Seres humanos normais devem ser avaliados por suas virtudes. Alguns esquerdistas podem até ter virtudes (somente quando não falam de política, claro), mas o fato é que eles sempre serão reconhecidos pelos seus atos discursivos. E sempre na defesa dos piores tipos de barbarismo.
O texto Facebook: um mapa das redes de ódio é um exemplo de como a esquerda entende a linguagem não como uma ferramenta para comunicação entre humanos, mas uma arma para atacar oponentes de forma desonesta.
Em um conteúdo recheado de apologia ao ódio contra a direita, eles fingem que seus oponentes, que nem de longe praticam discurso de ódio, são “promotores de campanha de ódio”.
Isto é a que me refiro quando digo que esquerdistas não usam a linguagem como uma ferramenta de comunicação social, mas como uma arma para ser usada de forma dissimulada contra oponentes.
Basicamente, o objetivo do texto é criminalizar o senso comum de pessoas normais, ou seja, de todos os cidadãos irritados com a violência e, como tal, defendendo a ação policial para a contenção do crime.
É uma reação natural de qualquer pessoa em sã consciência torcer para a polícia em detrimento dos criminosos. Para a esquerda, ao contrário, ter esse tipo de reação é “promover campanha de ódio”.
Entende-se que a “lógica” usada pela esquerda é esta:
- Quanto mais prejuízo um discurso trouxer para criminosos violentos, mais ódio ele contém
- Quanto mais benefício um discurso trouxer para os mesmos criminosos violentos, mais paz ele contém
- O nível de paz, então, é definido pelo benefício dado ao criminoso violento em um discurso
- Pelo mesmo princípio, o nível de ódio é definido pelo prejuízo trazido aos criminosos violentos em um discurso
- ódio: sm (lat odiu) 1 Rancor profundo e duradouro que se sente por alguém.
Mas eu posso estar sendo exagerado, não? Se é assim, que tal avaliarmos um pouco do conteúdo? Neste caso, só a introdução já é suficiente para apresentarmos muitos “findings” (auditores adoram esse termo).
Comecemos:
No dia 5 de março o Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic), da Universidade Federal do Espírito Santo, publicou um mapa de redes de admiradores das Polícias Militares no Facebook.Até fazer um mapa de redes, tudo bem. Aliás, é algo que a direita também deveria fazer quanto a esquerda e à própria direita. No caso dos primeiros, para investigá-los e denunciá-los. No caso dos últimos, para alinhamento e divulgação de mensagens em alinhamento com nossos ideais.
O problema, neste caso, é que toda a pesquisa foi feita em uma Universidade Pública. E eles entregam logo de imediato o objetivo de sua investigação: “admiradores das Polícias Militares no Facebook”.
Ou seja, para eles, admirar policiais militares é… ódio. Enfim, temos dinheiro público sendo usado para, agora sim, propaganda de ódio contra policiais e pessoas da direita.
São páginas dedicadas a defender o uso de violência contra o que chamam de “bandidos”, “vagabundos”, “assaltantes”, fazer apologia a linchamentos e ao assassinato, defender policiais, publicar fotos de pessoas “justiçadas” ou mortas violentamente, vender equipamentos bélicos e combater os direitos humanos.Como a esquerda manipulou o termo “direitos humanos”, então, para eles, priorizar uma vítima em detrimento dos criminosos violentos é “combater os direitos humanos”. Prestem atenção também quando eles usam o termo “defender policiais”, como se fosse algo condenável.
A coisa não termina por aí. Segundo o texto, quem é contra criminosos na verdade é contra “o que chamam de bandidos”, “o que chamam de vagabundos” e “o que chamam de assaltantes”. Na ótica da esquerda, bandidos não são mais bandidos, mas apenas “o que chamam de bandidos”.
Novamente, é bom frisar: a linguagem, para os seres humanos normais, é uma ferramenta. Para os esquerdistas, é uma arma.
Para centenas de milhares de seguidores dessas páginas, a violência é a única mediadora das relações sociais, a paz só existe se a sociedade se armar e fizer justiça com as próprias mãos, a obediência seria o valor supremo da democracia. Dentro dessa lógica, a relação com os movimentos populares só poderia ser feita através da força policial. Qualquer ato que escape à ordem ou qualquer luta por direitos é lido como um desacato à sociedade disciplinada. Um exemplo: no sábado, dia 8 de março, a página “Faca na Caveira” publicou um texto sobre o Dia Internacional das Mulheres no qual manda as feministas “se foderem”. Em uma hora, recebeu 300 likes. Até a tarde de domingo, 1473 pessoas haviam curtido o texto.Notem bem a expressão seguinte: “a violencia… única mediadora das relações sociais”.
O problema é que a relação entre criminosos e suas vítimas não é uma relação social, pois relações sociais dependem de não coerção. Por exemplo, se um sujeito pede 10 reais a outro e recebe, esta é uma relação social.
Mas se ele aponta uma arma na cabeça de um coitado e leva uma grana, temos aqui uma relação antissocial. Motivo: o caráter coercitivo da relação, ao menos por uma das partes.
Então, na verdade, seres humanos normais defendem o uso da violência (dentro da lei) para brecar a ação de bandidos em suas relações antissociais diante da sociedade.
Enfim, mais um exemplo de manipulação da linguagem feita por esquerdistas.
Segundo a esquerda, para a direita, “a paz só existe se a sociedade se armar e fizer justiça com as próprias mãos”. Pelo contrário.
Podemos ter a paz se os criminosos se desarmarem e adotarem única e exclusivamente ações sociais em sua interação com o resto da sociedade.
Ou seja, a paz deixa de existir a partir do momento em que o criminoso age… como criminoso que é. Mas diante de bestas humanas que só param diante de armas, é possível pacificar o ambiente com uma ação dentro da lei.
No máximo, entendemos como se sente o cidadão vulnerável a criminosos, estes últimos com direitos e poderes ilimitados. E a verdade é que a paz pode surgir a partir da ação policial, quando a ação antissocial de um criminoso é brecada.
Para a direita, a justiça com as próprias mãos é apenas um último recurso, usado quando a polícia não consegue atingir seu objetivo. Por isso, o texto esquerdista é flagrantemente mentiroso.
Grotescamente, o texto critica “obediência [como o] valor supremo da democracia” como se isso fosse algo negativo. Na verdade, a obediência às leis é um dos valores fundamentais da democracia. Quem não reconhece isso tem problemas de caráter.
O texto diz que, para a direita, ”a reação aos movimentos populares só poderia ser feita através da força policial”. Na verdade, jamais existiu reação a “movimento populares” por serem movimentos populares, mas à movimentos militantes que ameaçam a segurança física de civis, além do patrimônio público.
A mesma fraude é usada no frame seguinte: ”qualquer ato que escape à ordem ou qualquer luta por direitos é lido como um desacato à sociedade disciplinada”. O truque é simples, e tem os seguintes passos:
- Esquerdista pratica manifestação e comete crimes
- Alguém da direita reclama
- Esquerdista declara que o direitista é contra toda e qualquer manifestação
As fraudes acima são apenas uma compilação do que disse o “professor “Fábio Malini” (cujas redes podem ser vistas nesse link), que descreve seu procedimento:
É um procedimento simples em termos de pesquisa. O pesquisador cria uma fanpage no Facebook e passa a dar “like” num conjunto de fanpages ligada à propagação da violência. Em seguida, usamos uma ferramenta que identifica quais os sites que essas fanpages curtem. E, entre elas, quais estão conectadas entre si. Se há conexão entre uma página com outra, haverá uma linha. Se “Faca na Caveira” curte “Fardado e Armados˜há um laço, uma linha que as interliga. Quando fazemos isso para todas as fanpages, conseguimos identificar quais são as fanpages da violência (bolinhas, nós) mais conectadas e populares. Isso gera um grafo, que é uma representação gráfica de uma rede interativa. Quanto maior é o nó, mais seguida é a página para aquela turma. No grafo, “Polícia Unida Jamais será vencida” é a página mais seguida pela rede. Não significa que ela tem mais fãs. Significa que ela é mais relevante para essa rede da violência. Mas a ferramenta de análise me permite ver mais: quem são as páginas mais populares no Facebook, o que elas publicam, o universo vocabular dos comentários, a tipologia de imagens que circula etc.Bom, está aí uma metodologia que pode (e deve) ser usada pela direita também, pois tudo que Fábio Malini dirá a partir de agora são dicas de como devemos reverter o jogo contra a esquerda.
Segundo Malini, ele defende que o conhecimento dos mapas de rede das páginas da direita pode “ajudar na construção da cultura de paz nesse país, desvelando os ditos dessas redes, que estão aí, lotadas de fãs e públicas no Facebook”.
Quer dizer, ele planeja usar a sua pesquisa para promover uma campanha de paumolescência diante de criminosos violentos. Tradução: ele quer inserir fraudes esquerdistas nas redes sociais da direita.
Avaliaremos, a partir de agora, como ele quer fazer isso:
Após os protestos no Brasil, a estrutura de atenção dos veículos de comunicação de massa se pulverizou, muito tráfego da televisão está escoando para a internet, o que faz a internet brasileira se tornar ainda mais “multicanal”, com a valorização de experiências como Mídia Ninja, Rio na Rua, A Nova Democracia, Outras Palavras, Revista Fórum, Anonymous, Black Blocs. São páginas muito populares. Mas não estão sozinhas. Há uma guerra em rede. E o pensamento do “bandido bom, bandido morto” hoje se conformou em votos. Esse pensamento foi capaz de construir redes sociais em torno dele.O que podemos traduzir do discurso acima é que a hegemonia esquerdista está quebrada na Internet. Hoje em dia é possível que a direita se expresse. Cidadãos normais que temem criminosos e querem combater o crime agora tem sua voz.
E isso o deixa revoltado. Ele reconhece, como eu, que há uma “guerra em rede”. No caso do crime temos os apologistas do crime, da esquerda, e do outro, os cidadãos normais, que defendem a ação policial contra criminosos.
E ressalto: é bom que Malini tenha usado o termo “guerra em rede”. Pois é com este termo que devemos tratar a questão: estamos em guerra contra esquerdistas apologistas do crime.
E não tenho dúvida: essas redes, fortes, vão conseguir ampliar seu lastro eleitoral. Vão ajudar na eleição de vários políticos “linha dura”. Em parte, o crescimento dessas redes se explica também em função de forças da esquerda que passaram a criminalizar os movimentos de rua e ficaram omissas a um conjunto de violações de direitos humanos. O silêncio, nas redes, é resignação. O que estamos vendo é só a cultura do medo midiática passando a ter os seus próprios veículos de comunicação na rede.Para mim, que tenho escrito tanto contra o direitismo depressivo, é um deleite ver a declaração acima. Para além do direitismo depressivo, realmente existe uma parte da direita atuando de forma que cause danos efetivos ao esquerdismo.
E o esquerdista acima sabe disso, tanto que ele se preocupa. E, para tratar do assunto, ele critica a “resignação”. Ou seja, ele defende que os esquerdistas “partam para cima” na guerra em rede. É claro que devemos usar isso tudo como forma de motivação.
Malini diz que “é bom conhecer e começar a minerar todos os conteúdos que são publicadas nelas.” Motivo:
Porque é preciso compreender a política dessas redes e seus temas prioritários. Instituir um debate por lá e não apenas ficar no nosso mundo. É preciso dialogar afirmando que uma sociedade justa é a que produz a paz, e não uma sociedade que só obedece ordens. Estamos numa fase de mídia em que se calar para não dar mais “ibope” é uma estratégia que não funciona. É a fala franca, o dito corajoso, que é capaz de alterar (ou pelo menos chacoalhar) o discurso repressor.Ele defende, então, que os esquerdistas invadam as páginas mapeadas na rede para inserir fraudes intelectuais por lá, atacando o pensamento de direita e todos aqueles que pedirem punição a criminosos.
Se é assim, segue o “arsenal” para que vocês possam entrar nessas páginas também e humilhar os esquerdistas que vir pela frente: na página de rotinas esquerdistas, há no mínimo 30 rotinas mapeadas com as fraudes que eles praticarão por lá.
É importante que façamos essa luta, ridicularizando o discurso deles, sempre com a maior assertividade possível, pois a intenção de Malini é, como sempre em se tratando de esquerdistas, totalitária.
O objetivo dele é danificar a possibilidade da direita se comunicar com os seus iguais e a opinião pública da mesma forma que a esquerda já faz. Observe o que ele afirma:
Tal como páginas ativistas se republicam, tais como páginas de esporte se republicam. Todo ente na internet está constituindo numa rede para formar uma perspectiva comum. As ferramentas para coletar essas informaçoes públicas estão muito simplificadas e na mão de todos. Na tenho dúvida que as abordagens científicas das Humanidades serão cada vez mais centrais, pois a partir de agora o campo das Humanidades lidará com milhões de dados. É uma nova natureza que estamos vendo emergir com a circulação de tantos textos, imagens, comportamentos etc.O caminho das pedras está aí: no máximo em que for possível, vencer a esquerda em embates na Internet. Redes sociais criadas pela direita serão invadidas por eles cada vez mais.
É imperativo que a direita os coloque pra correr com a refutação assertiva às fraudes que eles cometem, assim como praticar a ridicularização incisiva deste tipo de comportamento.
Esta é a guerra cultural em uma de suas instâncias mais críticas: o combate nas redes sociais. Malini é claro ao dizer que as redes que possuem o pensamento de direita devem ser invadidas.
Como discurso dele é mais falso que propaganda dublada, é imperativo que saibamos nossas armas nessa guerra: a refutação e o desmascaramento de todas as fraudes que eles cometem.
Os mapas de rede serão úteis para Malini e seus amigos esquerdistas invadirem territórios virtuais da direita para pregar um discurso fétido. Devemos, em primeiro lugar, usar os mesmos mapas para saber de quais comunidades devemos participar para derrubarmos o discurso esquerdista que for inserido por lá.
Em seguida, podemos usar os mesmos tipos de mapas para adentrar a comunidades neutras. E até comunidades deles, para vencê-los lá dentro.
Há muito trabalho pela frente…
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