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Na corda bamba. A
humanidade segue
freneticamente arruinando os
ambientes naturais e a
biodiversidade está
desaparecendo mil vezes mais
rápido do que ocorreria sem
desmatamento, caça, poluição
e mudanças do clima. Mas, se
você acha que está livre dos
problemas causados pela
extinção sumária de animais
e de plantas selvagens, a Organização
das Nações Unidas não
nos deixa esquecer de que
essas perdas também aumentam
a pobreza e pioram a
qualidade de vida, de todos.
Com tantos impactos, os sistemas
naturais podem deixar
de oferecer água,
substâncias para
medicamentos, atrativos para
o turismo, solo para
agricultura, peixes e outros
alimentos, tudo
indispensável a nossa
própria sobrevivência. Por
isso, a entidade insiste
para que adotemos um modelo
de desenvolvimento que
finalmente deixe de ver a
conservação da natureza como
antagônica ao crescimento
econômico. “As soluções vão
além da adoção de leis
rigorosas e do
estabelecimento de áreas
protegidas. Precisamos de
novas formas de parceria
entre governos,
conservacionistas e
comunidades locais para
lidar com a conservação da
vida silvestre como uma
fonte de oportunidades e
estabilidade econômica”,
ressaltou a vice-secretária
da Organização, a nigeriana
Amina Mohammed.
https://nacoesunidas.org/protecao-da-biodiversidade-e-uma-questao-de-direitos-humanos-aponta-relator-da-onu/
https://nacoesunidas.org/biodiversidade-desaparece-a-velocidade-mil-vezes-mais-rapida-por-causa-do-homem-alerta-onu/
https://ambientedomeio.com/2018/03/01/proteger-a-biodiversidade-na-america-latina-e-no-caribe/
http://e360.yale.edu/features/in-defense-of-biodiversity-why-protecting-species-from-extinction-matters
https://www.nytimes.com/2018/03/03/opinion/sunday/species-conservation-extinction.html
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Proteção avança no azul. O
Governo Brasileiro confirmou
esta semana no World
Ocean Summit, no
México, que ampliará de 1,5%
para mais de 20% a proteção
oficial sobre o Oceano
Atlântico. Com o anunciado
estabelecimento de Áreas
de Proteção Ambiental
e de Monumentos
Naturais ao redor dos
arquipélagos
de São Pedro e São
Paulo e de Trindade
e Martim Vaz, o
país caminha para atender
compromissos internacionais
de conservação da natureza.
Várias espécies raras e
ameaçadas devem ser
abrigadas naquelas áreas
protegidas, que também
ajudarão a manter estoques
comerciais de pesca. Áreas
com proteção ambiental mais
restrita somam hoje cerca de
13% da área a ser protegida
no entorno dos arquipélagos.
Ampliar esse índice depende
de sinal verde da
Marinha e de dribles no lobby
da pesca desregrada. Além
disso, é preciso atentar
para o fato de que criar
Unidades de Conservação não
é sinônimo de boa
conservação da vida marinha.
É o que nos lembra a bióloga
Luiza Beirão Campos.
Debruçada sobre uma série de
artigos científicos, ela
aponta que essas áreas
tendem a ter mais sucesso em
sua missão de proteger a
vida quanto maiores e
melhores forem o orçamento
dedicado, o engajamento da
população, o treinamento de
pessoal e o uso de dados
científicos para
fiscalização e definição das
melhores regras de manejo.
https://1drv.ms/b/s!AvSip5pJo_9T2SWUy8j3qTB9H_Sd
https://www.linkedin.com/pulse/apenas-criar-unidades-de-conserva%C3%A7%C3%A3o-marinhas-n%C3%A3o-%C3%A9-beir%C3%A3o-campos/?trackingId=E9dzqcVRG40ZwgMxGNUpJw%3D%3D
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Segunda pele. Bandagens
produzidas com pele de
tilápia estão em uso nos
Estados Unidos para reduzir
o sofrimento e acelerar a
cura de animais atingidos
por fogo. A tecnologia
desenvolvida por Universidade
Federal do
Ceará, Instituto José
Frota e Instituto
de Apoio ao Queimado
é quase 60% mais barata que
o tratamento convencional,
menos dolorosa no tratamento
e apresenta menor risco de
contaminação. Veterinários
do Departamento de
Pesca e Vida Selvagem
do estado da Califórnia já
aplicaram a técnica
brasileira para salvar a
vida de dois ursos e de um
puma feridos em um incêndio
florestal, no fim de 2017.
Depois de curados, em tempo
recorde, os animais foram
soltos em um Parque
Nacional. A tilápia é nativa
da África e foi escolhida
para as pesquisas por se
reproduzir facilmente em
cativeiros de água doce,
espalhados por todo o
Brasil.
https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2018/02/pele-de-tilapia-e-usada-como-curativo-para-animais-nos-estados-unidos.html
https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2017/01/ceara-se-destaca-com-pesquisa-sobre-pele-de-tilapia-como-curativo.html
https://news.nationalgeographic.com/2018/01/california-thomas-fire-bear-cougar-paw-burn-tilapia-fish-skin-bandage-spd/
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Pindaíba pesqueira. De
tão elevados, os níveis de
consumo da humanidade
levaram a pesca industrial a
mais de metade das águas dos
oceanos do planeta. A área
impactada é maior do que o
território usado pela
agricultura mundial. O
levantamento é fruto dos
esforços do Global
Fishing Watch,
plataforma apoiada por Google
e Fundação Leonardo
DiCaprio para
monitorar a pesca em nível
global. Para chegar àquela
conclusão, publicada na
revista Science,
foram analisadas as
atividades de mais de 70 mil
embarcações. Os dados
coletados também explicam a
redução nos estoques de
pescado em várias regiões.
Conforme as Nações Unidas,
um terço de todas as
populações de peixes
comerciais é capturado em
níveis insustentáveis e
caminham para o esgotamento.
Soluções passam por uma
avaliação severa dos níveis
de consumo, pelo bom manejo
da pesca e pela criação de
mais áreas efetivamente
protegidas.
http://globalfishingwatch.org/
http://www.fao.org/news/story/en/item/421871/icode/
https://amp-theguardian-com.cdn.ampproject.org/c/s/amp.theguardian.com/environment/2018/feb/22/half-of-worlds-oceans-now-fished-industrially-maps-reveal
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Contas no vermelho.
Com a grande maioria dos
órgãos ambientais passando
o pires por cortes
nos orçamentos oficiais,
parcerias com o setor
privado têm sido cada vez
mais buscadas, especialmente
para fechar as contas de
sistemas de Unidades de
Conservação. No Mato Grosso
do Sul, o Governo Estadual
legalizou o estabelecimento
de parcerias voltadas à
gestão dos parques estaduais
das Várzeas do Rio Ivinhema
e das Nascentes do Rio
Taquari, bem como da Gruta
do Lago Azul, em Bonito. A
inspiração veio de ações
semelhantes em nível
federal, como acontece no
Parque Nacional do Iguaçu
(PR) no Monumento Natural do
Corcovado (RJ), onde figura
o Cristo Redentor.
"Acreditamos que a parceria
público-privada possa
potencializar o turismo
nesses parques, cuidar da
própria conservação, da
manutenção”, disse Jaime
Verruck, secretário de Meio
Ambiente, Desenvolvimento
Econômico, Produção e
Agricultura Familiar.
https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/unidades-de-conservacao-de-ms-vao-poder-ser-administradas-por-parcerias-publico-privadas.ghtml
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