@ Ajustes estratégicos. Esta semana o Brasil assumiu o topo do ranking global em tamanho de áreas marinhas com proteção oficial e também de Sítios Ramsar,
aquelas áreas úmidas ou alagadas de valor internacional. As medidas
podem contribuir fortemente para a preservação da vida marinha e
terrestre abrigada nesses espaços, especialmente se os mesmos tiverem
regras de uso que efetivamente equilibrem conservação e desenvolvimento
econômico.
Mar adentro, análises publicadas reforçam essa necessidade e
também expõem que muitas regiões protegidas podem não estar
salvaguardando áreas realmente importantes para a biodiversidade. Além
disso, atividades como pesca comercial e amadora, extração de
combustíveis e até mineração ainda são admitidas em muitos desses
espaços. Em águas brasileiras, especialistas afirmam que as porções mais
sensíveis e ricas em biodiversidade ficaram sem proteção efetiva no
desenho dos gigantescos mosaicos de Unidades de Conservação criados nos
arquipélagos Trindade e Martim Vaz (ES) e São Pedro e São Paulo (PE).
O
desenho das unidades driblou a maior parte das águas costeiras das
ilhas, ressaltam pesquisadores que participaram dos estudos para a
criação daquelas áreas protegidas. "Os países devem se concentrar em
(proteger) áreas onde os peixes desovam e se alimentam em meio a ameaças
de desenvolvimento de energia, turismo, desenvolvimento, destruição de
habitats e pesca", escreveu ao New York Times Luiz Rocha, liderança na
iniciativa Hope for Reefs na Academia de Ciências da Califórnia (Estados Unidos).
Já o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, José
Pedro de Oliveira Costa, diz respeitar as críticas dos pesquisadores e
ressalta que a criação das reservas "foi um passo extraordinário nunca
dado anteriormente".
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-43498210
https://www.nytimes.com/2018/03/20/opinion/environment-ocean-conservation.html
http://www.pressreleasepoint.com/new-study-dont-equate-size-impact-protected-areas
https://mobile.nytimes.com/2018/03/20/opinion/environment-ocean-conservation.html?referer=http://m.facebook.com/
@ Esforços ampliados. A toninha (Pontoporia blainvillei)
é a espécie de golfinho mais ameaçada de extinção do Atlântica Sul
ocidental, especialmente pela captura em redes de pesca comercial e
amadora e pela inaceitável quantidade de lixo e esgotos que chegam às
praias e mar brasileiros.
A construção de portos e estaleiros e a
circulação descontrolada de embarcações também contribuem para a
eliminação do cetáceo. Todavia, a boa notícia é de que o Projeto Toninhas está expandindo sua atuação do litoral Norte de Santa Catarina para o Sul do estado, avançando 130 quilômetros na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca,
uma Unidade de Conservação federal. Há 15 anos, o Projeto reúne
pesquisadores e conservacionistas pela proteção do simpático golfinho.
Novas ações nesse sentido envolvem sobrevoos e uso de um sistema de monitoramento acústico passivo
- onde os mamíferos serão localizados com ondas sonoras -, pela
primeira vez utilizado com toninhas por meio de uma parceria com a Agência Sueca de Gestão Marítima e de Águas, Jardim Zoológico Sueco Kolmarden Djurpark e a britânica Chelonia Limited.
http://www.projetotoninhas.org.br/
http://www.ensp.fiocruz.br/toninha/
https://oglobo.globo.com/economia/rio20/o-globo-lanca-campanha-pelas-toninhas-4706859
https://notisul.com.br/geral/132735/projeto-toninhas-iniciativa-tem-area-de-atuacao-ampliada
http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,oceanos-recebem-25-milhoes-de-toneladas-de-lixo-por-ano,70002235798
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