@ Poluição insular. Um
dos arquipélagos mais atrativos do planeta e lar de belas espécies,
como diversos tipos tubarões e o golfinho-rotador, Fernando de Noronha
(PE) tem pela frente a dura tarefa de reduzir o lançamento de poluentes
que aumentam o efeito estufa e acabam aquecendo o planeta.
Afinal, suas
emissões são semelhantes a de países industrializados, como Alemanha e
Japão.
Tanta sujeira vem justamente da base econômica do
arquipélago: o turismo dependente de pousos e decolagens de aeronaves e a
eletricidade gerada com diesel, um derivado do petróleo.
A situação fez
com que o Governo de Pernambuco desenhasse planos para cortar pela
metade as emissões nos próximos 12 anos e para que, até 2050, o local se
torne o primeiro neutro em carbono do Brasil.
O trabalho de mudanças
radicais na geração de energia, do uso de veículos elétricos e, ainda
mais complexo, de convencer empresas aéreas a adotarem combustíveis
limpos, já começou.
O consumo de diesel na termoelétrica local, que
chegou no passado a 400 mil litros mensais, está caindo com a instalação
de duas usinas que geram eletricidade com a luz do sol. Elas já
abastecem 10% da demanda do arquipélago e esse índice deve chegar a pelo
menos 15% este ano. Biodiesel também está sendo misturado ao
combustível de origem fóssil, ainda hoje levado de barco até Noronha.
Outras medidas em curso para reduzir o uso de diesel envolvem metas para
a economia de energia, a instalação de placas-solares ou mini-geradores
eólicos.
Essas tecnologias podem gerar excedente de eletricidade
produzida nas residências e créditos na conta de luz dos moradores.
Quarta unidade de conservação mais visitada do Brasil, Noronha recebe em
média 250 visitantes por dia.
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/08/politica/1520467179_394600.html
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