segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Coluna Claudio Humberto


Parlamentares da comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma já avaliam a convocação de testemunhas que consideram importantes, como auditores e ministros do Tribunal de Contas da União e o procurador do MP junto ao TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, que podem detalhar os crimes cometidas pela presidente, como as “pedaladas fiscais” e a edição de decretos ilegais, fazendo despesas indevidas e usurpando prerrogativas do Poder Legislativo.
A comissão do impeachment deve votar a convocação de personagens da Lava Jato, para estabelecer vínculos de Dilma com o escândalo.
Três já estão definidos para convocação: o doleiro Alberto Youssef e os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.
Aghostilde Carvalho, ex-Petrobras, contou em delação premiada que Dilma sabia tudo, na compra da refinaria superfaturada de Pasadena.
O orçamento 2015 é “batom na cueca” contra Dilma. Quando deixou de “pedalar”, o déficit do governo foi de R$ 51 bilhões para R$ 120 bilhões.
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Campeão de votos no Distrito Federal e considerado um dos políticos mais promissores da nova geração, o senador Antônio Reguffe, 43, deve abandonar o PDT e permanecer sem partido por alguns meses, até tomar uma decisão. Questões de princípio separam Reguffe do seu atual partido. A única certeza, por enquanto, é que o senador não deve se filiar ao Rede, partido fundado pela ex-senadora Marina Silva.
As divergências entre Reguffe e o PDT não são recentes. Sua atuação independente das posições do partido causa-lhe problemas.
Referência de ética na política, Reguffe tem relação difícil com Carlos Lupi, chefe do PDT demitido por Dilma num escândalo de corrupção.
No Senado, Reguffe não se associa a posições oficiais, de apoio ao governo Dilma, o que irrita a direção (aliás, sem votos) do PDT.
A situação de Dilma é tão crítica que o governo agora “molha a mão” dos próprios líderes aliados, liberando suas emendas parlamentares, para garantir a presença deles nas reuniões de articulação política.
Ciente de que a única maneira de não voltar ao baixo clero é retomar a liderança do PMDB, o deputado Leonardo Picciani (RJ) recolhe assinaturas para tentar retomar o posto. Mas está difícil.
O tratamento de Dilma a Michel Temer, do qual ele se queixou em carta, acabou adotado também pelos aspones. Até o porta-celular Giles Azevedo se divertia aplicando “chás de cadeira” no vice-presidente.
O juiz Sérgio Moro sinalizou à CPI dos Fundos de Pensão que encaminhará as quebras de sigilos e as delações do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada e do ex-presidente da Sete Brasil João Carlos Ferraz.
Com mestrado em Direito Agrário, exclusivo para militantes indicados pelo MST, o ex-reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo de Sousa Jr, o “Zé do MST”, está entre os juristas petistas pró-Dilma.
Apoiar o esporte garante resultados, como constatam o Cartão BRB e o UniCeub, patrocinadores do Brasília, que conquistou dias atrás o tri-campeonato sul-americano de basquete, em jogo disputado na Argentina. O time recebe seu maior rival, o Flamengo, na quinta (17).
O deputado Rogério Rosso (DF) jura que não haverá retaliação aos deputados pró-impeachment do PSD. Os dissidentes do partido acham que, hoje, metade dos seus 32 deputados defende o impeachment.
Em parecer, o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) vai recomendar nos próximos dias a proibição do uso de animais em rodeios, vaquejadas e rinhas de galo. Estas últimas são proibidas há décadas.
Como o ministro Joaquim Levy ameaça sair do governo por causa de meta de superávit, se o governo do PT só conhece déficit?

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