quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Migração de votos decide eleições

Do Alto da Torre  Eduardo Brito




As simulações de segundo turno anunciadas ontem pelo Ibope foram consideradas reveladoras do ponto de vista de transferência de votos. Todas as interpretações coincidem: os votos de Aécio seguem para Marina Silva, caso ela dispute com Dilma Rousseff, mas a equação muda radicalmente se o segundo turno for entre Aécio e Marina. Parte dos votos dela vai, sim, para o candidato tucano. Pode chegar até a algo entre metade e dois terços. Mas Dilma ainda ficaria com mais de um terço dos votos de Marina. Podem ser os votos decisivos para decidir a eleição. 

 Mais para Arruda que para Agnelo

Pode-se traçar um paralelo para o Distrito Federal. Com Rodrigo Rollemberg (foto) fora do segundo turno, seus votos se dividem entre José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz. Tudo indica que Arruda ficaria com parcela ligeiramente maior. Deve-se considerar, nessa conta, os votos de Luiz Pitiman e Toninho Andrade, o que dificulta uma avaliação mais precisa.

Herança quase integral

Caso Agnelo Queiroz fique de fora, Arruda não herda muitos de seus votos, se é que fica com alguma parcela significativa. A tendência é para que, majoritariamente os eleitores de Agnelo migrem para Rodrigo Rollemberg. 

Parte do leão

Na hipótese de José Roberto Arruda estar fora do segundo turno, também haveria uma divisão de votos. Agnelo Queiroz ficaria, sim, com uma fatia deles. Mas a parte do leão iria para Rodrigo Rollemberg, podendo até definir uma eventual vitória do senador. 

Cautela ao escolher secretário

O governador Agnelo Queiroz está tratando com extrema cautela o preenchimento da vaga de secretário de Justiça. O cargo está ocupado por interino desde a morte do titular Jefferson Ribeiro, que estava no cargo desde a saída de Alírio Neto, para disputar uma cadeira de deputado federal. Jefferson faleceu no início do mês, aos 46 anos. Agnelo pretende fazer a escolha de acordo com Alírio, que permanece seu aliado político.

Sarney pede votos... no DF

Ex-presidente da República, o senador José Sarney subiu ontem tribuna do Senado para fazer campanha eleitoral em favor de Cláudia Lyra, ex-secretária geral da Mesa do Senado, candidata a deputada federal pelo Distrito Federal. Sarney não tem como hábito fazer discursos na tribuna do Senado, mas disse que tinha um "dever a cumprir" ao pedir votos para Cláudia Lyra -filiada ao PMDB, partido do senador. A ex-secretária geral da Casa foi indicada para o cargo por Sarney, em 2007. Era servidora concursada do Senado e se afastou da função este ano para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados.

Mesmo sem filiados, PSTU dá apoio a sindicato

Antônio Guillen, presidente regional do PSTU. informa que, “infelizmente, o PSTU não tem filiados entre os trabalhadores da Caesb e que nenhum membro da atual diretoria do Sindágua milita em nosso partido”.  Aliás, diz, “para nós seria muito importante ter filiados em nosso partido dessa categoria de luta, especialmente os principais ativistas do movimento sindical”. Mesmo assim, afirma, “o PSTU solidariza incondicionalmente à luta dos trabalhadores da Caesb, representados pelo Sindágua, exige que as reivindicações sejam atendidas, o fim dos planos de privatização da empresa e que nenhum trabalhador seja punido por lutar por seus direitos”.

Objetivo seria tirar o foco

As menções feitas por autoridades ao PSTU, de acordo com Guillen,  “têm o objetivo de desviar o foco do problema concreto”. É que, segundo ele, a diretoria da Caesb, e o Buriti “não desejam atender às reivindicações dos trabalhadores” e, em vez disso, “querem retirar direitos conquistados e entregar a empresa para a iniciativa privada através de contratos de terceirizações e da privatização”

Na tesoura

Enquanto caminhava ontem na Comercial Norte, em Taguatinga, o vice-governador Tadeu Filippelli não enfrentou nenhum constrangimento ao entrar em uma loja de roupas — a Tesoura de Ouro — que pertence a um candidato a deputado federal do PTB, na chapa de Arruda. O próprio Arruda visitou a loja, há poucos dias. O dono-candidato não estava lá, mas adesivos nos carros estacionados à frente mostravam seu rosto. Funcionários cumprimentaram o vice e a primeira-dama, sem climão.

Menos tributos para agricultores

Pequenos agricultores do Distrito Federal foram ontem à Câmara Legislativa para cobrar a redução da carga tributária incidente sobre seus produtos. Alegaram que essa é a única forma de viabilizar a sobrevivência dos produtores, que sofrem com os elevados custos. Donos de agroindústrias protestaram contra a cobrança da alíquota de 17% relativa ao ICMS. Segundo eles, o atual patamar do tributo inviabiliza a competitividade do setor em relação aos produtos vindos de estados vizinhos onde, em alguns casos, como São Paulo, o imposto é bem menor.
 
Tá falado



 
"O que pudermos fazer para diminuir essas estatísticas de desastres no trânsito do DF, faremos. A colocação de temporizadores em semáforos que contenham dispositivos eletrônicos de controle de infrações, de um modo geral, resultará em diminuição no número de acidentes, pela previsibilidade que abrem aos motoristas.", Chico Leite, deputado distrital, ao defender rápida sanção para projeto seu que obriga a instalação de temporizadores em sinais que tenham pardais

Nenhum comentário: