Pois é, Dilma continua afundando o país. Não há dia que não tenha uma péssima notícia a dar aos brasileiros:
Depois
de escalar três posições entre 2009 e 2014, o Brasil desceu um degrau
no ranking do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) deste ano, que será
divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud). Ultrapassado pelo Sri Lanka – ilha ao sul da Índia com cerca de
21 milhões de habitantes, que teve crescimento mais acelerado –, o País
ficou em 75.º lugar, entre 188 nações e territórios reconhecidos pela
ONU.
Levando em conta indicadores como expectativa de vida, tempo de
escolaridade e renda, o IDH brasileiro ficou em 0,755 – um leve aumento
em relação a 2013, quando registrou 0,752, mas insuficiente para evitar a
queda na lista. O Brasil, porém, segue enquadrado entre os países da
categoria de Alto Desenvolvimento Humano, junto com México, Uruguai,
Venezuela e Cuba, que estão mais bem colocados.
Dos 188 países, 45 conseguiram aumentar o índice em comparação com o
último relatório, no ano passado. Sete deles estão na América Latina.
Entre os que caíram, como o Brasil, outros dez são do mesmo continente. O
índice é desenvolvido há 24 anos pelo Pnud, e, quanto mais próximo de
1, melhor a situação do país. Noruega, a primeira colocada, tem índice
de 0,944. O pior indicador foi novamente do Níger, na África: 0,348.
Segundo os dados, a expectativa de vida do brasileiro é de 74,5 anos e
a média de anos de estudo é de 7,7 – ambos indicadores aumentaram em
relação ao ano passado, quando eram, respectivamente, 74,2 e 7,4. Porém,
a renda per capita caiu de US$ 15.288 para US$ 15.175.
As discrepâncias na expectativa de vida, na educação e na renda da
população brasileira fazem com que o IDH do país sofra uma perda de
26,3% quando ajustado à desigualdade. “Um país pode ter um Índice de
Desenvolvimento Humano altíssimo, mas se é muito desigual, isso vale
menos”, explica a coordenadora nacional do relatório, Andréa Bolzon, que
prevê a possibilidade de que o relatório do ano que vem já reflita os
impactos da crise pela qual o País atravessa atualmente.
Bolsa Família. O
relatório de 272 páginas menciona o Brasil dez vezes. Em três delas, a
referência é ao Bolsa Família, programa social do governo federal
lançado no ano de 2003. O documento afirma que, “apesar das preocupações
iniciais de que a transferência de renda poderia causar declínio nas
taxas de emprego, a experiência tem sido encorajadora” e “pode ser
replicada em outras partes do mundo”.
O documento destaca que desde seu lançamento, o programa permitiu que
cinco milhões de pessoas deixassem de viver na pobreza extrema, e até
2009 havia conseguido reduzir a taxa de pobreza em cerca de oito pontos
porcentuais.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também é citado como
uma iniciativa que poderia reduzir a desigualdade de oportunidades. “Com
os incentivos corretos, o setor privado pode ser induzido a cumprir um
papel importante na construção de infraestrutura física. Esses
investimentos vão imediatamente criar trabalho para trabalhadores pouco
qualificados.”
Trabalho. O
tema central do relatório neste ano é “O Trabalho como Motor do
Desenvolvimento Humano”, uma relação que nem sempre é automática: no
mundo inteiro, há 168 milhões de crianças em situação de trabalho
infantil, 21 milhões de pessoas submetidas ao trabalho escravo e 30
milhões de empregados em setores que oferecem riscos, como os trabalhos
em minas.
Mais: 830 milhões são trabalhadores pobres, ou seja, trabalham, mas vivem com menos de US$ 2 por dia. (Veja no Estadão).
Do levantamento com índices oficiais dos 188 países, concluiu-se que
mais de 204 milhões estão desempregados. Os jovens respondem por 36% do
total.
Apesar desses indicativos, o relatório afirma que, nos últimos 25
anos, “graças à melhoria na áreas de saúde e educação, além da redução
da pobreza extrema”, 2 bilhões de pessoas deixaram os baixos níveis de
desenvolvimento humano no mundo.
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