O
Instituto Brasília Ambiental (Ibram) deflagrou nessa quinta-feira, 28
de janeiro, operação visando desarticular o tráfico de animais
silvestres na Cidade Estrutural. A ação foi baseada em denúncias e em
levantamentos realizados por auditores fiscais do Instituto e contou com
o apoio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e do 4º
Batalhão da Polícia Militar.
A
operação, batizada com o nome Desestruturar, culminou na apreensão de
46 aves silvestres, 7 armadilhas e na aplicação de multa, em
aproximadamente 40 mil reais. Uma pessoa foi conduzida para a delegacia,
portando, um pássaro silvestre e munição, ambos sem autorização.
Trinca ferro com ferimentos ao redor do bico
Entre
os animais apreendidos havia galos de campina, pássaros nativos do
bioma Caatinga, indicando o fluxo de tráfico do Nordeste para o Distrito
Federal. Foram encontrados também, pelo menos cinco aves com sinais de
maus-tratos, em gaiolas extremamente sujas ou com vários ferimentos na
região do bico, o que é típico de animais recém-capturados na natureza.
Criadores cadastrados
Dentre
as vistorias realizadas em endereços de criadores cadastrados, em mais
de 70% havia algum tipo de irregularidade. Chama a atenção, o fato de
terem sido encontrados alçapões, ave com anilha falsificada, além de
sete animais sem anilha sob a posse de criadores cadastrados no órgão
ambiental.
“Muitos
criadores cadastrados têm cometido abuso da autorização, utilizando-se
de animais silvestres legais para acobertar crimes contra a fauna”,
afirma a Gerente de Fiscalização de Fauna do Ibram, Luiza Brasileiro.
Auditores fiscais do Ibram encaminhando aves apreendidas ao Cetas/Ibama
“Um
dos fatores mais preocupantes é o fato dessa aparente ‘legalidade’
muitas vezes passar despercebida pelos legisladores que acabaram de
votar um Projeto de Lei (PL 153/2015) que facilita, em muito, o tráfico
de animais silvestres, além de dificultar a ação da fiscalização.”,
completa Luiza.
Todos
os animais apreendidos foram entregues no Centro de Triagem de Animais
Silvestres do Ibama e, após avaliação por médico veterinário, poderão
ser soltos na natureza.
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