Rômulo Neves pretende divulgar carta aberta pelas redes sociais explicando os motivos desta decisão
Francisco Dutra
francisco.dutra@jornaldebrasilia.com.br
Depois do Carnaval, o diplomata Rômulo Neves deixará a Chefia de Gabinete do governo de Rodrigo Rollemberg.
Trata-se de um posto estratégico do Palácio Buriti:
embora distante dos holofotes, é próximo das decisões dos bastidores. Por questões políticas, Neves também se desfiliou do PSB e ingressa na Rede Sustentabilidade.
Ainda hoje, Neves pretende divulgar carta aberta pelas redes sociais explicando os motivos desta decisão.
“Quero participar de uma construção partidária em que eu esteja 100% envolvido, projeto mais horizontal, mais participativo, mais democrático. A Rede me parece a opção mais viável no Distrito Federal”, afirmou ontem.
O “namoro” político do PSB com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pesou na decisão do diplomata.
A legenda e o grupo político do tucano avaliam uma composição para a disputa do Palácio do Planalto. Segundo Neves, este é um indicativo relevante de uma construção política da que ele não quer fazer parte. Afinal, para 2018, Neves pretende apoiar o nome de Marina Silva.
“O projeto da Rede é algo que vai muito além dessa dicotomia entre direita e esquerda. E é, certamente, mais progressista. Hoje existe um pensamento de Fla x Flu na política, do qual sou contra. Há elementos na esquerda que não aprovo, assim como há elementos na direita. Um projeto político deve pautar-se pelo que é correto, que atenda à população e que seja progressista”, argumentou Neves.
Candidatura a deputado vai para a agenda
Fora do Buriti e do PSB, mas não da base do governo, Rômulo Neves pretende continuar apoiando Rodrigo Rollemberg. Sem as implicações da função de chefe de gabinete, o diplomata planeja entrar na discussão política sobre os rumos do DF, sendo potencial candidato a ddeputado em 2018.
“O mais importante é participar do debate público. O governo apanha por algumas coisas que considero que estão sendo feitas corretamente. E às vezes não apanha fazendo a coisa errada. Candidatos são conhecidos pela vaidade. Mas meu nível de vaidade é bem menor do que a média”, comentou o diplomata.
Desde meados do ano passado, Neves sinalizava que pretendia deixar o cargo no Buriti. Na reforma administrativa do segundo semestre, seu nome era dado como certo para uma diretoria de peso na Terracap. Mas seu potencial substituto, o ex-secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, não aceitou a função.
Na avaliação de Neves, naquele momento o governo estava fragilizado e cargo não poderia ficar em aberto. “Hoje a Casa Civil está estruturada, a comunicação caminha bem e a situação fiscal e financeira está sendo equacionada pela Fazenda”, concluiu.
Mudança de perfil
1 - Com o discurso de uma nova política, norteada pela competência técnica, Rollemberg montou um núcleo de governo composto por Rômulo Neves, na Chefia de Gabinete; Hélio Doyle, na Casa Civil; Leonardo Colombini, na Fazenda; Leany Lemos, no Planejamento; Marcos Dantas. nas Relações Institucionais; Carlos Tomé, na Mobilidade; e Antônio Paulo Vogel na Gestão Administrativa. Cinco deles já trabalhavam há anos com Rollemberg, no Senado. Com saída de Neves, deste grupo apenas Leany permanecerá na linha de frente.
2 - Marcos Dantas continua com um posto de destaque no Exevutivo à frente da pasta de Mobilidade, mas perdeu participação política na condução do Buriti. Em função das pressões e necessidades políticas, a cota pessoal original de Rollemberg foi erodida no decorrer do governo. É fato que o governador colocou novos nomes neste postos, muitos que ainda se pertencem a sua cota pessoal.
Mas, em praticamente todos os casos, os novos personagens conjugam a gestão da máquina pública com a política de forma mais intensa, a exemplo do atual chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.
francisco.dutra@jornaldebrasilia.com.br
Depois do Carnaval, o diplomata Rômulo Neves deixará a Chefia de Gabinete do governo de Rodrigo Rollemberg.
Trata-se de um posto estratégico do Palácio Buriti:
embora distante dos holofotes, é próximo das decisões dos bastidores. Por questões políticas, Neves também se desfiliou do PSB e ingressa na Rede Sustentabilidade.
Ainda hoje, Neves pretende divulgar carta aberta pelas redes sociais explicando os motivos desta decisão.
“Quero participar de uma construção partidária em que eu esteja 100% envolvido, projeto mais horizontal, mais participativo, mais democrático. A Rede me parece a opção mais viável no Distrito Federal”, afirmou ontem.
O “namoro” político do PSB com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pesou na decisão do diplomata.
A legenda e o grupo político do tucano avaliam uma composição para a disputa do Palácio do Planalto. Segundo Neves, este é um indicativo relevante de uma construção política da que ele não quer fazer parte. Afinal, para 2018, Neves pretende apoiar o nome de Marina Silva.
“O projeto da Rede é algo que vai muito além dessa dicotomia entre direita e esquerda. E é, certamente, mais progressista. Hoje existe um pensamento de Fla x Flu na política, do qual sou contra. Há elementos na esquerda que não aprovo, assim como há elementos na direita. Um projeto político deve pautar-se pelo que é correto, que atenda à população e que seja progressista”, argumentou Neves.
Candidatura a deputado vai para a agenda
Fora do Buriti e do PSB, mas não da base do governo, Rômulo Neves pretende continuar apoiando Rodrigo Rollemberg. Sem as implicações da função de chefe de gabinete, o diplomata planeja entrar na discussão política sobre os rumos do DF, sendo potencial candidato a ddeputado em 2018.
“O mais importante é participar do debate público. O governo apanha por algumas coisas que considero que estão sendo feitas corretamente. E às vezes não apanha fazendo a coisa errada. Candidatos são conhecidos pela vaidade. Mas meu nível de vaidade é bem menor do que a média”, comentou o diplomata.
Desde meados do ano passado, Neves sinalizava que pretendia deixar o cargo no Buriti. Na reforma administrativa do segundo semestre, seu nome era dado como certo para uma diretoria de peso na Terracap. Mas seu potencial substituto, o ex-secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, não aceitou a função.
Na avaliação de Neves, naquele momento o governo estava fragilizado e cargo não poderia ficar em aberto. “Hoje a Casa Civil está estruturada, a comunicação caminha bem e a situação fiscal e financeira está sendo equacionada pela Fazenda”, concluiu.
Mudança de perfil
1 - Com o discurso de uma nova política, norteada pela competência técnica, Rollemberg montou um núcleo de governo composto por Rômulo Neves, na Chefia de Gabinete; Hélio Doyle, na Casa Civil; Leonardo Colombini, na Fazenda; Leany Lemos, no Planejamento; Marcos Dantas. nas Relações Institucionais; Carlos Tomé, na Mobilidade; e Antônio Paulo Vogel na Gestão Administrativa. Cinco deles já trabalhavam há anos com Rollemberg, no Senado. Com saída de Neves, deste grupo apenas Leany permanecerá na linha de frente.
2 - Marcos Dantas continua com um posto de destaque no Exevutivo à frente da pasta de Mobilidade, mas perdeu participação política na condução do Buriti. Em função das pressões e necessidades políticas, a cota pessoal original de Rollemberg foi erodida no decorrer do governo. É fato que o governador colocou novos nomes neste postos, muitos que ainda se pertencem a sua cota pessoal.
Mas, em praticamente todos os casos, os novos personagens conjugam a gestão da máquina pública com a política de forma mais intensa, a exemplo do atual chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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