A 19 dias do primeiro turno, tudo indica que o PT terá a eleição
mais difícil desde 2006, quando surpreendentemente o candidato do PSDB
Geraldo Alckmin teve uma votação não prevista pelas diversas pesquisas.
Recebeu no primeiro turno 41,5% dos votos válidos, contra 48,5% de Lula.
Pesquisa Datafolha previa uma situação próxima do empate técnico no
início do segundo turno: Lula tinha 49%, contra 44% de Alckmin.
Depois de uma campanha desastrosa no segundo turno, quando caiu na armadilha petista sobre privatizações e fantasiou-se com os logos das estatais para mostrar quão estatizante era, Alckmin foi menos votado do que no primeiro turno e terminou a eleição com 39% dos votos.
Desta vez, a vantagem de Dilma no primeiro turno é semelhante à daquele ano, mas no segundo turno é Marina que está na frente até o momento, embora em situação de empate técnico mais clara ainda. Hoje sai mais uma pesquisa Ibope que pode trazer novidades. Os truques petistas estão sendo repetidos eleição após eleição: os adversários acabarão com o Bolsa-Família, privatizarão todas as estatais.
Está um pouco mais difícil obter eficácia desta vez, seja pelo desgaste do truque, seja por que é mais complicado colocar um rótulo de exploradora insaciável em uma ex-companheira petista, negra e de origem humilde.
Por isso a “elite branca” está identificada na pessoa de Neca Setubal, que o PT chamava de educadora quando participou de um debate para montar a proposta de governo de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, e agora chama de banqueira por ela estar coordenando o programa de Marina.
O PT assume o papel de protetor dos pobres e oprimidos nas campanhas eleitorais e, no governo, coloca um banqueiro internacional oriundo do PSDB, Henrique Meirelles, para tomar conta do Banco Central. Na propaganda do PT, os banqueiros são seres asquerosos que só querem roubar a comida das criancinhas. Na sabatina com a presidente Dilma, estranhei que ela tenha acusado sua adversária Marina de ser “sustentada” por banqueiros, e ela respondeu que se baseava no que era noticiado, que Neca Setubal havia sustentado a criação do instituto de Marina.
Seria a mesma coisa de dizer que o ex-presidente Lula é sustentado por empreiteiras, que pagam a maioria de suas palestras no exterior e ajudaram a financiar seu instituto. O que o PT faz é tentar manipular o eleitorado, criando fantasmas, como ontem na fracassada demonstração diante o prédio da Petrobras a favor do pré-sal.
Foi-se o tempo em que o povo aderia aos seus chamados. O que se via mais ontem eram sindicalistas guiados pelas centrais sindicais que o governo sustenta, aí sim, com verbas generosas e pode acionar a qualquer momento para suas demonstrações de força. O “abraçaço” na Petrobras não mobilizou a população por que as acusações de corrupção petista na estatal estão bem divulgadas e documentadas, impedindo que se alastrem as acusações distorcidas com relação ao pré-sal.
Mas a disputa assimétrica do momento só será equilibrada no segundo turno, se Marina chegar lá e obtiver recursos para os 20 dias de campanha com o tempo igual de propaganda oficial ao da sua adversária.
A presidente Dilma tem a vantagem de ter sua imagem já incorporada à liturgia do cargo, apesar de sua fala não conter um mínimo de coerência com essa mesma liturgia. Mas sua presença é permanente, e Marina terá que mostrar que sua figura franzina esconde uma liderança carismática.
Suas conexões com os principais líderes internacionais devem servir para mostrar, especialmente para o eleitorado menos esclarecido, que ela não é uma “pobre coitadinha” despreparada, que não aguenta os percalços de uma campanha presidencial, como insiste em dizer a presidente Dilma. O debate frente a frente também será esclarecedor para a definição do eleitorado.
Depois de uma campanha desastrosa no segundo turno, quando caiu na armadilha petista sobre privatizações e fantasiou-se com os logos das estatais para mostrar quão estatizante era, Alckmin foi menos votado do que no primeiro turno e terminou a eleição com 39% dos votos.
Desta vez, a vantagem de Dilma no primeiro turno é semelhante à daquele ano, mas no segundo turno é Marina que está na frente até o momento, embora em situação de empate técnico mais clara ainda. Hoje sai mais uma pesquisa Ibope que pode trazer novidades. Os truques petistas estão sendo repetidos eleição após eleição: os adversários acabarão com o Bolsa-Família, privatizarão todas as estatais.
Está um pouco mais difícil obter eficácia desta vez, seja pelo desgaste do truque, seja por que é mais complicado colocar um rótulo de exploradora insaciável em uma ex-companheira petista, negra e de origem humilde.
Por isso a “elite branca” está identificada na pessoa de Neca Setubal, que o PT chamava de educadora quando participou de um debate para montar a proposta de governo de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, e agora chama de banqueira por ela estar coordenando o programa de Marina.
O PT assume o papel de protetor dos pobres e oprimidos nas campanhas eleitorais e, no governo, coloca um banqueiro internacional oriundo do PSDB, Henrique Meirelles, para tomar conta do Banco Central. Na propaganda do PT, os banqueiros são seres asquerosos que só querem roubar a comida das criancinhas. Na sabatina com a presidente Dilma, estranhei que ela tenha acusado sua adversária Marina de ser “sustentada” por banqueiros, e ela respondeu que se baseava no que era noticiado, que Neca Setubal havia sustentado a criação do instituto de Marina.
Seria a mesma coisa de dizer que o ex-presidente Lula é sustentado por empreiteiras, que pagam a maioria de suas palestras no exterior e ajudaram a financiar seu instituto. O que o PT faz é tentar manipular o eleitorado, criando fantasmas, como ontem na fracassada demonstração diante o prédio da Petrobras a favor do pré-sal.
Foi-se o tempo em que o povo aderia aos seus chamados. O que se via mais ontem eram sindicalistas guiados pelas centrais sindicais que o governo sustenta, aí sim, com verbas generosas e pode acionar a qualquer momento para suas demonstrações de força. O “abraçaço” na Petrobras não mobilizou a população por que as acusações de corrupção petista na estatal estão bem divulgadas e documentadas, impedindo que se alastrem as acusações distorcidas com relação ao pré-sal.
Mas a disputa assimétrica do momento só será equilibrada no segundo turno, se Marina chegar lá e obtiver recursos para os 20 dias de campanha com o tempo igual de propaganda oficial ao da sua adversária.
A presidente Dilma tem a vantagem de ter sua imagem já incorporada à liturgia do cargo, apesar de sua fala não conter um mínimo de coerência com essa mesma liturgia. Mas sua presença é permanente, e Marina terá que mostrar que sua figura franzina esconde uma liderança carismática.
Suas conexões com os principais líderes internacionais devem servir para mostrar, especialmente para o eleitorado menos esclarecido, que ela não é uma “pobre coitadinha” despreparada, que não aguenta os percalços de uma campanha presidencial, como insiste em dizer a presidente Dilma. O debate frente a frente também será esclarecedor para a definição do eleitorado.
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