No primeiro dia oficial de campanha, candidatos do
PSDB e do PSB marcam presença em eventos; presidente Dilma Rousseff não
teve compromissos públicos, mas lançou site em que defendeu disputa de
"alto nível" e definiu essa como uma das campanhas mais "politizadas" da
história; no 17º Festival do Japão, em São Paulo, Aécio Neves denunciou
o que considera uso político da Copa; eleitor sabe que "são coisas
absolutamente diferentes", disse; Eduardo Campos foi com Marina Silva à
favela Sol Nascente, no DF, onde afirmou que o governo do PT "não
deveria nem disputar a eleição, deveria ter a humildade de dizer que
fracassou"
6 de Julho de 2014 às 15:29
247 – Foi dada a largada. No primeiro da
campanha eleitoral, iniciada oficialmente neste domingo 6, os candidatos
à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, e pelo PSB, Eduardo
Campos, marcaram presença em eventos públicos, apresentaram propostas e
criticaram o governo da presidente Dilma Rousseff. A petista foi a única
que não teve compromissos na agenda, mas lançou site oficial da campanha.
Em um vídeo publicado na página, Dilma garante um debate de "alto
nível" e classifica essa como uma das campanhas mais "politizadas" da
história do País.
A página relaciona as "conquistas do governo Dilma e
Lula", traz vídeos da candidata, programa de governo e notícias. A
previsão do PT é que a campanha da presidente custe no máximo R$ 298
milhões, segundo registro no TSE.
Na mensagem de "boas vindas" ao site, a candidata do PT ressalta a
importância da internet nas campanhas, "prova não só de modernidade,
como de ampliação dos canais da democracia". Segundo ela, essa campanha
eleitoral "é apenas uma etapa da luta incessante" de mudar para melhor o
Brasil. A presidente diz ainda acreditar que essa deve ser a campanha
da "valorização da política".
O senador Aécio Neves iniciou seu projeto político com uma visita ao
17º Festival do Japão, em São Paulo, maior evento da comunidade japonesa
no País. O tucano estava acompanhado do vice da chapa, Aloysio Nunes,
do governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, e
do candidato a senador por São Paulo, José Serra, todos do PSDB.
O candidato denunciou o que considera uso político da Copa do Mundo.
"Alguns acham que podem confundir Copa do Mundo com eleição. Não. O
brasileiro está suficientemente maduro e consciente para perceber que
são coisas absolutamente diferentes. Vejo uma tentativa de uma certa
apropriação desses eventos para o campo político", disse. O tucano
declarou acreditar numa vitória da Seleção Brasileira mesmo sem
Neymar. "A torcida vai fazer a diferença, o Brasil vai vencer a Copa".
Como Dilma, o tucano também defendeu o alto nível no debate
eleitoral. "Eu não considero eleição uma guerra. Da minha parte, eu
jamais permitirei que queiram dividir o Brasil entre nós e eles.
Campanha é uma oportunidade para debatermos propostas, apresentarmos as
nossas ideias. O Brasil vem amadurecendo a democracia nos últimos anos e
merece uma campanha a altura dos desafios que nós temos para a frente",
afirmou.
Os candidatos a presidente e a vice-presidente pelo PSB, Eduardo
Campos e Marina Silva, respectivamente, iniciariam oficialmente a
campanha com uma visita à comunidade Sol Nascente, no Distrito Federal,
onde o socialista reforçou suas promessas de governo e fez duras
críticas ao governo federal. A dupla visitou o Festival do Japão no
sábado.
"Não se pode admitir que, a 35 quilômetros do Palácio do Planalto, em
um estado governado pelo mesmo partido [PT], você ande em uma
comunidade que sequer tem o lixo retirado das ruas. [O governo petista]
não deveria nem disputar a eleição, deveria ter a humildade de dizer que
fracassou", disse Campos, depois de conversar com moradores.
"Esta comunidade do Sol Nascente representa todas as prioridades que
nós chamamos a atenção nas nossas diretrizes, que são as prioridades da
população. Eu fui andando, junto com a Marina, e perguntando o principal
problema da comunidade. E todas as respostas vieram ao encontro do
nosso programa", disse Campos.
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