segunda-feira, 11 de julho de 2016
O que se vê é uma enorme faixa de desmatamento que chega até a represa, onde casas já começam a ser construídas.
A Guarapiranga é um dos principais mananciais e reservatórios de
abastecimento hídrico da cidade de São Paulo. No entanto, não é de hoje
que a represa sofre com o desmatamento e com a ocupação irregular no seu
entorno. Uma denúncia feita pelo G1 mostrou recentemente mais um desses
casos. Um empreendimento imobiliário que já devastou dez mil metros
quadrados da mata ciliar da represa.
De acordo com a reportagem, as casas irregulares têm sido construídas em
um terreno localizado a apenas 150 metros da represa. A área, que
deveria ser de proteção ambiental, não poderia ser usada para fins
imobiliários. Sendo parte da Mata Atlântica, as únicas atividades
permitidas para o local seriam lazer e agricultura sustentável. Mas, o
que se vê é bem diferente disso.
A primeira vez que o empreendimento foi denunciado pela equipe de
reportagem foi em outubro de 2015, no início das obras. Meses depois, o
que se vê é uma enorme faixa de desmatamento que chega até a represa,
enquanto as casas já começam a ser construídas, os lotes demarcados e
até ruas planejadas.
O terreno, que já pertenceu ao Clube de Regatas Tietê, foi vendido à
empresa Minha Casa, Meu Doce Lar por R$ 15 milhões. Ilegalmente, a
empreiteira dividiu o lote e iniciou a venda dos espaços para fins
imobiliários.
As obras representam diversos perigos à represa Guarapiranga. Além de
destruir o bioma original, o desmatamento também colabora para o
empobrecimento do solo e poluição dos recursos hídricos.
Ao ser questionada, a Prefeitura de São Paulo informou que a
subprefeitura de Capela do Socorro já havia embargado a obra e multado o
loteamento irregular, que também foi embargado pela Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) e não tem autorização ambiental. No
entanto, mesmo com as proibições, as obras continuam.
Fonte: Ciclo Vivo
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