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Ajustes necessários.
Uma série de estudos
organizados e conduzidos
por especialistas em
manejo florestal põe em
xeque a eficácia das
certificações do FSC
- Forest Stewardship
Council. As
análises reconhecem que as
condições ambientais e de
trabalho melhoraram onde a
metodologia foi bem
implantada. Ao mesmo
tempo, apontam que regiões
em que a certificação
vigora tiveram pouco ou
nenhum sucesso na
contenção do desmatamento.
Para Allen Blackman,
economista da Resources
for the Future,
isso acontece porque o FSC
não alcança operações de
pequena escala e graças a
"grande parte do
desmatamento nos países em
desenvolvimento não estar
ligada a operações
florestais formais". Além
disso, o principal motor
da destruição de florestas
são as mudanças no
uso da terra, a
eliminação de vegetação
natural para dar espaço à
agropecuária. Sendo assim,
comentam os pesquisadores,
a expansão qualificada da
certificação poderia se
tornar uma nova ferramenta
para enfrentar o
desmatamento. O FSC foi
criado em 1993 para tentar
conter o extermínio de
florestas, um dos
principais abrigos da
biodiversidade, por meio
da extração sustentável de
madeira.
http://e360.yale.edu/features/greenwashed-timber-how-sustainable-forest-certification-has-failed
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Ligando as pontas.
Está entrando em campo um
programa que alinhará
projetos de conservação da
Amazônia no Brasil,
Colômbia e Peru. Por aqui,
a empreitada reforçará o Programa
Áreas Protegidas da
Amazônia, o Arpa,
ampliando a conectividade
entre Unidades de
Conservação, apoiando
pequenos produtores rurais
a implantar o Novo
Código Florestal e
qualificando o trabalho
dos governos estaduais. A
iniciativa pretende,
ainda, levar a experiência
do Arpa a todos os nove
países da região. Os
investimentos iniciais são
do Banco Mundial e somam
US$ 113 milhões, ou quase
R$ 400 milhões. Além
disso, Peru e Colômbia já
estão criando fundos de
financiamento de longo
prazo para suas áreas
protegidas. Um programa
que conecte política e
tecnicamente diferentes
países incentivará suas
autoridades públicas a
pensar de forma integral a
Bacia Amazônica e a
manutenção da
biodiversidade.
http://projects.worldbank.org/P158000?lang=pt
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/22/economia/1519321109_650566.html
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Surpresa tropical. Parente
das piranhas, lambaris e
traíras, a mais nova
espécie amazônica parece
mais uma enguia, e cabe na
palma da mão. A Tarumania
faz parte de toda uma nova
família que acaba de ser
descrita pela Ciência
formal - a primeira em 40
anos de pesquisas. Tanto
mistério se deve aos
hábitos peculiares
daqueles seres, que
costumam viver enterrados
em lodaçais, a metros de
profundidade. O achado cai
na conta de pesquisadores
do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia e da
Universidade de São Paulo.
Os especialistas apostam
que novas descobertas
serão feitas em breve na
região, pois aconteceram
em local de fácil acesso,
um igarapé próximo a
Manaus (AM).
https://academic.oup.com/zoolinnean/article-abstract/182/1/76/4080717
http://agencia.fapesp.br/descoberta_nova_familia_de_peixes_amazonicos_a_primeira_em_40_anos_/27091/
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Clima põe a vida em
xeque.
Cientistas estão
intrigados com a morte
massiva de animais
registrada em vários
pontos do planeta. O
fenômeno é conhecido para
espécies como morcegos,
estrelas-do-mar, corais e
sardinhas, entre outras, e
pode levar alguns grupos à
beira da extinção. As
mudanças do clima podem
estar por trás desse maior
número de incidentes. Em
alguns casos, temperatura
e umidade elevadas
estimularam a
multiplicação de bactérias
que levaram à morte
simultânea de milhares de
animais. Isso aconteceu
com antílopes da saiga, no
Afeganistão. Enquanto a
biodiversidade segue
envolta em maus lençóis,
análises mostram que a vida
silvestre vem
perdendo espaço na mídia
nas últimas duas décadas.
Balanço feito sobre o
conteúdo de veículos nos
Estados Unidos, Canadá e
Reino Unido mostrou que as
mudanças climáticas
receberam 3,3 vezes mais
cobertura do que a
biodiversidade entre 1992
e 2016. Já nesse último
ano, os jornais
mencionaram o clima oito
vezes mais que a
biodiversidade.
http://www.anthropocenemagazine.org/2018/02/biodiversity-ignored-by-press/
https://www.theguardian.com/environment/2018/feb/25/mass-mortality-events-animal-conservation-climate-change?CMP=share_btn_fb
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Proteção mais efetiva. Recomendações
recentes da União
Internacional para a
Conservação da Natureza
dão conta de que parques
nacionais e outras
Unidades de Conservação de
Proteção Integral, onde as
atividades humanas são
restritas, são os melhores
instrumentos para a
conservação da vida
marinha. Tudo isso
associado, claro, a
melhorias em
monitoramento, educação
ambiental e comunicação
dos benefícios dessas
áreas protegidas. A
entidade também lembra que
essas medidas são
fundamentais para que se
alcancem metas globais de
conservação dos ambientes
de água salgada, que pedem
a proteção de ao menos 10%
dos oceanos até o fim
desta curta década. A
tarefa ganha em
complexidade pela pressão
crescente da pesca.
Levantamento da Rede
Nacional de Pesquisa em
Biodiversidade Marinha
lembra que a escassez de
peixes grandes em pontos
da costa brasileira é
fruto da pesca excessiva
de espécies de valor
comercial para consumo, da
contaminação e da
destruição dos ambientes
costeiro marinhos. Por
tudo isso, pesquisadores
engrossam o coro por mais
ações de conservação de
espécies marinhas e pela
ampliação de áreas
efetivamente protegidas.
http://www.pewtrusts.org/en/research-and-analysis/blogs/compass-points/2018/02/22/how-much-of-the-ocean-is-really-protected
http://www.pewtrusts.org/~/media/assets/2018/02/cp_how_much_of_the_ocean_is_really_protected.pdf?la=en
http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/02/15/mar-de-peixinhos/
http://www.sisbiota.ufsc.br/
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