quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Os ativistas ambientais costumam ser pessoas que passaram a infância imersos na natureza.
Se um futuro melhor depende das gerações que ainda estão por vir, então
algumas coisas precisam mudar. Em artigo escrito por George Monbiot no
jornal britânico The Guardian, o autor coloca em cheque as consequências
da falta de contato das crianças atuais com a natureza.
A cada ano que passa, as crianças estão mais presas dentro de suas
casas. Segundo Monbiot, no Reino Unido, apenas uma em cada dez crianças
têm o hábito de praticar atividades ao ar livre em ambiente natural. Em
contrapartida, os adolescentes que têm entre 11 e 15 anos gastam metade
do dia em frente a uma tela, seja ela de computador, televisão ou
smartphone. A situação é semelhante em diversas partes do mundo.
O autor cita várias hipóteses para essa mudança. Enquanto nas décadas
passadas as crianças tinham mais autonomia para brincar na rua e até
mesmo se deslocarem sozinhas, hoje os pais têm que lidar com o medo da
violência, do trânsito e de pessoas estranhas. Assim, ficar dentro de
casa é a opção mais prática, mas não a melhor delas.
Monbiot coloca esse novo hábito “doméstico” como algo perigoso,
principalmente para a saúde. A inatividade dos jovens resulta em doenças
como diabetes, obesidade, raquitismo e declínio das habilidades
cardio-respiratórias. Muitos desses problemas seriam evitados se as
brincadeiras em meio à natureza fossem mantidas, como é possível
concluir em um estudo conduzido pela Universidade de Illinois, nos EUA. A
pesquisa sugere que brincar na grama, entre árvores, ajuda até mesmo a
reduzir os sintomas do déficit de atenção e dos problemas de
hiperatividade.
Além da saúde, a falta de contato das novas gerações com a natureza pode
se transformar em um problema muito maior. Como ter cuidado ou se
preocupar com algo que você não conhece e não tem intimidade? Esta é a
questão levantada pelo britânico.
Para ele, os ativistas ambientais costumam ser pessoas que passaram a infância imersos na natureza. “Sem um sentimento pelo mundo natural e sua função, sem uma intensidade de envolvimento nas experiências da infância, as pessoas não vão dedicar suas vidas à proteção”, conclui o artigo.
Para ele, os ativistas ambientais costumam ser pessoas que passaram a infância imersos na natureza. “Sem um sentimento pelo mundo natural e sua função, sem uma intensidade de envolvimento nas experiências da infância, as pessoas não vão dedicar suas vidas à proteção”, conclui o artigo.
Fonte: Ciclo Vivo
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