domingo, 23 de fevereiro de 2014

e você, vai contribuir para mitigar o 'sofrimento' de Jefferson?

247 – Delator do chamado 'mensalão', o ex-deputado Roberto Jefferson admitiu ser "um sofrimento" a expectativa em relação ao seu pedido de prisão domiciliar, que deve ser decidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Em entrevista ao jornal O Globo, ele diz, no entanto, estar "confiante" sobre o resultado.

"A expectativa é um sofrimento. Não vou dizer que isso não me estressa. Me cansa! Mas estou confiante que eu possa ter, no final, uma prisão domiciliar. 

Claro que me angustia. Toda noite eu penso nisso: vai ser amanhã ou depois de amanhã? Passei o dia com isso na cabeça. Todo dia é uma expectativa. Eu não projeto minha vida para médio e para longo prazos. É tudo a curto prazo", disse Jefferson.

Roberto Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele delatou o esquema do chamado mensalão ao admitir ter recebido R$ 4 milhões para o PTB, partido que presidia em 2005.

Joaquim Barbosa declarou nesta quinta-feira 20 que a análise do pedido de prisão domiciliar por motivo de saúde de Jefferson está "mais adiantada" que a do petista José Genoino, que sofre de uma doença cardíaca e também pediu à corte para cumprir sua pena em casa. 

Segundo Barbosa, a decisão sobre Genoino não será tomada agora porque "precisa ser mais instruída". Jefferson, que passou pela retirada de um câncer no pâncreas, também fez o pedido alegando motivos de saúde.

Vaquinha

A exemplo dos condenados petistas na Ação Penal 470, o delator do 'mensalão', Jefferson também inicia sua 'vaquinha' para arrecadar dinheiro e quitar a multa de R$ 720 mil determinada pelo STF. 

A diferença, porém, é que essa não vai ter site, como fizeram José Genoino, Delúbio Soares e José Dirceu. A vaquinha de Jefferson começou nesta sexta-feira 21.

"Vou começar sexta-feira. Será na minha conta do Banco do Brasil quando eu recebia na época que era presidente do PTB. Reativei (a conta) na quarta-feira. Vamos ver. Começou pela família e, depois, vem os amigos. 

Vamos ver em quanto vamos chegar", disse o ex-deputado. 

Segundo ele, a primeira pessoa a doar foi sua filha, Cristiane Brasil, secretária municipal de Envelhecimento e Qualidade de Vida no Rio, mas não soube dizer o valor.

O ex-presidente do PTB também colocou à venda seu escritório no Rio. 

 Em entrevistas concedidas recentemente, Jefferson disse que recorreria a colegas do partido, como o presidente nacional da legenda, Benito Gama, e o ex-presidente da República, senador Fernando Collor de Mello.


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