- 22/10/2015 19h09
- Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou hoje (22) o bloqueio e sequestro de 2,4
milhões de francos suíços, equivalentes a R$ 9 milhões, atribuídos ao
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em contas
na Suíça, atendendo ao pedido, feito na semana passada, pela
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com
o sequestro das contas, a PGR pretende começar a investigar se Cunha e
sua família cometeram o crime de evasão de divisas, caracterizado pelo
envio ilegal de dinheiro ao exterior sem declaração à Receita Federal.
Zavascki decidiu que os valores poderão ser transferidos para o Brasil, e
o procurador passa a ter autorização para iniciar as investigações, de
acordo com tratado de cooperação assinado com a Suíça.
Na quinta-feira (15), Zavascki abriu inquérito para investigar as contas de Cunha. O pedido de abertura do inquérito, feito pela PGR, foi baseado em informações prestadas pelo Ministério Público da Suíça, que identificou quatro contas em nome presidente da Câmara naquele país. Segundo a PGR, além de Cunha, a mulher dele, Claudia Cruz, era uma das beneficiárias das contas, que movimentaram cerca de US$ 24 milhões.
A suspeita é que os valores são decorrentes de propina recebida por Cunha em um contrato da Petrobras para exploração de petróleo em Benin, na África. Segundo a procuradoria, não há dúvidas sobre a .titularidade das contas e a origem dos valores
Na semana passada, em nota à imprensa, Cunha reafirmou que não tem contas no exterior e nunca recebeu “vantagem de qualquer natureza”.
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Na quinta-feira (15), Zavascki abriu inquérito para investigar as contas de Cunha. O pedido de abertura do inquérito, feito pela PGR, foi baseado em informações prestadas pelo Ministério Público da Suíça, que identificou quatro contas em nome presidente da Câmara naquele país. Segundo a PGR, além de Cunha, a mulher dele, Claudia Cruz, era uma das beneficiárias das contas, que movimentaram cerca de US$ 24 milhões.
A suspeita é que os valores são decorrentes de propina recebida por Cunha em um contrato da Petrobras para exploração de petróleo em Benin, na África. Segundo a procuradoria, não há dúvidas sobre a .titularidade das contas e a origem dos valores
Na semana passada, em nota à imprensa, Cunha reafirmou que não tem contas no exterior e nunca recebeu “vantagem de qualquer natureza”.
Edição: Jorge Wamburg
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