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reunião convocada por Dilma com 13 ministros, o vice-presidente e
líderes do partido totalitário no Congresso não produziu qualquer
resultado. Aliás, o Brasil já vive sem governo. Bem que Dilma podia ter
renunciado:
Na
tentativa de superar a maior crise política desde que a assumiu a
Presidência, a presidente Dilma Rousseff decidiu chamar todos os
presidentes e líderes dos partidos da base aliada para conversar durante
esta semana. A decisão foi tomada após reunião neste domingo, 9, à
noite, com o grupo da coordenação política do governo. Ao todo, 13
ministros, o vice-presidente Michel Temer e dois líderes petistas no
Congresso participaram do encontro realizado no Palácio da Alvorada.
O
esfacelamento da base foi o principal assunto da reunião. O diagnóstico
foi o de que é preciso recompor a base, formada por nove legendas, para
garantir a governabilidade. Segundo o ministro da Comunicação Social,
Edinho Silva, as conversas serão realizadas separadamente com cada
partido. “A presidente quer dialogar com todos os partidos da base. Nós
reconhecemos as dificuldades políticas que estamos enfrentando, mas
temos a confiança de que essas dificuldades serão superadas com
diálogo”, afirmou. De acordo com um ministro presente à reunião, o
governo “tem 362 deputados que foram perdidos e agora teremos que
recuperá-los”.
Os participantes disseram que não foi discutida na reunião nenhuma
mudança ministerial, como era esperado por aliados. O tema voltou a ser
debatido no Palácio do Planalto como uma opção de medida concreta para
tentar acalmar a base. A expectativa é de que uma reforma abra mais
espaço ao PMDB do Senado, o que reduziria cargos do PT.
Pauta-bomba. Na semana passada, a primeira após o recesso parlamentar, os
deputados contrariaram a orientação do Planalto e aprovaram uma
Proposta de Emenda à Constituição que vincula salários de advogados
públicos da Advocacia-Geral da União (AGU) e de delegados de polícia à
remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Enquanto Dilma pedala, o país vai para o brejo. |
A medida é vista como uma “pauta-bomba” por causar um impacto de
cerca R$ 2,45 bilhões aos cofres públicos (Nada comparada com os Jogos Olímpicos que já estão orçados em 40 bilhões!). A expectativa é de que o
governo consiga evitar a conclusão da votação esta semana. “O governo
ainda não se deu por vencido na questão dessa PEC”, relatou um dos
presentes na reunião.
O Planalto também foi surpreendido com o anúncio de rompimento feito por dois partidos da base que,
juntos, somam 44 deputados na Câmara. Lideranças do PTB e do PDT
disseram que não iriam mais seguir as orientações do governo, alegando
falta de diálogo.
O
Planalto vem sofrendo sucessivas derrotas no Congresso. A situação,
porém, está mais complicada na Câmara, diante do posicionamento
beligerante adotado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O
ministro Edinho Silva cobrou responsabilidade dos parlamentares nas
votações e disse que eles tinham de agir levando em conta o “interesse
do País e do povo brasileiro”.(Precisa dizer isso?Os parlamentares não sabiam??!!)
A
presidente também vai fazer um novo gesto de aproximação ao Senado. Na
noite desta segunda-feira, 10, ela recebe os principais nomes da Casa
para um jantar no Alvorada. A expectativa é de que Dilma consiga o apoio
dos senadores, em especial do presidente da Casa, Renan Calheiros
(PMDB-AL), para barrar o avanço das pautas que prejudicam o ajuste
econômico.
Vice. Durante
o encontro, Temer pediu a palavra assim que a presidente terminou de
falar. “O próprio vice-presidente foi enfático na sua fala, do seu
compromisso com a governabilidade, com o seu compromisso com a
presidente Dilma. Em momento algum vamos permitir que intrigas feitas
por alguns setores, da própria base e da oposição, possam provocar
ruídos ou dificultar a construção da governabilidade”, afirmou Edinho
Silva.
Essa foi a primeira reunião do grupo após o vice-presidente, que também é o articulador político do governo, ter dito em público que o País precisava de “alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos”. A
fala foi vista com desconfiança por petistas diante da possibilidade da
abertura de um pedido de impeachment contra Dilma. O governo também se
preocupou com reunião entre senadores do PMDB e do PSDB, na semana
passada, com as ameaças de impeachment no cenário. (Estadão).
O
ministro da Comunicação Social ainda disse que o governo não está
preocupado com as manifestações marcadas para o próximo domingo, que
pedem o impeachment de Dilma. A reunião de ontem, que durou cerca de
três horas, costuma ocorrer às segundas-feiras. A presidente, porém,
decidiu adiantar o encontro porque vai hoje a São Luís do Maranhão
inaugurar unidades do Minha Casa Minha Vida. (Estadão).
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