Ato em Natal pede atenção a serviços públicos e critica gastos da Copa
- Brasília
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Edição: Nádia Franco
Brasília – Funcionários públicos federais e do
estado do Rio Grande do Norte protestaram nesta quarta-feira (22) em
área próxima à Arena das Dunas, em Natal, que foi inaugurado pela
presidenta Dilma Rousseff.
As reivindicações das diferentes categorias que participaram da manifestação são convergentes. Entre elas, destacaram-se críticas aos gastos com a construção do estádio em detrimento de investimentos em saúde, segurança e educação, e pedidos para que a governadora norte-rio-grandense, Rosalba Ciarlini, deixe o cargo.
“Nos últimos anos, o governo do Rio Grande do Norte só pensou em Copa", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado, Djair de Oliveira. Por isso, explicou Djair, o protesto era também para que o governo federal subsidie "a saúde, a educação e a segurança, não só para a [realização] Copa”.
Os
funcionários públicos que foram ao protesto saíram por volta das 14h
(15h em Brasília) de um shopping center no principal cruzamento de Natal
e se dirigiram às proximidades do estádio, em uma caminhada de cerca de
3 quilômetros. Segundo o Sindicato dos Servidores da Saúde do estado
(SindSaude), uma das entradas do estádio e um trecho da BR-101 foram
bloqueados durante o protesto.
A manifestação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte. De acordo com a entidade, o protesto teve aprovação dos sindicatos dos servidores da saúde, dos policiais civis, de servidores estaduais, guardas municipais e de funcionários da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
A diretora do SindSaude, Rosália Fernandes, também destacou, entre os objetivos do ato público, o pedido de investimento nos serviços públicos, como, por exemplo, “hospitais padrão Fifa”. De acordo com Rosália, o hospital estadual Monsenhor Walfredo Gurgel, que tem 2 mil funcionários, está com vários problemas de estrutura. “Há uma lista diária de 20 a 30 pacientes aguardando leito de UTI. Eles sofrem muito, alguns acabam morrendo. Nós chegamos à situação de ter um técnico de enfermagem cuidando de 30 pacientes. Não consegue cuidar”, ressaltou.
Djair e Rosália questionaram ainda a contratação de pessoal no estado. “Nos últimos três anos, os concursos não nomearam nenhum policial. Desde 2008, vivemos um sucateamento, faltam viaturas, trabalhamos com coletes vencidos, armas sucateadas”, disse o representante dos policiais.
Durante o trajeto pelas ruas de Natal, foram exibidos cartazes com dizeres como: “Fora Rosalba” e “Da Copa eu abro mão. Queremos mais dinheiro para saúde, segurança e educação”. Um caixão com a representação de que a segurança pública estaria sendo sepultada também foi carregado pelos manifestantes.
Pouco antes do início da inauguração, manifestantes bloquearam a passagem de alguns carros da comitiva oficial da Presidência, dentre eles uma van, que foi pichada e teve os vidros quebrados. Segundo a assessoria de imprensa do SindSaude, duas vans e duas ambulâncias que não entraram junto com os carros que acompanharam a presidenta Dilma Rousseff foram bloqueadas por cerca de 30 pessoas.
As reivindicações das diferentes categorias que participaram da manifestação são convergentes. Entre elas, destacaram-se críticas aos gastos com a construção do estádio em detrimento de investimentos em saúde, segurança e educação, e pedidos para que a governadora norte-rio-grandense, Rosalba Ciarlini, deixe o cargo.
“Nos últimos anos, o governo do Rio Grande do Norte só pensou em Copa", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado, Djair de Oliveira. Por isso, explicou Djair, o protesto era também para que o governo federal subsidie "a saúde, a educação e a segurança, não só para a [realização] Copa”.
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A manifestação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte. De acordo com a entidade, o protesto teve aprovação dos sindicatos dos servidores da saúde, dos policiais civis, de servidores estaduais, guardas municipais e de funcionários da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
A diretora do SindSaude, Rosália Fernandes, também destacou, entre os objetivos do ato público, o pedido de investimento nos serviços públicos, como, por exemplo, “hospitais padrão Fifa”. De acordo com Rosália, o hospital estadual Monsenhor Walfredo Gurgel, que tem 2 mil funcionários, está com vários problemas de estrutura. “Há uma lista diária de 20 a 30 pacientes aguardando leito de UTI. Eles sofrem muito, alguns acabam morrendo. Nós chegamos à situação de ter um técnico de enfermagem cuidando de 30 pacientes. Não consegue cuidar”, ressaltou.
Djair e Rosália questionaram ainda a contratação de pessoal no estado. “Nos últimos três anos, os concursos não nomearam nenhum policial. Desde 2008, vivemos um sucateamento, faltam viaturas, trabalhamos com coletes vencidos, armas sucateadas”, disse o representante dos policiais.
Durante o trajeto pelas ruas de Natal, foram exibidos cartazes com dizeres como: “Fora Rosalba” e “Da Copa eu abro mão. Queremos mais dinheiro para saúde, segurança e educação”. Um caixão com a representação de que a segurança pública estaria sendo sepultada também foi carregado pelos manifestantes.
Pouco antes do início da inauguração, manifestantes bloquearam a passagem de alguns carros da comitiva oficial da Presidência, dentre eles uma van, que foi pichada e teve os vidros quebrados. Segundo a assessoria de imprensa do SindSaude, duas vans e duas ambulâncias que não entraram junto com os carros que acompanharam a presidenta Dilma Rousseff foram bloqueadas por cerca de 30 pessoas.
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