@ Resiliência contestada.
A fama
do Cerrado de ter alta capacidade de recuperação foi colocada em xeque
por um estudo realizado em áreas que foram desmatadas, transformadas em
pastagens e depois incorporadas a Unidades de Conservação ou a Reservas
Legais de imóveis rurais, no estado de São Paulo.
Na análise,
pesquisadores da Universidade Estadual Paulista descobriram que
árvores e outros exemplos de vegetação de maior porte se recuperam mais
facilmente após o corte, enquanto a vegetação rasteira simplesmente
não se regenera - e é justamente aí onde se concentram as espécies
endêmicas, que só existem no Cerrado.
Assim, quando uma pastagem é
abandonada, depois de algum tempo ela se transforma no "cerradão", onde
predominam árvores e a biodiversidade é pobre. Logo, a destruição do
bioma pelo avanço da fronteira produtiva e da urbanização é uma perda
inestimável de biodiversidade. Afinal, o Cerrado, que pode apresentar
35 espécies diferentes de plantas por metro quadrado, na micro escala é
mais rico em flora e fauna do que a floresta tropical.
http://agencia.fapesp.br/25865
http://agencia.fapesp.br/uma_vez_degradado_o_cerrado_nao_se_regenera_naturalmente/27156/
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