O FINANCISTA
Notícia Publicada em 18/12/2015 17:36
Nelson Barbosa, que vai substituir
Joaquim Levy na Fazenda, foi o que mais brigou para aumentar gastos
públicos no Orçamento 2016
Sombras na economia:
Levy (esq.) será substituído por Barbosa (dir.) na Fazenda e já
desagrada políticos em Brasília (Reuters/Ueslei Marcelino)
Desde o início do segundo mandato, Barbosa, então ministro do Planejamento, e Joaquim Levy, seu colega da Fazenda, chocaram-se diversas vezes. Quando assumiu, Levy defendia um superávit primário de 1,2% do PIB para 2015. Diante das dificuldades em fechar as contas, o ministro aceitou rever sua posição. Outra batalha perdida ocorreu em torno do Orçamento de 2016.
Levy pregava um superávit forte, para resgatar a confiança do mercado. Já Barbosa queria algo menor. No fim, Levy perdeu a briga: nem mesmo o 0,7% do PIB que apoiou foi aprovado. O que prevaleceu foi uma faixa de 0% a 0,5% do PIB.
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Levy era considerado um representante do mercado no governo e, desde que assumiu, defendia um forte ajuste fiscal para colocar as contas em ordem, após as pedaladas que maquiaram as contas federais nos últimos anos.
Já Barbosa defende a chamada “nova matriz econômica”, que prega mais flexibilidade nas metas fiscais, a fim de aumentar os gastos públicos, com o intuito de tornar o Estado o principal indutor do crescimento. Barbosa era o preferido pelos petistas, que, nos bastidores, pediam há tempos a cabeça de Levy.
Para o integrante da CMO, a nomeação de Barbosa significa que Dilma dobrará a aposta no intervencionismo e na frouxidão fiscal. Isso só vai agravar a situação do país e incinerar o ambiente político. “O impeachment pode voltar com força em março, porque ninguém mais aguenta tanto problema na economia”, diz o parlamentar. “E Barbosa não é a solução; é uma pena que Levy vá embora”, completa.
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