Curto-circuito, vazamento de gás e imprudência são as principais causas, segundo os bombeiros
Ludmila Rocha
ludmila.rocha@jornaldebrasilia.com.br
Paredes quebradas, fumaça, entulho, fuligem. Foi o que sobrou de uma papelaria na 205 Norte, após um incêndio de grandes proporções.
Duas paredes de concreto foram derrubadas para facilitar o trabalho dos bombeiros. O DF registra uma média de 12 ocorrências de incêndio por dia: foram 4.380 ao longo de 2013. E, em janeiro deste ano, 318. Números próximos aos do ano anterior.
A papelaria atingida na madrugada de ontem, o Atacadão 205 Norte, fica no térreo do Bloco A. Segundo testemunhas, o incêndio teria começado no estoque da loja. Os bombeiros acreditam que a concentração de material inflamável ajudou a espalhar o fogo. Mas o incêndio foi controlado antes que se alastrasse por outros cômodos.
Apesar de situado na parte comercial da quadra, há famílias vivendo no prédio. Um morador do segundo andar teria sido o primeiro a perceber o incêndio. O rapaz acionou os bombeiros e avisou comerciantes e moradores por telefone.
Segundo o coronel Bonfim, chefe da Comunicação do Corpo de Bombeiros, os homens levaram cerca de uma hora para controlar o incêndio. Por medida de segurança, o trânsito nas imediações do bloco foi desviado.
Bonfim explicou ainda que “só o laudo da perícia, que sai em até 30 dias, poderá dizer o que provocou o incêndio”. Após a conclusão do trabalho dos bombeiros, a Companhia Energética de Brasília (CEB) interrompeu o fornecimento de energia.
Por volta das 8h, muito abalada, a dona da loja, Alessandra Michele, chegou ao local. Ela aguardava a chegada da Polícia Criminalística junto a familiares. “Ainda estamos em choque”, resumiu.
Fuligem
Proprietários das lojas próximas também contabilizavam os prejuízos. Luiz Cláudio, dono de uma loja de jogos, no segundo andar, falou sobre a sujeira. “As mesas, paredes e o chão estão cobertos de fuligem. Só funcionamos à noite, mas ainda não sei se poderemos abrir”.
Anderson Santos, dono de um escritório acima da papelaria, disse que foi avisado por um dos moradores às 7h. “Corri para cá. Minha loja ficou com as paredes pretas pela fumaça e com muita fuligem por todos os lados. Mas, felizmente, não perdemos equipamentos”, contou.
Como pequenos focos de incêndio insistiam em se formar, familiares da dona da papelaria apagavam sozinhos, utilizando um extintor, o fogo que ressurgia. Preocupado com o risco de um novo desastre, o síndico do prédio conseguiu uma mangueira para ajudar. Por precaução, comerciantes retiraram documentos de suas lojas.
Como evitar acidentes
Segundo o coronel Bonfim, do Corpo de Bombeiros, os incêndios relacionados à parte elétrica, vazamento de gás e imprudência são os mais comuns. Para evitar acidentes, ele indica que as pessoas verifiquem periodicamente o estado da fiação elétrica; não sobrecarreguem equipamentos eletroeletrônicos e observem o sistema de ligação do gás e o prazo de validade de mangueiras e extintores de incêndio.
A área comercial das quadras 205/206 Norte, onde ocorreu o incêndio na papelaria, é antiga e conserva a arquitetura original. Os prédios parecem nunca ter passado por grandes reformas.
O comerciante Luiz Cláudio, proprietário de uma loja no mesmo bloco da papelaria incendiada, conta que desde que trabalha ali, há aproximadamente dois anos e meio, não presenciou incêndios no prédio. No ano passado, porém, um quiosque na quadra em frente (206) também pegou fogo.
Ao passar pelo quiosque, que ainda não foi recuperado e conserva as marcas do incêndio, a reportagem encontrou um funcionário, contratado pelo dono do terreno para limpá-lo e se desfazer do material queimado. Só ontem – após outro incidente – o entulho foi retirado. O homem informou que ali havia um depósito de documentos, circundado por vidraças. Com o fogo, aparentemente causado por um curto-circuito, tudo se perdeu.
Saiba Mais
ludmila.rocha@jornaldebrasilia.com.br
Paredes quebradas, fumaça, entulho, fuligem. Foi o que sobrou de uma papelaria na 205 Norte, após um incêndio de grandes proporções.
Duas paredes de concreto foram derrubadas para facilitar o trabalho dos bombeiros. O DF registra uma média de 12 ocorrências de incêndio por dia: foram 4.380 ao longo de 2013. E, em janeiro deste ano, 318. Números próximos aos do ano anterior.
A papelaria atingida na madrugada de ontem, o Atacadão 205 Norte, fica no térreo do Bloco A. Segundo testemunhas, o incêndio teria começado no estoque da loja. Os bombeiros acreditam que a concentração de material inflamável ajudou a espalhar o fogo. Mas o incêndio foi controlado antes que se alastrasse por outros cômodos.
Apesar de situado na parte comercial da quadra, há famílias vivendo no prédio. Um morador do segundo andar teria sido o primeiro a perceber o incêndio. O rapaz acionou os bombeiros e avisou comerciantes e moradores por telefone.
Segundo o coronel Bonfim, chefe da Comunicação do Corpo de Bombeiros, os homens levaram cerca de uma hora para controlar o incêndio. Por medida de segurança, o trânsito nas imediações do bloco foi desviado.
Bonfim explicou ainda que “só o laudo da perícia, que sai em até 30 dias, poderá dizer o que provocou o incêndio”. Após a conclusão do trabalho dos bombeiros, a Companhia Energética de Brasília (CEB) interrompeu o fornecimento de energia.
Por volta das 8h, muito abalada, a dona da loja, Alessandra Michele, chegou ao local. Ela aguardava a chegada da Polícia Criminalística junto a familiares. “Ainda estamos em choque”, resumiu.
Fuligem
Proprietários das lojas próximas também contabilizavam os prejuízos. Luiz Cláudio, dono de uma loja de jogos, no segundo andar, falou sobre a sujeira. “As mesas, paredes e o chão estão cobertos de fuligem. Só funcionamos à noite, mas ainda não sei se poderemos abrir”.
Anderson Santos, dono de um escritório acima da papelaria, disse que foi avisado por um dos moradores às 7h. “Corri para cá. Minha loja ficou com as paredes pretas pela fumaça e com muita fuligem por todos os lados. Mas, felizmente, não perdemos equipamentos”, contou.
Como pequenos focos de incêndio insistiam em se formar, familiares da dona da papelaria apagavam sozinhos, utilizando um extintor, o fogo que ressurgia. Preocupado com o risco de um novo desastre, o síndico do prédio conseguiu uma mangueira para ajudar. Por precaução, comerciantes retiraram documentos de suas lojas.
Como evitar acidentes
Segundo o coronel Bonfim, do Corpo de Bombeiros, os incêndios relacionados à parte elétrica, vazamento de gás e imprudência são os mais comuns. Para evitar acidentes, ele indica que as pessoas verifiquem periodicamente o estado da fiação elétrica; não sobrecarreguem equipamentos eletroeletrônicos e observem o sistema de ligação do gás e o prazo de validade de mangueiras e extintores de incêndio.
A área comercial das quadras 205/206 Norte, onde ocorreu o incêndio na papelaria, é antiga e conserva a arquitetura original. Os prédios parecem nunca ter passado por grandes reformas.
O comerciante Luiz Cláudio, proprietário de uma loja no mesmo bloco da papelaria incendiada, conta que desde que trabalha ali, há aproximadamente dois anos e meio, não presenciou incêndios no prédio. No ano passado, porém, um quiosque na quadra em frente (206) também pegou fogo.
Ao passar pelo quiosque, que ainda não foi recuperado e conserva as marcas do incêndio, a reportagem encontrou um funcionário, contratado pelo dono do terreno para limpá-lo e se desfazer do material queimado. Só ontem – após outro incidente – o entulho foi retirado. O homem informou que ali havia um depósito de documentos, circundado por vidraças. Com o fogo, aparentemente causado por um curto-circuito, tudo se perdeu.
Saiba Mais
Em Águas Claras, outro princípio de incêndio na noite da última
quarta, dessa vez por distração. Uma fornada de pão de queijo esquecida
por moradores na Quadra 301 Norte, por volta das 19h, mobilizou sete
viaturas da PM e carros do Corpo de Bombeiros. A polícia chegou a
arrombar a porta de entrada. Ninguém ficou ferido e não houve fogo,
apenas fumaça.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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