O resultado da pesquisa Ibope e de levantamentos informais, que
mostraram queda nas intenções de voto de Dilma Rousseff (PT) e uma
possível derrota no segundo turno para Marina Silva (PSB), acenderam o
sinal amarelo na cúpula da campanha dilmista. Pela primeira vez, o governo fala em risco de derrota na eleição
presidencial deste ano, o que até a entrada de Marina na disputa era
visto como improvável.
Segundo um interlocutor da presidente Dilma, a campanha está alerta
porque a expectativa inicial era que apenas Aécio Neves (PSDB) caísse,
mas os levantamentos indicaram que a petista também perdeu votos. Dilma
oscilou no Ibope de 38% para 34%. Aécio, de 23% para 19%. Marina teve
29%.Agora, petistas avaliam a melhor estratégia para desconstruir a
imagem
de Marina, visando principalmente a disputa de um segundo turno com a
candidata do PSB. No Ibope, Marina vence a petista na reta final, com
45% contra 36%.
Integrantes da cúpula petista, ministros e secretários executivos foram
convocados para uma reunião nesta terça-feira (26) à noite no comitê
petista para discutir os rumos da campanha. A queda das intenções de voto de Dilma e a subida de Marina levaram
lulistas a defender, nos últimos dias, mais uma vez, a troca de
candidatura no PT, hipótese rechaçada pelo ex-presidente Lula. Defensores do movimento "volta, Lula" dizem que a opção pelo
ex-presidente teria sido mais "segura", diante do novo cenário
eleitoral. Admitem, porém, que a esta altura dificilmente o petista
toparia o desafio.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) minimizou
o crescimento de Marina."Qualquer pesquisa nesse momento tem que ser
tomada como uma coisa muito
provisória. Não é por causa desses números, mas eu já tenho dito há
alguns dias que lá pelos dias 7 a 10 de setembro nós teremos uma
fotografia mais aproximada do embate eleitoral. Porque nós estamos sob a
influência, o lançamento da novidade e da exposição enorme que a Marina
teve", disse. (Folha)
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