Agentes da
PF cumprem 11 mandados em três Estados. Alvo: propinas envolvendo a
diretoria internacional da Petrobras. Alô, Lula, vai um rivotril aí?
A Polícia
Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira a 19ª fase da Operação
Lava Jato. Ao todo 35 policiais cumprem onze mandatos judiciais: sete de
busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de prisão temporária, e
dois de condução coercitiva nas cidades de Florianópolis, São Paulo e
Rio de Janeiro. O alvo desta nova fase - denominada Nessun Dorma
("ninguém dorme") - são propinas que teriam sido pagas envolvendo a
diretoria internacional da Petrobras. Entre os presos está um dos donos
da construtora Engevix José Antunes Sobrinho, o Turco.
Na semana
passada o juiz Sergio Moro já havia transformado o executivo em réu
após indícios de que ele atuou no esquema de pagamento de propina ao
grupo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O nome de Sobrinho
também apareceu na fase da Lava Jato que chegou ao setor elétrico e
descobriu o pagamento de propinas ao vice-almirante Othon Luiz Pinheiro
da Silva, ex-presidente da estatal Eletronuclear. Apenas no propinoduto
envolvendo o setor elétrico, o executivo da Engevix é suspeito de ter
desembolsado até 140 milhões de reais em dinheiro sujo entre 2011 e
2013, por meio da empresa Aratec, de Pinheiro da Silva.
Segundo a
PF, uma das empresas sediadas no Brasil e alvo da operação teria
recebido cerca de 20 milhões de reais em propina entre 2007 e 2013 de
empreiteiras já investigadas na operação para fraudar contratos com a
Petrobras e favorecer os corruptores. A nova fase também pode ampliar o
desgaste político da base aliada ao governo porque coloca na mira dos
investigadores pessoas ligadas ao PMDB que podem ter levado dinheiro
sujo para o exterior e que intermediavam propina movimentada na
diretoria da internacional da Petrobras, comandada por Jorge Zelada,
executivo que já responde a processo na Lava Jato. (Veja.com).
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