Redação do Site Inovação Tecnológica -
15/01/2019
Louça comestível
Que tal comer a louça junto com a comida, em vez de passar horas lavando tudo, gastando tempo, água, sabão e poluindo os rios?
É bom saber que a atual tecnologia de alimentos já permite fabricar louças comestíveis.
E a louça, além de saborosa, serve de sobremesa: Ela é feita de maçã.
As primeiras vasilhas de comer foram fabricadas pela equipe da professora Nadezhda Makarova, da Universidade Politécnica de Samara, na Rússia.
Vasilhas de maçã
Já existem vários filmes comestíveis - usados em bolos, por exemplo - mas eles não são feitos apenas de materiais naturais, contendo sua doses de compostos químicos e aditivos artificiais - eles não fazem mal, mas não são totalmente absorvidos pelo corpo humano, disse Makarova.
Por isso, ela começou fabricando filmes comestíveis feitos exclusivamente a partir de ingredientes naturais, sem uso de corantes ou conservantes.
Primeiro, as frutas ou legumes selecionados são transformados em um purê, depois formam uma massa com a adição de uma farinha e secam a uma temperatura não superior a 60 graus.
A louça comestível usa a mesma receita e é fabricada com uma tecnologia similar - a única diferença é que a massa viscosa é despejada em uma forma especial e depois seca.
Contra os descartáveis
A equipe experimentou diversas matérias-primas, incluindo frutas e vegetais, como maçãs, cenouras, groselhas, ameixas, morangos, feijões verdes, abóboras, mirtilos etc.
No entanto, a maçã mostrou-se mais adequada porque tem o melhor sabor e propriedades viscoplásticas. Por exemplo, o copo de maçã ficou tão forte que você pode enchê-lo com água fervente.
O vasilhame comestível também tem poucas calorias, por isso pode ser considerado um produto dietético, disse Makarova.
A equipe começou com os copos porque são os recipientes mais usados em casa, mas pretendem agora partir para fazer um aparelho de jantar completo.
A tecnologia parece promissora: recentemente a França tornou-se o primeiro país a banir os utensílios de mesa descartáveis de plástico. Até 2020, a louça descartável deve consistir em pelo menos metade de materiais naturais, e em 2025 não menos de 60%.
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