportamentais. Com relação à agressão, por
exemplo, pessoas herdam sistemas nervosos que as predispõem à raiva,
irritabilidade, impulsividade e uma falta de condicionabilidade. Em geral,
esses fatores influenciam o auto-controle, uma variável psicológica que
figura de forma proeminente nas teorias do comportamento criminoso.
Estudos genéticos de comportamento fornecem informações sobre efeitos
ambientais. Como descrito no livro de Rowe, as variáveis importantes
mostram estar dentro de uma família, não entre famílias. Fatores tais como
classe social, religião da família, valores paternos e estilos de criação
de crianças não mostram ter um efeito comum forte entre irmãos. Porque
mentes individuais sintonizam ambientes comuns de formas diferentes, irmãos
adquirem conjuntos diferentes de informação. Apesar de irmãos se
assemelharem em sua exposição a programas violentos de televisão, é o mais
agressivo que se identifica com personagens agressivos e que vê
conseqüências agressivas como positivas.
Estudos dentro de famílias mostram que inteligência e temperamento separam
irmãos em predisposição à delinqüência. Não é difícil imaginar como um
irmão intelectualmente menos capaz e mais impulsivo em temperamento procura
um ambiente social diferente do seu irmão ou irmã mais capaz e menos
impulsivo. Dentro dos limites permitidos pelo espectro total de
alternativas culturais, pessoas criam ambientes compatíveis ao máximo com
seus genótipos. Similaridades genéticas explicam a tendência de
personalidades com predisposições problemáticas a procurar outras semelhantes
para amizade e casamento. Uma objeção feita de vez em quando às teorias
genéticas é a de que taxas de crime flutuam de acordo com condições
sociais. Mudanças em crime através das gerações, no entanto, são previstas
por teorias genéticas. À medida que os ambientes se tornam menos
ameaçadores e mais iguais, a contribuição genética para as variações de
diferenças individuais necessariamente se torna maior. Durante os últimos
50 anos, por exemplo, tem ocorrido um aumento na contribuição genética tanto
nos resultados acadêmicos quanto em longevidade à medida que efeitos
prejudiciais do ambiente têm sido atenuados e mais oportunidades iguais têm
sido criadas. Assim, afrouxar constrangimentos sociais para genótipos
"correndo perigo" latentes leva a um aumento do comportamento
criminoso.
Inteligência
O papel da baixa capacidade cognitiva em dispor uma criança à delinqüência
é estabelecida mesmo dentro da mesma família onde um irmão menos capaz é
observado engajando-se em comportamentos mais anti-sociais do que um irmão
privilegiado. Problemas de comportamento começam cedo na vida e se
manifestam como uma falta de vontade ou de capacidade de seguir regras
familiares. Mais tarde, uso de drogas, início precoce de atividade sexual e
atos mais claramente definidos como ilegais compõem a ampla síndrome
prognosticada pela baixa inteligência. Existem diferenças raciais nas
médias de resultados de testes de QI e, novamente, o padrão se estende bem
além dos Estados Unidos. A literatura global sobre QI foi examinada por
Richard Lynn na edição de 1991 da publicação Mankind Quarterly. Caucasóides
da América do Norte, Europa e Austrália geralmente obtiveram uma média de
QI ao redor de 100. Mongolóides tanto da América do Norte quanto da costa
asiática do Pacífico obtiveram uma média ligeiramente maior, na faixa de
101 a 111. Africanos ao sul do Saara, afro-americanos e afro- caribenhos
(incluindo aqueles residentes na Inglaterra), obtiveram médias de QI de 70
a 90.
Permanece a questão sobre se os resultados dos testes são medidas válidas
de diferenças de grupos em capacidade mental. Basicamente a resposta
depende de os testes serem ou não serem limitados a uma cultura. Dúvidas
subsistem em muitos pontos, embora um grande corpo de trabalho técnico
tenha tratado deste problema entre aqueles com experiência psicométrica,
como mostrado no livro de levantamentos de Snyderman e Rothman. Isto porque
os testes mostram padrões similares de consistência de itens internos, e
validade de previsão para todos os grupos, e as mesmas diferenças são
encontradas em testes relativamente aculturais.
Dados recentes sobre a rapidez de tomada de decisões mostram que as
diferenças raciais em capacidade mental são profundas. Investigações
trans-culturais de tempo de reação foram feitas em crianças de nove a doze
anos de idade provenientes de seis países diferentes. Nestas tarefas
elementares, as crianças devem decidir qual de muitas luzes está acesa, ou
separada de outras, e mover sua mão para pressionar um botão. Todas as
crianças conseguem realizar a tarefa em menos de um segundo, mas crianças
mais inteligentes, segundo medidas feitas por testes tradicionais de QI,
executam a tarefa mais rapidamente do que crianças menos inteligentes.
Richard Lynn descobriu que crianças orientais de Hong Kong e do Japão eram
mais rápidas em tempo de decisão do que crianças brancas da Inglaterra e da
Irlanda, que eram mais rápidas do que crianças negras da África. Arthur
Jensen relatou o mesmo padrão tríplice na Califórnia.
Tamanho do Cérebro
A relação entre capacidade mental e tamanho do cérebro tem sido confirmada
em estudos utilizando imagens de ressonância magnética, nas quais, ao vivo,
constroem-se imagens tridimensionais do cérebro e confirmam as correlações
relatadas desde a virada do século, obtidas a partir da medição do
perímetro da cabeça. As correlações entre tamanho do cérebro e capacidade
cognitiva variam de 0,10 a 0,40. Além disso, encontram-se diferenças
raciais em tamanho do cérebro. Freqüentemente tem se sustentado que as
diferenças raciais em tamanho do cérebro, estabelecidas no século dezenove,
desaparecem quando correções são feitas para o tamanho do corpo e outras
variáveis tais como preconceito. No entanto, estudos modernos confirmam as
descobertas do século dezenove.
Três procedimentos principais foram usados para estimar o tamanho do
cérebro: (a) pesar cérebros úmidos na autópsia; (b) medir o volume de
crânios vazios utilizando enchimento; e (c) medir o tamanho externo da
cabeça e estimar o volume. Dados de todas as três fontes triangulam na conclusão
de que, depois que são feitas as correções estatísticas para o tamanho do
corpo, leste- asiáticos têm uma média de 1,7 cm cúbicos (1 polegada cúbica)
a mais de capacidade craniana do que brancos, que por sua vez têm uma média
de 8,0 cm cúbicos (5 polegadas cúbicas) a mais do que negros. Ho e colegas
no Medical College of Wisconsin, depois de, obviamente, excluir cérebros
danificados, analisaram dados de autópsias de cérebros de 1.261 sujeitos
estadunidenses cujas idades variavam entre 25 e 80 anos e relataram na
edição de 1980 da publicação Archives of Pathology and Laboratory Medicine
que, depois de selecionar por idade e tamanho do corpo, homens brancos
tinham uma média de 100 gramas a mais de peso cerebral do que homens
negros, e mulheres brancas tinham em média 100 gramas a mais de peso
cerebral do que mulheres negras. Com o volume endocraniano, Beals e seus
colegas computaram dados internacionais para mais de 20.000 crânios e
publicaram seus resultados na edição de 1984 da publicação Current Anthropology.
Separando as caixas cranianas por sexo, elas diferiram por áreas
continentais, com populações da Ásia tendo uma média de 1.415 cm cúbicos,
aquelas da Europa tendo uma média de 1.362 cm cúbicos e aquelas da África
tendo uma média de 1.268 cm cúbicos.
Usando medições externas da cabeça eu descobri, depois de correções feitas
para o tamanho do corpo, que leste- asiáticos consistentemente apresentam
cérebros em média maiores do que os dos caucasianos ou ou dos africanos.
Três desses estudos foram publicados no jornal Intelligence. Num estudo de
1991, de dados compilados pela agência espacial dos EUA (NASA), amostras
militares da Ásia tinham em média 14 cm cúbicos de capacidade craniana a
mais do que amostras da Europa. Numa amostra aleatória estratificada de
6.235 pessoas do Exército dos EUA medidas em 1988 para encaixe de
capacetes, eu descobri que asiáticos-americanos tinham em média 36 cm
cúbicos a mais do que euro-americanos, que por sua vez mediam em média 21
cm cúbicos a mais que afro-americanos. Mais recentemente, eu analisei dados
de dezenas de milhares de homens e mulheres com idades entre 25 e 45 anos,
coletados pelo International Labour Office, em Genebra, e descobri que
asiáticos tinham em média 10 cm cúbicos a mais que europeus e 66 cm cúbicos
a mais que africanos.
Diferenças raciais em tamanho do cérebro e QI aparecem cedo na vida. Dados
do National Collaborative Perinatal Project (Projeto Pré-Natal Colaborativo
Nacional) de 19.000 crianças negras e 17.000 crianças brancas, mostram que
crianças negras têm um perímetro da cabeça menor ao nascer, e apesar de que
elas nasçam menores em estatura e mais leves em peso, pela idade de sete
anos um "crescimento súbito" as torna maiores em tamanho do corpo
do que crianças brancas, mas ainda menores em perímetro da cabeça.
Perímetro da cabeça ao nascer correlacionou com QI na idade de sete anos
tanto em crianças negras quanto brancas.
Origens das Diferenças Raciais
Diferenças raciais existem num nível mais profundo do que se costuma
pensar. Por que europeus têm média tão consistentemente entre africanos e
asiáticos em crime, sistema familiar, comportamento sexual, nível de
testosterona, inteligência e tamanho do cérebro? É quase certo que genética
e evolução têm um papel a desempenhar.
Estudos de adoções trans-raciais indicam influência genética. Estudos de
crianças coreanas e vietnamitas adotadas por lares brancos estadunidenses e
belgas têm mostrado que, apesar de os bebês terem sido hospitalizados por
má nutrição, eles cresceram e se superaram em capacidade acadêmica com QIs
dez pontos acima dos padrões nacionais dos países em que foram adotados. Em
contraste, Sandra Scarr e seus colegas de Minnesota descobriram que na
idade de 17 anos, crianças negras e mestiças adotadas em famílias brancas
de classe média tinham um nível de QI mais baixo do que seus irmãos
adotivos brancos com os quais tinham sido criadas.
Crianças brancas adotadas tinham uma média de QI de 106, uma média de
aptidão baseada em padrões nacionais no 59º percentil, e uma colocação em
classe no 54º percentil; crianças mestiças tinham uma média de QI de 99,
uma aptidão no 53º percentil, e uma colocação em classe no 40º percentil; e
crianças negras tinham uma média de QI de 89, uma aptidão no 42º percentil,
e uma colocação em classe no 36º percentil.
Nenhuma variável ambiental conhecida pode explicar a relação inversa ao
longo das três raças entre produção de gametas (gêmeos dizigóticos) e
tamanho do cérebro. A única explicação conhecida para estas diferenças é
uma teoria da história da vida. A história da vida é um conjunto de
características geneticamente organizado, que evoluíram de uma maneira
coordenada para alocar energia para sobrevivência, crescimento e
reprodução. Há, em resumo, um equilíbrio (trade-off?) entre esforço
paterno, inclusive investimento paterno, e esforço de acasalamento, uma
distinção a que Patricia Draper se referiu como "pais" e
"padrastos".
Hipóteses evolutivas têm sido pensadas para explicar o porquê dos asiáticos
terem os maiores cérebros e mais estratégia de investimento paterno. A
teoria presentemente aceitadas origens humanas, a da "Eva
africana", postula um começo na África a cerca de 200.000 anos atrás,
um êxodo através do Oriente Médio com uma separação africanos/não-africanos
a 110.000 anos atrás, e uma separação caucasóide/mongolóide a cerca de
40.000 anos atrás. Pressões da seleção evolutiva na savana quente, onde os
africanos se desenvolveram, são diferentes das pressões no frio ártico onde
os asiáticos se desenvolveram.
As evidências mostram que quanto mais as populações migraram para fora da
África, para o norte, mais elas encontraram problemas que exigiam
inteligência, como obtenção e armazenamento de alimento, procura de
abrigos, confecção de roupas e criação de filhos de maneira correta e
bem-sucedida durante invernos prolongados. A seqüência evolutiva se encaixa
nessa teoria e ajuda a explicar como e por que as variáveis se juntam.
Assim como as populações originais africanas evoluíram para caucasóides e
mongolóides, elas fizeram isso na direção de cérebros maiores e menores
níveis de testosterona, com simultâneas reduções em agressividade e
potência sexual e aumento em planejamento a longo prazo e estabilidade
familiar.
Apesar do vasto corpo de evidências agora se acumulando sobre importantes
diferenças genéticas e comportamentais entre as três grandes macro-raças,
há muita relutância em aceitar que as diferenças em crime essão
profundamente enraizadas. Talvez alguém possa simpatizar com temores
levantados pela pesquisa racial. Mas todas as teorias da natureza humana
podem ser usadas para gerar políticas abusivas. E uma rejeição da base
genética para as diferenças raciais em comportamento não é apenas mau
comportamento acadêmico; isto pode ser prejudicial para indivíduos
excepcionais e para sociedades complexamente estruturadas. Além disso, deve
ser enfatizado que provavelmente não mais do que 50 porcento da variância
entre as raças nesseas características é genética, com os remanescentes 50
porcento devidos ao ambiente. Até mesmo efeitos genéticos são
necessariamente mediados por mecanismos neuro-endócrinos e psico-sociais,
portanto dando oportunidade a uma intervenção benigna e o alívio do
sofrimento.
LEITURAS SUGERIDAS
Richard Lynn. "Race Differences in Intelligence: A Global
Perspective." Mankind Quarterly, 31 (1991), 255-296.
Richard J. Herrstein and Charles Murray. The Bell Curve. New York: Free
Press, 1994.
David C. Rowe. The Limits of Family Influence. New York: Guilford, 1994.
J. Philippe Rushton. "Race and Crime." Canadian Journal of Criminology,
32 (1990), 315-334.
J. Philippe Rushton. "Cranial Capacity Related to Sex, Rank, and Race
in a Stratified Random Sample of 6,325 U.S. Military Personnel."
Intelligence, 16 (1992), 401- 413.
J. Philippe Rushton, David W. Fulker, Michael C. Neale, David K.B. Nias,
and Hans J. Eysenck. "Altruism and Aggression: The Heritability of
Individual Differences." Journal of Personality and Social Psychology,
50 (1986), 1192-1198.
Mark Snyderman and Stanley Rothman. The IQ Controversy, the Media, and
Public Policy. New Brunswick, N.J.: Transaction Publishers, 1988.
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