sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Plantas têm memória, sentem dor e são inteligentes – Afirmam cientistas



from: portugalmundial.com

Plantas inteligentes com memória e sentem dor

Poderia uma plante ser inteligente? Por que não? Muitos cientistas insistem que são! Uma vez que elas podem sentir, aprender, lembrar e até mesmo reagir de formas que seriam familiares aos seres humanos. 

 

 

◉ Assista ao vídeo no final do artigo.

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Esta pesquisa está em um campo chamado neurobiologia de plantas. Por mais que os próprios cientistas não argumentem que elas tenham neurônios ou cérebros.

 

Mas “elas tem estruturas análogas”, explica Michael Pollan, autor de livros como Omnivore’s (O Dilema do onívoro) e The Botany of Desire (A botânica do desejo)  

 

 

Elas tem maneiras de captar todos os dados sensoriais que se reúnem em sua vida cotidiana… integra-los e, em seguida, se comportar de forma adequada em resposta. E elas fazem isto sem cérebro, o que, de certa forma, é o que é incrível sobre isto, porque assumimos automaticamente que você precisa de um cérebro para processar a informação.”

 

 

Mimosa Púdica
Mimosa Púdica

Nós humanos supomos que precisa-se de ouvidos para ouvir. Mas os pesquisadores, diz Pollan, tocam uma gravação de uma lagarta comendo uma folha para plantas e elas reagem. 

 

Começam a segregar substâncias defensivas . Embora a planta não esteja realmete ameaçada, diz Pollan. “Ela está de alguam forma ouvindo o que é para ela, um som “aterrorizante” de uma lagarta comendo suas folhas.

Michael Pollan
Michael Pollan

◉ Plantas podem sentir

 

Os pesquisadores e Pollan dizem que as plantas tem todos os mesmo sentidos dos seres humanos, e alguns a mais. Além da audição e do paladar, por exemplo, elas podem detectar a gravidade e a presença de água, ou até sentir que um obstáculo está a bloquear suas raízes, antes de entrar em contato com ele. As raízes das plantas mudam de direção, diz ele, para evitar obstáculos.

 

Mimos Púdica sente o toque
Mimosa Púdica sente o toque

E a dor? As plantas realmente sentem? Pollan e sua equipe diz que elas respondem aos anestésicos. “Pode apagar uma planta com um anestésico humano… E não só isto, as plantas podem produzir seus próprios compostos que são anestésicos para nós”

 

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◉ Plantas podem ouvir

 

De acordo com os pesquisadores do instituto de Física Aplicada da Universidade de Bonn, na Alemanha, as plantas liberam gases que geram o equivalente a gritos de dor. Usando um microfone movido a laser, os pesquisadores captaram ondas sonoras produzidas por plantas que liberam gases quando cortadas ou feridas.  

 

Apesar de não ser audível ao ouvido humano, as vozes secretas das plantas têm revelado que os pepinos gritam quando estão doentes, e as flores se “lamentam” quando suas folhas são cortadas [Fonte Deutsche Welle]

 

Plantas crescem mais rápido com música
Plantas cresce mais rápido com música

◉ Seu sistema nervoso 

Como exatamente as plantas sente e reagem ainda é um pouco desconhecido. Elas não tem células nervosas como os seres humanos, mas elas têm um sistema de envio de sinais elétricos e até mesmo a produção de neurotransmissores, como dopamina, serotonina e outras substâncias químicas que o cérebro humano usa para enviar sinais.

 

◉ Plantas sentem dor?

As evidências desses complexos sistemas de comunicação são sinais de que as plantas sentem dor. Ainda mais, os ciêntistas supões que as plantas podem apresentar um comportamento inteligente sem possuir um cérebro ou consciência.

Plantas inteligentes

◉ Plantas tem memória?

 

Pollan descreve um um experimento feito pela bióloga de animais Monica Gagliano. Ela apresentou uma pesquisa que sugere que a planta Mimosa Pudica pode aprender com a experiência. 

 

E, Pollan diz, que apenas sugerir que uma planta poderia aprender, era tão controverso que seu artigo foi rejeitado por 10 revistas científicas antes de ser finalmente publicado.

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Mimosa é uma planta, que é algo como uma samambaia, que recolhe suas folhas temporariamente quando é perturbada. Então Gagliano configurou uma engenhoca que iria pingar gotas na planta mimosa, sem feri-la. Quando a planta era tocada, tal como esperado, as folhas se fechavam. Elas ficavam pingando gotas a cada 5-6 segundos. 

 

 

“Depois de cinco ou seis gotas, as plantas paravam de responder, como se tivessem aprendido a sintonizar o estímulo como irrelevante.” Diz Pollan “essa é uma parte muito importante da aprendizagem, saber o que você pode ignorar com segurança em seu ambiente”

planta inteligente

É possível que elas se lembrem ainda mais . Por outro lado, Pollan aponta, as abelhas que foram testadas de maneira semelhante se esquecem o que aprenderam em menos de 48 horas. As plantas não.

 

 

As plantas podem fazer coisas incríveis. Elas parecem se lembrar de estresse e eventos como essa experiência. Elas têm a capacidade de responder de 15 a 20 variáveis ambientais. Diz Pollan. “A questão é, é correto chamar isto de aprendizagem? É esta a palavra certa? Isto é inteligência? É certo dizer que elas são conscientes? Algum neurobiólogo de planta acredita que elas sejam inteligentes? Sim. Não auto conscientes, mas conscientes no sentido que elas sabem onde estão no espaço. e reagem adequadamente.”

 

mimosa pudica

Pollan diz que não há definição consensual de inteligência, que existem mais de 9 definições para inteligência e mais da metade necessita de um cérebro e se referem ao raciocínio abstrato, lógico ou julgamento. “E a outra metade apenas se referem a uma capacidade de resolver problemas

 

 

E esse é o tipo de inteligência que estamos falando aqui. Então a inteligência pode muito bem ser uma questão dea diferença de grau e não de espécie. Podemos apenas ter mais desta habilidade de resolver problemas e fazer de diferentes maneiras.”

cuscuta pentagona
cuscuta pentagona

Pollan ainda diz que o que realmente assusta as pessoas é “que a linha entre plantas e animais pode ser um pouco mais fina do que tradicionalmente acreditamos

 

Ele sugere as plantas podem ser capaz de ensinar os seres humanos ainda mais uma ou duas coisas, tais como, a forma de como a informação é processada sem um posto de comando central como um cérebro.

Assista ao vídeo de Pollan:

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