sábado, 22 de fevereiro de 2014

Aumentos no preço do etanol assustam motoristas


Edição do dia 22/02/2014          Jornal Nacional
Atualizado 22h40


Em relação à gasolina, agora só é vantajoso abastecer com o álcool em apenas quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.


Os últimos aumentos no preço do etanol assustaram os motoristas. Em relação à gasolina, agora só é vantajoso abastecer com o álcool em apenas quatro estados.

Nem adianta procurar. Em São Paulo, está quase impossível encontrar o litro do etanol custando menos do que R$ 2.

“Se você somar os dois aumentos, o do começo do mês e o desta semana, estamos falando de qualquer coisa em torno de R$ 0,14 só no mês de fevereiro”, calcula José Alberto Gouveia, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em São Paulo.

O preço do etanol vai aumentando, e os motoristas vão fazendo a conta. Até que chega em um ponto que não vale mais a pena abastecer com ele. Mesmo com o litro da gasolina sendo mais caro, como o carro rende mais, é vantagem fazer a troca. E essa já é a realidade na maior parte do Brasil hoje. Em poucos lugares, continua sendo vantagem usar o lado direto da bomba.

Só é vantagem abastecer com álcool em quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Nesses lugares, o preço do álcool está quase lá, mas ainda não atingiu 70% do preço da gasolina. Quando isso acontece, a vantagem do álcool vai embora.

Vale muito mais a pena abastecer com gasolina com o custo do álcool hoje”, diz um motorista.

“Aqui já está R$ 2 e pouquinho. Quando começa a ficar quase igual à gasolina, não compensa muito”, comenta a administradora de empresas Miriam Floriani.

A associação que representa a indústria da cana afirma que a alta acontece por causa da entressafra. Já para o consultor Plínio Nastari, a alta do etanol tem dois motivos. Um deles é o aumento do consumo com mais carros flex. O outro é a seca que atingiu o centro-sul do país e vai atrasar e diminuir a safra deste ano.

Já se observa uma redução dos investimentos em renovação de canaviais que deverão impactar as safras de 2015 e 2016”, diz Plínio Nastari.

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