Exposição convida o
visitante a explorar a diversidade de um dos biomas mais ricos do
Brasil. No CCBB Brasília, de 5/9 a 19/10. Entrada gratuita.
A
exposição será dividida em três módulos e vai possibilitar o contato
direto com a fauna, a flora, os vestígios de ocupação humana e muito
mais. Palestras, oficinas e projeções de imagens e sons interativos.
Quando
se fala em Cerrado, a primeira imagem que vem à cabeça são árvores
retorcidas e uma vegetação agreste, o segundo maior bioma do Brasil
possui uma diversidade de paisagens, vegetação e fauna ainda capaz de
surpreender o visitante desavisado. A surpresa da descoberta deverá
marcar a visita de quem for à exposição Cerrado – Uma janela para o
Planeta, que o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília apresenta a
partir do dia 5 de setembro. Espalhados pelos pavilhões, Galeria 3 e
pela área externa do prédio do CCBB Brasília estarão exemplares, imagens
e instalações deste bioma que originalmente ocupava 24% do território
brasileiro.
A
exposição será dividida em três grandes módulos: Grande Sertão,
Veredas: paisagens do cerrado; A Trama do Cerrado: Diversidade; e Os
Quatro Elementos: água, fogo, terra e ar. E contará com projeção de
filmes, feira do Cerrado, programa educativo e oficinas. Tudo para
aproximar o espectador deste bioma que vem sofrendo intenso processo de
desmatamento. Sob a curadoria de Jorge Wagensberg (doutor em Física pela
Universidade de Barcelona, onde leciona), Coordenação técnica de
Mercedes Bustamante (doutora pela Universitat Trier, da Alemanha, e
professora da UnB), e coordenação museológica de Maria Ignez Mantovani, o
público poderá passear por diferentes paisagens e compreender a
importância da preservação deste bioma.
O
módulo ‘Grande Sertão, Veredas: paisagens do Cerrado apresentará os 14
tipos principais de vegetação (‘fitofisionomias’) do bioma: as
florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão), as
savânicas (Cerrado Denso, Cerrado Típico, Cerrado Ralo, Cerrado
Rupestre, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e as campestres (Campo
Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo). Essas variações são mostradas em
sua diversidade, com informações sobre as mudanças provocadas pelas
estações – chuva e seca – e os limites do Cerrado – o bioma está
presente em 11 estados brasileiros: Paraná, São Paulo, Minas Gerais,
Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e Distrito Federal. Tudo isso será apresentado de forma a
proporcionar uma experiência tridimensional(?), com instalações,
projeções e sons.
Caberá
à instalação Raízes e Ramos apresentar o que diferencia as três
principais formações vegetais – campestre, savânica e florestal – e sua
relação com a água, o fogo e o solo. Serão expostas árvores reais, além
de outras espécies características de cada formação. Os textos
explicativos mostrarão que a distribuição destas fisionomias está
relacionada à ocorrência do fogo (há espécies que só rebrotam após as
queimadas), mas também à disponibilidade de água e às características
dos solos. Em seguida, as três formações vegetais serão detalhadamente
apresentadas, através de fotografias, instalações contendo exemplares de
plantas, sons dos diferentes ambientes e mapas.
O
segundo módulo, ‘A Trama do Cerrado: Diversidade’, foi especialmente
concebido para proporcionar um contato direto com a diversidade da fauna
e da flora do Cerrado. Vitrines exibirão sementes e frutos variados e
instalações farão a demonstração de processos de dispersão, explicando
ao visitante como estes mecanismos funcionam na natureza (experimentos
em vitrines com mecanismos que simularão a presença de vento, correntes
de água e ingestão e digestão de sementes). Em murais estarão folhas
reais de árvores, palmeiras, arbustos e herbáceas, com a enorme
variedade de forma e cores e sua relação com a disponibilidade de água,
ocorrência de fogo e características dos solos.
Uma
parte da fauna será apresentada em vitrines. O visitante conhecerá a
imensa variedade de insetos, de peixes presentes nas diferentes bacias
hidrográficas e os principais abrigos dos animais – ninhos e tocas –,
que estarão dispostos de forma que o espectador veja onde ocorrem no
Cerrado. Textos explicativos e exemplares em vitrines prometem destacar o
papel ecológico de insetos como abelhas, vespas, borboletas, besouros,
cupins e gafanhotos e sua adaptação ao meio ambiente – sabe-se que o
Cerrado abriga 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos
trópicos.
Abrigos,
ninhos e tocas de animais do Cerrado serão apresentados em vitrines
tridimensionais. O visitante poderá compreender a função ecológica de
abrigos como cupinzeiros, abrigos de mariposas, ninhos de vespas e aves e
entender os motivos que levam os animais a escolherem os materiais nos
quais são confeccionados.
Também
em ‘A Trama do Cerrado: Diversidade’ estará representada a diversidade
cultural e de ocupação humana. Uma linha do tempo demonstrará como se
deu a ocupação do território há milhares de anos, quais foram os
principais povos, assim como as características fundamentais das
populações. Objetos históricos e naturais utilizados por estas
comunidades serão apresentados em vitrines e imagens.
Este
módulo ainda se estenderá para a área externa do prédio do CCBB, com os
segmentos ‘Restos e Rastros: Vestígios da fauna’, ‘Causos do Cerrado’ e
‘Olhar, observar, experimentar e documentar’. Nestes espaços será
demonstrado o trabalho dos pesquisadores, que buscam as pegadas, os
vestígios dos animais, as câmeras usadas para documentar os hábitos de
diferentes espécies da fauna, as vitrines com exemplares de pegadas, e
também apresentados vídeos com histórias curiosas e causos contados por
habitantes da região.
O
terceiro e último módulo de Cerrado será dedicado a explorar ‘Os Quatro
Elementos: água, fogo, terra e ar". A ideia é fazer o visitante
conhecer a história geológica do Cerrado, a diversidade de solos,
impactos do fogo e as interações entre vegetação e recursos hídricos. O
Cerrado acolhe, por exemplo, cerca de 78% da área da bacia do
Araguaia-Tocantins, 47% do São Francisco e 48% do Paraná-Paraguai. Uma
maquete apresentará os principais processos hidrológicos, o relevo e a
vegetação.
Para
falar do solo, a exposição contará com a imensa cartela de cores dos
solos do Cerrado, explicando sua composição e a presença e a quantidade
de minerais, bem como a relação com a vegetação. Um totem e amostras de
rochas destacarão eventos geológicos que ocorreram para a configuração
atual dos solos e paisagens do Cerrado.
E
finalizando a exposição, o módulo Fogo promete mostrar a extraordinária
importância desse fator para as diferentes vegetações da região, com
efeitos ecológicos, para o manejo de áreas e conservação. O tema será
representado por meio de um conjunto de audiovisuais que procurarão
recriar o ciclo da queimada natural e também da causada pelo homem,
abordando os impactos sobre as espécies. O público poderá também
conhecer algumas das estratégias de defesa da flora por meio de uma
vitrine com diferentes cascas e troncos além de amostras secas
(exsicatas) de espécies da flora do Cerrado. O visitante ficará sabendo,
por exemplo, que o tronco tortuoso com casca espessa é uma das
adaptações mais evidentes no Cerrado. Os galhos e troncos crescem tortos
devido ao fogo e as cascas são espessas para preservar o interior do
caule, onde há circulação de nutrientes, água e seiva elaborada.
SERVIÇO:
O
CCBB disponibiliza ônibus gratuito, identificado com a marca do Centro
Cultural. O transporte funciona de quarta a segunda-feira. Consulte
todos os locais e horários de saída no site e no Facebook.
O Centro Cultural também
oferece transporte escolar gratuito para escolas públicas, ONGs e
instituições assistenciais do Distrito Federal e entorno mediante
agendamento pelo número 3108-7623 ou 3108-7624.
CCBB Brasília fica aberto de quarta a segunda-feira das 9h às 21h
SCES Trecho 2 – Brasília/DF Tel: (61) 3108-7600
E-mail: ccbbdf@bb.com.br Site: bb.com.br/cultura
Redes sociais: facebook.com/ccbb.brasilia e twitter.com/ccbb_df
Cerrado
é uma realização do Museu de Ciência e Tecnologia de Brasília, do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e da UNESCO, com apoio de
várias instituições científicas e ambientais tais como a WWF, Jardim
Botânico de Brasília, ISPN, Embrapa Cerrados, Ministério do Meio
Ambiente/GIZ, Rede Sementes e Ibermuseus.
__._,_.___
Nenhum comentário:
Postar um comentário