Uma cena chocou os moradores de Itapecerica/MG, em frente a Igreja do Rosário na tarde deste sábado (2).
Por Wellington Vieira
Um cavalo caiu no meio da rua, exausto de tanto trabalhar. O animal estava preso a carroça carregada de entulhos.
O dono da carroça com a ajuda de outro homem levantaram o animal que teve a carroça colocada de volta sobre o cavalo que seguiu o trajeto, exausto do trabalho forçado e embaixo do sol e calor deste sábado.
Animais continuam a ser explorados para o uso da tração de veículos.
A legislação brasileira e portuguesa permite a exploração de certas espécies para a tração animal: bovinos, equinos, muares e asininos – ou seja: bois, cavalos, mulos e asnos, sejam machos ou fêmeas.
No entanto, esta forma de transporte ainda é comum, ou por comodismo ou porque a exploração do animal é economicamente mais viável. Nos grandes centros, uma das razões da permanência deste tipo de veículo é que possibilita aos usuários se manter à margem da lei.
Por exemplo, enquanto que para dirigir um veículo motorizado o cidadão necessita de uma permissão legal para guiar (como carteira de motorista, veículo com equipamentos básicos de segurança, etc) e obedecer as leis de trânsito, o condutor de carroça em geral, permanece sem que dele seja exigido qualquer um dessas exigências. Por exemplo, em certa porcentagem das carroças, os condutores são menores de idade, encontram-se embriagados, desrespeitam as leis de trânsito, etc.
As legislações existentes são ineficazes para dar qualquer proteção, mínima que seja, aos animais explorados para esse fim, simplesmente porque não há qualquer órgão de fiscalização que atue especificamente para esse tipo de caso.
Na prática, proprietários de animais usados para tração exploram seus animais até a exaustão, abusando do peso, de distâncias percorridas, sob circunstâncias de tempo e clima mesmo que desfavoráveis, sem manutenção básica necessária, como o de alimento ou água ou de assistência veterinária. Além disso, em geral, os proprietários de animais de tração, quando não estão de uso do animal para si, de forma comum, o aluga para terceiros. Ou seja: o animal em geral, trabalha durante um período do dia para o proprietário e em outro período para um locatário.
Certas cidades brasileiras já começaram a adotar carrinhos elétricos para a substituição das carroças, como em Brasília (DF) e Foz do Iguaçu (PR). É uma ótima opção para que de forma rápida, se melhore as condições dos animais, dos próprios carroceiros e do trânsito.
Fonte: Destak News
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