quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Cientistas consideram extintas três espécies de aves nativas do Brasil


Em Brasília




  • Conservation International/Divulgação
    Caburé-de-pernambuco foi considerado extinto, após anos sem registros no país Caburé-de-pernambuco foi considerado extinto, após anos sem registros no país
 

Três espécies de aves nativas do Brasil foram consideradas extintas depois de vários anos sem registros em nenhum lugar do país, informaram na segunda-feira (25) fontes científicas.

As três espécies são o caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum), o gritador-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti) e o limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi), que tinham como habitat a Mata Atlântica da região nordeste do país.

De acordo com estudos realizados pela Universidade de São Paulo (USP), com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, não existem registros dessas três aves nos últimos anos, o que faz com que elas possam ser consideradas extintas.




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O badejo-tigre (Mycteroperca tigris) vive em águas tropicais do Atlântico. No Brasil, pode ser encontrado principalmente nas regiões norte e nordeste, mas é uma das espécies seriamente ameaçadas de extinção. Seu consumo no Brasil também é proibido Leia mais Reprodução/ fishbase.org
No caso do caburé-de-pernambuco, uma pequena espécie de coruja, o último registro oficial que existe é um "canto gravado em 1990", segundo a nota divulgada hoje pelas instituições responsáveis pela pesquisa.

As outras duas aves também não foram avistadas nos últimos dez anos e, por isso, presume-se que estão extintas, disse o cientista Luis Fábio Silveira, da USP.
Entre as possíveis causas do desaparecimento dessas espécies, Silveira citou a degradação do meio ambiente na Mata Atlântica, que possui atualmente apenas 12% de seu tamanho original.

Segundo Silveira, nas áreas do nordeste onde viviam essas três aves houve grande desenvolvimento de indústrias de cana-de-açúcar e outras que elevaram os níveis de poluição e devastaram parte da vegetação, o que põe em perigo outras espécies nativas da região.

"Uma das saídas para evitar a extinção de outras espécies é proteger o que resta da Mata Atlântica através da criação de novas áreas protegidas e corredores ecológicos" que garantam sua sobrevivência, afirmou o cientista






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Foto mostra um Bugiu macho na mata nativa da Floresta com Araucária no Paraná. A bióloga Dayane May, doutoranda em Gestão Ambiental na Universidade Positivo, estudou a fauna e a flora da reserva de 128,67 hectares de mata nativa da Floresta com Araucária e confirmou uma grande diversidade de espécies, entre elas plantas ainda não amostradas e animais incluídos no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná. 
Os estudos fazem parte da atualização do Plano de Manejo da reserva, que está sendo desenvolvido em parceria com a SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental), que também é a responsável pela gestão da área Divulgação

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