Brasil ontem e hoje
Sempre tive muito respeito pelos militares, não só porque
meu pai foi militar e ex-combatente, mas também pelo que os militares fizeram
em 1964, quando evitaram que o Brasil central se transformasse em um território
dominado por guerrilheiros de esquerda e valhacouto de
narcotraficantes, a exemplo do que hoje ocorre na Colômbia, onde um terço
do país está nas mãos de bandidos que se auto proclamaram Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia, a famigerada FARC.
Entidade
essa considerada uma organização terrorista pelo governo da Colômbia,
pelos governos dos Estados Unidos, Canadá e pela União Europeia, mas que
infelizmente tem ferrenhos admiradores no Palácio do Planalto.
Hoje pergunto: até quando nossos chefes militares do
Exército, da Marinha e da Aeronáutica, vão se manter atrás de uma
cortina de fumaça chamada “Obediência Constitucional”, enquanto o país a
cada dia mais se aproxima de um precipício? Será que essa cega
“Obediência Constitucional” nunca vai conseguir enxergar que a
bíblia do Partido dos Trabalhadores (PT), escrita por Antônio
Gramsci, está em plena e rápida evolução?
Vão esperar que o "exército" de Stédile ataque o
terceiro Exército no Rio Grande do Sul e que o "exército"
de Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), vá
às ruas das grandes cidades com armas em punho, conforme prometeu
publicamente dentro do Palácio do Planalto? Que as milícias
petistas fechem o comércio, e impeçam que o cidadão honesto vá ao seu
trabalho, para que seja tomada uma atitude?
Isso não vai acontecer, a estratégia da esquerda hoje é
outra, diferente de 1964, e infelizmente ainda não foi, e não sei se será percebida
a tempo pelos nossos militares da ativa.
Os da reserva já
perceberam: o aparelhamento do Estado, a desagregação da família, a
desmoralização das instituições, a segregação social que joga heterossexuais
contra homossexuais, brancos contra pretos, pobres contra ricos, patrão
contra empregados. Tudo isso está em curso acelerado e a dominação total
cada vez mais perto. “Vamos segregar para melhor dominar.” Está escrito.
Comandantes, a estratégia mudou; não esperem tiros,
cadáveres nas ruas, sangue escorrendo na sarjeta para começarem a agir. Toda a
transformação hoje ocorre silenciosamente nos bastidores. Nossos três
poderes estão bichados, a sociedade não tem conhecimento de nada, tudo ocorre
nos podres porões do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo
Tribunal Federal. Esses corruptos têm a chave do cofre e compram todos os que
se fizerem necessários.
Vejam o que sobrou da Petrobras, nossa maior
empresa, depois de ser roubada para financiar esse podre plano de
permanência no poder. Isso para não falar do que ainda vem pela frente quando
entrar em cena a roubalheira na Eletrobrás, no BNDES e nos Fundos de
Pensão.
A sociedade é a última a saber da podridão
promovida por essa megaquadrilha que tomou conta do poder e que
luta por todos os meios para transformar o Brasil
definitivamente em uma república sindicalista. O foro de São Paulo
está aí para comprovar isso, essa excrescência criada pelo crápula Luiz
Inácio Lula da Silva e a múmia do Caribe é quem hoje dita as normas
para o destino político da América do Sul propagando o
"Socialismo Bolivariano", eufemismo usado para camuflar a
palavra comunismo.
Senhores de verde oliva, de branco ou de
azul, quem primeiro deve obediência à nossa Constituição é o Poder
Executivo. Infelizmente essa quadrilha, que há 13 anos tomou conta do país, tem
pisado impunemente na Constituição e consegue manter-se no poder através de
mentiras, que caracterizam estelionato eleitoral em todas as eleições que
disputou, jogadas no ouvido do pobre substrato cultural que compõe o
eleitorado brasileiro.
O Poder Judiciário através da sua corte máxima, o Supremo
Tribunal Federal (STF), deu um mau exemplo ao decidir pela manutenção da
demarcação contínua da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, apagando
dessa maneira nossa fronteira Norte. Imaginem quando forem demarcadas as mais
de 250 reservas existentes na Amazônia Legal. O Brasil perderá metade de seu
território. Onde fica a nossa integridade territorial? Sem falar que o direito
de ir e vir do cidadão brasileiro lá não é respeitado; paguei pedágio a índios
para atravessar parte de "suas" terras até chegar a Boa Vista.
Vale lembrar, que durante o reinado do incompetente e
ideológico Celso Amorim à frente do Itamaraty, foi assinado em 2007 um
tratado internacional - Declaração dos Direito dos Povos Indígenas
- que proclama a independência administrativa, política,
econômica e cultural das chamadas nações indígenas, o que as tornarão
países autônomos, com leis próprias, e nem mesmo as Forças Armadas brasileiras
teriam o direito de entrar em seus territórios. E mais, diz ainda o
tratado que, qualquer demanda judicial que envolva nativos em qualquer parte do
mundo será julgada por cortes internacionais.
A adesão a esse tratado foi negado por todos os países que
têm pendências dessa natureza - Estados Unidos da América, Canadá,
Austrália, Nova Zelândia, Argentina. Nós o assinamos e sem ressalvas,
portanto vamos pagar caro por isso.
Mas onde está a nossa imprensa que nada publica a respeito de
um assunto de extrema gravidade e que põe em risco a soberania nacional?
Afinal, nós temos 17 mil km de fronteiras secas pontilhadas de reservas
indígenas.
Os jornalistas que dirigem as organizações oficiais de
comunicação não atuam olhando o Estado; estão a serviço desse governo corrupto,
e 90% da imprensa não oficial se beneficia da propaganda oficial superfaturada
e cala quando, por uma questão de patriotismo e para exercer um jornalismo
sério, os profissionais da área deveriam mostrar o que realmente acontece
no país sem que esteja fazendo nenhum favor, seria por pura
obrigação e em respeito à profissão.
Humberto de Luna Freire Filho é Médico.
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