América Latina
Enquanto os venezuelanos são detidos sem acusações, torturados nas prisões e assassinados por franco-atiradores e milicianos chavistas, o Brasil silencia e o PT aplaude
Nathalia Watkins, de Caracas
REPRESSÃO - Jovens tentam se proteger dos gases em ataque a passeata pacífica em Caracas, na quarta-feira 12
(Tomas Bravo - Reuters)
Não o venezuelano, mas o cubano. A toada inspira os policiais e as milícias a favor do governo, ao mesmo tempo em que irrita os manifestantes. Outro objetivo é aplacar o som dos tiros disparados contra opositores do presidente Nicolás Maduro.
Há mais de um mês, o ritual tem início sempre por volta das 5 da tarde. Jovens formam barricadas e juntam pedras.
Quando eles começam a queimar pneus, centenas de motos, tanques e carros da GNB e da polícia acionam jatos d’água, gás lacrimogêneo e dão tiros para dispersar a multidão.
Nas cidades pequenas com prefeitos chavistas, a violência é ainda mais brutal.
Quase trinta pessoas já morreram no país, mais de 1 300 foram detidas, incluindo menores. Há quarenta denúncias de tortura e 120 jornalistas agredidos.
Ainda que Maduro tenha dito as mais absurdas acusações contra os manifestantes, nenhum deles apareceu em momento algum com uma pistola. Desarmados e sem a proteção de uma imprensa ou de uma Justiça independente, os venezuelanos continuam indo às ruas. Entregam-se a um massacre inevitável. Até quando?
1. Comentário
Esta é a política externa imposta pelo PT.O Itamaraty é apenas um intermediário, não deve ser responsabilizado e nem criticado.
Anônimo