Motoristas fizeram fila para encher o tanque dos carros a R$ 1,99 o litro
Eric Zambon
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br
Inaugurado na semana passada, um posto da rede Gasolline no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) abaixou os preços da gasolina comum por um dia e levou uma grande quantidade de motoristas ao local. Com o combustível a R$ 1,99, filas se formaram em diferentes direções do Trecho 17, o que exigiu a presença do Departamento de Trânsito (Detran-DF) para ajudar a organizar o trânsito.
“É uma ação para divulgar o valor dos impostos que os motoristas pagam ao abastecer”, esclareceu o supervisor da rede de postos, João Batista. “Sem nenhuma outra taxa, o preço da gasolina seria R$ 1,99. Fizemos isso mais para conscientização”, completou. A princípio, 20 mil litros seriam disponibilizados no preço reduzido, mas devido à alta procura, outros dez mil foram comercializados. Cada cliente podia abastecer o equivalente a R$ 60.
A “largada” foi dada às 6h e, apesar de João garantir que tentativas de publicidade não foram feitas, a procura foi intensa logo de manhãzinha.
“Sinceramente não sei como ficam sabendo dessas coisas. É só o boca a boca mesmo”, surpreendeu-se o supervisor.
Espera vale a pena
O mecânico Samuel Ribeiro esperou duas horas e meia para conseguir, enfim, chegar à bomba de gasolina. “Meu genro passou por aqui, viu a movimentação e me avisou”, revelou. “Achei que era por conta da inauguração do posto. A gasolina está cara no DF e acho que é coisa do governo”, desabafou.
Próximo às 17h, já não havia mais senhas a serem distribuídas e o combustível estava acabando. O gerente do posto, conhecido como Paiva, explicou que foram distribuídos cerca de 400 papéis com números para evitar tumulto.
“Não poderíamos estender isso não é nem pelo prejuízo, mas para não prejudicar o trânsito, já que se aproxima do horário de pico”, explicou. Segundo ele, pela manhã algumas pessoas chegaram a bloquear o balão em frente ao estabelecimento.
Protesto recebe apoio
O motorista de transporte escolar Jonathan Dutra conseguiu uma das últimas senhas distribuídas e ainda teve sorte de esperar “apenas” 40 minutos para abastecer. “Minha mãe me ligou e avisou que estava bem barato aqui. Pensei que era pelo fato de ser um lugar novo”, disse. Ao descobrir que a iniciativa era uma forma de protesto contra a taxação de impostos altos, ele apoiou a ação.
“No final do ano eu viajei para alguns estados aqui próximos e em todos a gasolina estava mais barata que no DF”, reclamou. “Deveria ser mais barato para o Brasil todo, pois somos produtores de petróleo”, exclamou. Para ele, o problema atual com os preços pode ser facilmente identificado: “Deve ser pelos impostos sobre o transporte do combustível”.
Os preços no posto de combustível do SIA voltam ao normal a partir de amanhã, a R$ 3,09, e não estão previstas ações como a de ontem tão cedo. Até lá, cabe ao motorista reduzir seu consumo de combustível, protestar ou esperar que algo melhore espontaneamente.
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br
Inaugurado na semana passada, um posto da rede Gasolline no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) abaixou os preços da gasolina comum por um dia e levou uma grande quantidade de motoristas ao local. Com o combustível a R$ 1,99, filas se formaram em diferentes direções do Trecho 17, o que exigiu a presença do Departamento de Trânsito (Detran-DF) para ajudar a organizar o trânsito.
“É uma ação para divulgar o valor dos impostos que os motoristas pagam ao abastecer”, esclareceu o supervisor da rede de postos, João Batista. “Sem nenhuma outra taxa, o preço da gasolina seria R$ 1,99. Fizemos isso mais para conscientização”, completou. A princípio, 20 mil litros seriam disponibilizados no preço reduzido, mas devido à alta procura, outros dez mil foram comercializados. Cada cliente podia abastecer o equivalente a R$ 60.
A “largada” foi dada às 6h e, apesar de João garantir que tentativas de publicidade não foram feitas, a procura foi intensa logo de manhãzinha.
“Sinceramente não sei como ficam sabendo dessas coisas. É só o boca a boca mesmo”, surpreendeu-se o supervisor.
Espera vale a pena
O mecânico Samuel Ribeiro esperou duas horas e meia para conseguir, enfim, chegar à bomba de gasolina. “Meu genro passou por aqui, viu a movimentação e me avisou”, revelou. “Achei que era por conta da inauguração do posto. A gasolina está cara no DF e acho que é coisa do governo”, desabafou.
Próximo às 17h, já não havia mais senhas a serem distribuídas e o combustível estava acabando. O gerente do posto, conhecido como Paiva, explicou que foram distribuídos cerca de 400 papéis com números para evitar tumulto.
“Não poderíamos estender isso não é nem pelo prejuízo, mas para não prejudicar o trânsito, já que se aproxima do horário de pico”, explicou. Segundo ele, pela manhã algumas pessoas chegaram a bloquear o balão em frente ao estabelecimento.
Protesto recebe apoio
O motorista de transporte escolar Jonathan Dutra conseguiu uma das últimas senhas distribuídas e ainda teve sorte de esperar “apenas” 40 minutos para abastecer. “Minha mãe me ligou e avisou que estava bem barato aqui. Pensei que era pelo fato de ser um lugar novo”, disse. Ao descobrir que a iniciativa era uma forma de protesto contra a taxação de impostos altos, ele apoiou a ação.
“No final do ano eu viajei para alguns estados aqui próximos e em todos a gasolina estava mais barata que no DF”, reclamou. “Deveria ser mais barato para o Brasil todo, pois somos produtores de petróleo”, exclamou. Para ele, o problema atual com os preços pode ser facilmente identificado: “Deve ser pelos impostos sobre o transporte do combustível”.
Os preços no posto de combustível do SIA voltam ao normal a partir de amanhã, a R$ 3,09, e não estão previstas ações como a de ontem tão cedo. Até lá, cabe ao motorista reduzir seu consumo de combustível, protestar ou esperar que algo melhore espontaneamente.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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