quarta-feira, 13 de julho de 2016

RJ não cumpriu nenhuma meta ambiental estabelecida para a Olimpíada

segunda-feira, 11 de julho de 2016


A poluição na Baía de Guanabara não é o único problema da cidade.

Ao se candidatar para ser sede dos jogos olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro elaborou um dossiê com uma série de metas ambientais que seriam deixadas na cidade após o evento esportivo. A pouco menos de um mês para o início dos jogos, a cidade não conseguiu cumprir nenhum dos compromissos pré-estabelecidos.

O assunto foi tema e uma reportagem especial do jornal Folha de S. Paulo, que detalhou a situação do saneamento básico e da recuperação ambiental na capital fluminense. A Baía de Guanabara, que tem sido um dos principais assuntos quando se fala em áreas inapropriadas para as atividades náuticas, não é o único problema da cidade.

Durante a candidatura, o dossiê com compromissos para os jogos exaltou o legado que seria deixado à população e isso foi um dos grandes motivos que colaboraram para a escolha da cidade-sede. No entanto, o que se viu foram promessas não cumpridas e uma série de incertezas.

A Lagoa de Jacarepaguá, por exemplo, que está ao lado do Parque Olímpico tem sido usada há décadas para o despejo de esgoto sem tratamento. Nem o saneamento usado na Vila Olímpica está finalizado. A Cedae, empresa carioca de saneamento básico, promete concluir o sistema que abrangerá a área olímpica até 15 de julho. Mesmo assim, outras cem mil pessoas que moram na região continuarão tendo seu esgoto indo direto para a lagoa.

Baía de Guanabara
Na Baía de Guanabara a situação é ainda pior. O local receberá as competições de vela e é um dos principais símbolos do fracasso do planejamento ambiental da Rio 2016. A intenção era conseguir limpar 80% do esgoto emitido pelas 9 milhões de pessoas que dependem da Baía. No entanto, o sistema de saneamento só foi de 16% para 48%.

De acordo com a Secretaria Ambiental, seriam necessários R$ 12 bilhões para universalizar o saneamento básico dos 15 municípios no entorno do Rio, mas a verba é inviável para o governo, que passa por uma grave crise financeira.

Rodrigo de Freitas
O projeto era deixar a Lagoa Rodrigo de Freitas em condições ideais para banho. Apesar de ter conseguido melhorar as condições da água na lagoa, o objetivo foi abandonado, já que a avaliação ambiental é de que isso é inviável.

Compensação Ambiental
De acordo com a Secretaria Ambiental do Rio de Janeiro, foram recuperados 3.275 hectares de Mata Atlântica, o equivalente a 69% do total necessário para a compensação das emissões de gases poluentes ligadas às obras públicas.

Clique aqui para acessar a reportagem completa.

Fonte: Ciclo Vivo

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