Capitulos de quarta, 2 de setembro de 2015
Pixulecagem: acuado com indiciamento de Dirceu e Vaccari, Lula é acusado por Bicudo de ferrar a Dilma
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Não
adianta o chefão Lula da Silva vociferar que "o Brasil vive um momento
delicado, de irracionalidade emocional", enquanto finge que "o PT precisa admitir
seus erros", como fez ontem, em São Bernardo do Campo, no lançamento do site
"Memorial da Democracia". Abalado psicologicamente pelo "efeito
Pixuleco" (tanto o boneco presidiário inflável 13-171 quanto à ação da
Polícia Federal que indicia seus companheiros José Dirceu, João Vaccari Neto e
mais 12), Lula sabe e teme que possa ser enrolado nos crimes de corrupção em
algum processo da Lava Jato.
Quem está com a barba mais de molho que o chefão $talinácio é Almir Guilherme Barbassa, ex-diretor financeiro da Petrobras na gestão de José Sérgio Gabrielli e de Graça Foster - ambos apavorados com as ações movidas por investidores nos Estados Unidos, onde a impunidade tem menos chances de vigorar que aqui em Bruzundanga.
Membros da Força Tarefa da Lava Jato aguardam que o lobista Júlio Camargo faça um aditivo à sua "colaboração premiada" revelando negócios entre a empresa japonesa Mitsui (que representava) e a área comandada por Barbassa - personagem com uma blindagem tão ou mais poderosa que o "Barba" (um dos apelidos pelos quais o falecido delegado e senador Romeu Tuma tratava Lula, desde os tempos de sindicalismo na tal dita-dura).
Ontem, o pressionado Lula novamente tentou manter o moral da petelândia, se fingindo de autocrítico: "A única coisa é que temos que medir as consequências. (Ver) se nós estamos fazendo aquilo que nós propusemos a fazer. Se a gente está certo e se está fazendo tudo ou se tem alguma coisa para fazer. E a gente tem que medir a pressão para saber também porque eles estão se manifestando. Nós precisamos voltar a ter orgulho e coragem de andar com nossas camisas vermelhas.
Porque obviamente que um partido como o PT, uma família grande como essa tem o risco de cometer erros.
Na vida, quando a gente comete erro a gente
paga pelo erro. Nós temos que ter em conta que nós cometemos erros. Temos que
ter em conta de que não fizemos tudo, que tem muita coisa para fazer. Mas temos
que ter a certeza de que temos defeitos, mas ninguém fez mais do que fizemos
pela democracia neste País".
As palavras de Lula não comoveram um dos fundadores do PT. Tanto que o jurista Helio Bicudo, ao entrar com um contundente pedido de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, fez questão de jogar a maior parte da culpa do desgoverno em Luiz Inácio Lula da Silva. Bicudo foi na essência objetiva e verdadeira dos acontecimentos das quatro gestões presidenciais petistas:
"Os contornos de crime de responsabilidade ficam mais salientes, quando se verifica que Lula é muito mais do que um ex- Presidente, mas alguém que, segundo a própria denunciada, lhe é indissociável e NUNCA SAIU DO PODER".
Bicudo ferrou com $talinácio: “Não há mais como negar que o ex-Presidente se transformou em verdadeiro operador da empreiteira, intermediando seus negócios junto a órgãos públicos, em troca de pagamentos milionários por supostas palestras, dentre outras vantagens econômicas. (...)
De fato, antes de o candidato do PT
para a eleição de 2014 estar definido, quando perguntada acerca da
possibilidade de o ex- Presidente voltar, a atual Presidente respondeu que ele
(Lula) não iria voltar porque nunca havia saído, frisando que ambos seriam
indissociáveis. Ora, se a Presidente era (e é) indissociável de Lula, muito
provavelmente, sabia que ele estava viajando o mundo por conta da Construtora
Odebrecht, que coincidentemente sagrou-se vencedora para realizar muitas obras
públicas, no Brasil e no exterior!".
Hélio Bicudo também responsabilizou Lula pelos problemas na Petrobras, relacionando com negócios feitos pelo Presidentro petista: “Para a infelicidade do país, os prejuízos havidos com Pasadena ficaram pequenos diante do quadro de descalabro que se descortinou. Reforça-se, a cada dia, a convicção de que algumas empresas foram escolhidas para serem promovidas internacionalmente e, a partir de então, participando de irreais licitações, drenar a estatal, devolvendo grande parte dos valores por meio de propinas, ou de doações aparentemente lícitas.”
Bicudo insiste na tese de que Lula está no meio de tudo: "De todo modo, não resta excessivo lembrar que, muito embora a grande maioria dos atos criminosos tenha ocorrido no primeiro mandato, já no curso do segundo mandato, houve desrespeito para com a Lei de Responsabilidade Fiscal, mediante a prática das chamadas pedaladas fiscais; sendo certo que, por um bom tempo, a denunciada insistiu em defender e manter a diretoria da Petrobras, apegando-se à tese, sempre revisitada, de perseguição."
Além de atingir Lula, o ex-petista demonstrou responsabilidade de Dilma: “A Presidente da República, novamente, feriu a honorabilidade do cargo e, pode-se, sem exagero, dizer: assassinou a Lei de Responsabilidade Fiscal, a duras penas conquistada. Como consequência, cometeu crime de responsabilidade (...)Os atentados ao orçamento e à probidade administrativa são tantos que resta impossível, em uma única denúncia, narrar todos (...)
O expediente conhecido
por pedaladas seria mais do que suficiente para ensejar o impedimento da
Presidente da República. No entanto, a sucessão de escândalos e o comportamento
por ela reiteradamente adotado revelam dolo, consubstanciado na adoção, no
mínimo, da chamada cegueira deliberada.”
Hélio Bicudo deixou claro os crimes cometidos: "Os ora denunciantes, por óbvio, prefeririam que a Presidente da República tivesse condições de levar seu mandato a termo. No entanto, a situação se revela tão drástica e o comportamento da Chefe da nação se revela tão inadmissível, que alternativa não resta além de pedir a esta Câmara dos Deputados que autorize seja ela processada pelos crimes de responsabilidade previstos no artigo 85, incisos V, VI e VII, da Constituição Federal; nos artigos 4º., incisos V e VI; 9º. números 3 e 7; 10 números 6, 7, 8 e 9; e 11, número 3, da Lei 1.079/1950."
Em
sua magistral pela de pedido de impedimento da Dilma, Bicudo nega qualquer
intenção golpista - sempre invocada por Lula, Dilma e companhia: "O caso é
grave e, por isso, lança-se mão de medida drástica, extrema, porém,
CONSTITUCIONAL. Apresentar esta denúncia constitui verdadeiro dever de quem
estudou minimamente o Direito, sobretudo em seus ramos Constitucional, Administrativo
e Penal. Golpe será permitir que o estado de coisas vigente se perpetue."
Bicudo
criticou a lentidão ou inação do Ministério Público Federal: “Parte dos fatos
objeto do presente feito pode constituir, além de crimes de responsabilidade,
crimes comuns. A Procuradoria Geral da República já está de posse de
representação pelos crimes comuns contrários à fé pública e às finanças
públicas. Por razões desconhecidas dos ora subscritores, a representação ainda
não foi avaliada pelo Procurador Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, recém-reconduzido
ao cargo".
Em um dos pontos altos e seus argumentos, Bicudo descreve a culpa e dolo presentes nas quatro gestões petistas: "A esta altura, portanto, parece superada a exegese de que a reeleição constituiria verdadeira anistia aos crimes perpetrados no primeiro mandato, muitos dos quais, há que se dizer, intentados com o fim de garantir a reeleição. Importante deixar bem claro que esta convicção não se deve apenas a uma vontade política, decorrendo da análise sistemática da ordem jurídica."
Infantil e pueril
O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), classificou como "ridículo" o despacho em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou um pedido de investigação sobre a campanha que reelegeu a presidente Dilma Rousseff.
Gilmar Mendes reclamou que a fundamentação para o arquivamento "vai de infantil a pueril".
Só faltou Gilmar Mendes declarar que a atitude de Janot, em plena semana da Pátria, se negando a investigar as contas do PT, representou uma ofensa à cidadania e um desrespeito a todas as regras elementares do direito, a partir do preceito do " in dubio pro societat".
Gilmar Mendes bem poderia pedir que o Conselho Superior do Ministério Público exigisse de Janot as providências a serem tomadas.
Crime antecipado e continuado
O procurador do Ministério Público no TCU (Tribunal de Contas da União), Julio Marcelo de Oliveira, afirmou que a presidente Dilma Rousseff se beneficiou eleitoralmente das irregularidades nos gastos públicos identificadas pelo órgão no ano passado.
Na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, ontem, Oliveira detonou:
"O governo deixou livre para execução despesas não obrigatórias, que teria que cortar [devido à queda na arrecadação]. O que ocorre em 2014 é que o governo federal aumenta programas não obrigatórios que têm forte impacto eleitoral".
O Procurador citou que os gastos do Fies, programa de bolsas para universitários, aumentaram de R$ 5 bilhões para R$ 12 bilhões, lembrando que isso só foi possível por causa das irregularidades apontadas, que ficaram conhecidas como "pedaladas fiscais".
Sabiam de tudo
Dirceu
ferrado
A Polícia Federal indiciou o condenado no Mensalão, José Dirceu, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Agora é o Ministério Público Federal é quem vai decidir se oferece denúncia contra o "capitão do time de Lula".
Dirceu está preso na carceragem da PF em Curitiba desde 3 de agosto.
Mais 13
Além de Dirceu, foram indiciados seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, um ex-assessor, Roberto Marques, o Bob, um sócio, Julio Cesar dos Santos e sua filha, Camila Ramos de Oliveira e Silva.
Em outro procedimento concluído pela PF foram indiciados os delatores Milton e José Adolfo Pascowitch, além dos operadores Fernando Horneaux de Moura, Olavo Horneaux de Moura.
Na mesma ação, a PF Renato Duque, João Vaccari Neto, Gerson Almada, Cristiano Kok, e José Antunes Sobrinho.
Se
arrependimento matasse...
Um
ministro de Dilma Rousseff confidenciou a Josias de Souza:
“Quando
aceitei participar do elenco do segundo mandato da presidenta Dilma, sabia que
não seria o protagonista. Mas não imaginei que viraria figurante de um filme
sem roteiro, mal dirigido e com orçamento deficitário. E que ninguém sabe se
chegará ao final. Pensei em pedir para sair. Fui aconselhado a ficar. Isso foi
há um mês. Desde então, meus dias são feitos de arrependimento".
Pensamento do Clube Militar
Jesus é nosso amigo
Maurício de Sousa, que é o grande homenageado da edição
deste ano da Bienal do Livro no Riocentro, estará no dia 7 de setembro, no estande
de 020 do Pavilhão Verde, autografando seu lançamento "Minhas orações
Turma da Mônica", com a presença dos personagens Mônica e Cebolinha.
O livro sai pela editora Ave Maria - a mesma em que
Maurício começou 40 anos atrás e que, nos anos 70, publicou "Jesus é nosso
amigo".
Esse foi o livro mais vendido da história da Turma da
Mônica até hoje: mais de um milhão de exemplares.
Frase inesquecível da Atena
"Eu sou que nem aquele primeiro ministro inglês,
sabe? Eu me satisfaço facilmente com o melhor".
Repito: A vilã Atena, da novela Regra do Jogo, tem potencial para roubar a Presidência da Dilma, tirar toda a fortuna do Lula e cinismo de sobra para imitar o José Dirceu nas CPIs"...
Independência ou morte?
O economista Arminio Fraga confirmou que está comprando a participação do JP Morgan na Gávea Investimentos:
"Estamos recomprando. Falta assinar o contrato. Foi uma decisão pessoal. Foi uma parceria boa. Eu gosto de trabalhar. Eu quero uma coisa mais focada e queria ser totalmente independente".
Arminio revelou ontem, em um seminário, que 90% de sua poupança estão aplicados nos fundos de sua gestora.
Morte da economia brasileira
O economista Arminio Fraga lamentou ontem que a relação entre a dívida e o PIB esteja em 70%.
O ex-presidente do Banco Central na gestão FHC criticou que o Brasil esteja operando, irresponsavelmente:
"Sem investimento não consegue crescer. Tenho medo que o Brasil demore a dar uma resposta para isso. Hoje, estamos vivendo o pior dos mundos. Há uma carência em infraestrutura. Falta convicção. E a parte do ajuste não está acontecendo, apesar de sua tentativa. O governo está no cheque especial. Hoje, o juro real do país é de 7%. Estou extremamente preocupado. Não desisti, mas estamos caminhando para uma situação dolorosa. O Brasil precisa arrumar as coisas, Temos o juro real mais alto do mundo e uma economia que não vai crescer. E não temos superavit primário para compensar. Assim, a relação entre a dívida e o PIB tem tendência de crescimento. Isso não vai se curar e com o tempo vai piorar se nada for feito".
Trabalho escravo
A 2ª Vara da Justiça do Trabalho em Araraquara, no interior paulista, condenou o Grupo Odebrecht ao pagamento de R$ 50 milhões a título de indenização por danos morais coletivos por reduzir trabalhadores a condição análoga à escravidão, mediante aliciamento e tráfico internacional de pessoas, nas obras da construção de uma usina de açúcar em Angola, na África.
O inquérito contra o grupo Odebrecht - formado pela Construtora Norberto Odebrecht S.A., pela Odebrecht Serviços de Exportação S.A. (antes denominada Olex Importação e Exportação S.A.) e pela Odebrecht Agroindustrial S.A. (antes denominada ETH Bioenergia) - foi instaurado pelo procurador Rafael de Araújo Gomes a partir da publicação de uma série de reportagens pela BBC Brasil sobre a existência de inúmeras condenações proferidas pela Justiça do Trabalho no Brasil em favor de trabalhadores brasileiros contratados pela empreiteira na cidade de Américo Brasiliense, também em São Paulo, submetidos a condições degradantes de trabalho em Angola.
A indenização será revertida para projetos e iniciativas indicados pelo MPT e à publicidade da decisão em dois grandes veículos de comunicação após o trânsito em julgado.
Vai recorrer
A sentença, proferida pelo juiz Carlos Alberto Frigieri, determina que o Grupo Odebrecht deixe de “realizar, promover, estimular ou contribuir à submissão de trabalhadores à condição análoga a de escravo”, sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
O Magistrado também exige que a Odebrecht "não utilize em seus empreendimentos no exterior mão de obra contratada no Brasil enviada ao país estrangeiro sem o visto de trabalho já concedido pelo governo local”.
O juiz impôs uma pena de multa diária de R$ 120 mil, e que não realize intermediação de mão de obra com o envolvimento de aliciadores, com multa de R$ 100 mil diariamente.
A Odebrecht vai recorrer da condenação - a maior por trabalho escravo na história do judiciário brasileiro.
Com todo gás
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