sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Hoje pergunto: até quando nossos chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, vão se manter atrás de uma cortina de fumaça chamada “Obediência Constitucional”, enquanto o país a cada dia mais se aproxima de um precipício?

Brasil ontem e hoje




Sempre tive muito respeito pelos militares, não só porque meu pai foi militar e ex-combatente, mas também pelo que os militares fizeram em 1964, quando evitaram que o Brasil central se transformasse em um território dominado por guerrilheiros de esquerda e valhacouto de narcotraficantes, a exemplo do que hoje ocorre na Colômbia, onde um terço do país está nas mãos de bandidos que se auto proclamaram Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a famigerada FARC. 




Entidade essa considerada uma organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelos governos dos Estados Unidos, Canadá e pela União Europeia, mas que infelizmente tem ferrenhos admiradores no Palácio do Planalto.



Hoje pergunto: até quando nossos chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, vão se manter atrás de uma cortina de fumaça chamada “Obediência Constitucional”, enquanto o país a cada dia mais se aproxima de um precipício? Será que essa cega “Obediência Constitucional” nunca vai conseguir enxergar que a bíblia  do Partido dos Trabalhadores (PT), escrita por Antônio Gramsci, está em plena e rápida evolução? 



Vão esperar que o "exército" de Stédile ataque o terceiro Exército no Rio Grande do Sul e que o "exército" de Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), vá às ruas das grandes cidades com armas em punho, conforme prometeu publicamente dentro do Palácio do Planalto? Que as milícias petistas fechem o comércio, e impeçam que o cidadão honesto vá ao seu trabalho, para que seja tomada uma atitude?



Isso não vai acontecer, a estratégia da esquerda hoje é outra, diferente de 1964, e infelizmente ainda não foi, e não sei se será percebida a tempo pelos nossos militares da ativa.  


Os da reserva já perceberam: o aparelhamento do Estado, a desagregação da família, a desmoralização das instituições, a segregação social que joga heterossexuais contra homossexuais, brancos contra pretos, pobres contra ricos, patrão contra empregados. Tudo isso está em curso acelerado e a dominação total cada vez mais perto. “Vamos segregar para melhor dominar.” Está escrito.



Comandantes, a estratégia mudou; não esperem tiros, cadáveres nas ruas, sangue escorrendo na sarjeta para começarem a agir. Toda a transformação hoje ocorre silenciosamente nos bastidores. Nossos três poderes estão bichados, a sociedade não tem conhecimento de nada, tudo ocorre nos podres porões do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Esses corruptos têm a chave do cofre e compram todos os que se fizerem necessários. 



Vejam o que sobrou da Petrobras, nossa maior empresa, depois de ser roubada para financiar esse podre plano de permanência no poder. Isso para não falar do que ainda vem pela frente quando entrar em cena a roubalheira na Eletrobrás, no BNDES e nos Fundos de Pensão. 



A sociedade é a última a saber da podridão promovida por essa megaquadrilha que tomou conta do poder e que luta por todos os meios para transformar o Brasil definitivamente em uma república sindicalista. O foro de São Paulo está aí para comprovar isso, essa excrescência criada pelo crápula Luiz Inácio Lula da Silva e a múmia do Caribe é quem hoje dita as normas para o destino político da América do Sul propagando o "Socialismo Bolivariano", eufemismo usado para camuflar a palavra comunismo.


Senhores de verde oliva, de branco ou de azul, quem primeiro deve obediência à nossa Constituição é o Poder Executivo. Infelizmente essa quadrilha, que há 13 anos tomou conta do país, tem pisado impunemente na Constituição e consegue manter-se no poder através de mentiras, que caracterizam estelionato eleitoral em todas as eleições que disputou,  jogadas no ouvido do pobre substrato cultural que compõe o eleitorado brasileiro.  


O Poder Judiciário através da sua corte máxima, o Supremo Tribunal Federal (STF), deu um mau exemplo ao decidir pela manutenção da demarcação contínua da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, apagando dessa maneira nossa fronteira Norte. Imaginem quando forem demarcadas as mais de 250 reservas existentes na Amazônia Legal. O Brasil perderá metade de seu território. Onde fica a nossa integridade territorial? Sem falar que o direito de ir e vir do cidadão brasileiro lá não é respeitado; paguei pedágio a índios para atravessar parte de "suas" terras até chegar a Boa Vista.



Vale lembrar, que durante o reinado do incompetente e ideológico Celso Amorim à frente do Itamaraty, foi assinado em 2007 um tratado internacional - Declaração dos Direito dos Povos Indígenas -  que proclama a independência administrativa, política, econômica e cultural das chamadas nações indígenas, o que as tornarão países autônomos, com leis próprias, e nem mesmo as Forças Armadas brasileiras teriam o direito de entrar em seus territórios. E mais, diz ainda o tratado que, qualquer demanda judicial que envolva nativos em qualquer parte do mundo será julgada por cortes internacionais. 


A adesão a esse tratado foi negado por todos os países que têm pendências dessa natureza - Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Argentina. Nós o assinamos e sem ressalvas, portanto vamos pagar caro por isso. 

 

Mas onde está a nossa imprensa que nada publica a respeito de um assunto de extrema gravidade e que põe em risco a soberania nacional? Afinal, nós temos 17 mil km de fronteiras secas pontilhadas de reservas indígenas. 



Os jornalistas que dirigem as organizações oficiais de comunicação não atuam olhando o Estado; estão a serviço desse governo corrupto, e 90% da imprensa não oficial se beneficia da propaganda oficial superfaturada e cala quando, por uma questão de patriotismo e para exercer um jornalismo sério, os profissionais da área deveriam mostrar o que realmente acontece no país sem que esteja fazendo nenhum favor, seria por pura obrigação e em respeito à profissão.



Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

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